Boas vindas à Sabra   Click to listen highlighted text! Boas vindas à Sabra
Menu fechado

Funk: sua história e evolução ao longo dos anos

Funk

O funk, atualmente entre os gêneros musicais mais populares do Brasil, nem sempre foi como o conhecemos hoje. O ritmo, que representa um dos maiores símbolos da cultura da periferia em todo o país, esteve — e ainda está — em constante evolução durante toda sua história, passando por várias transformações ao longo dos anos.

O início de tudo

O funk teve origem nos Estados Unidos, com forte influência da black music, mas com características bem diferentes das que conhecemos atualmente.

Inspirado no soul, no jazz e no rhythm and blues (R&B), o funk americano surgiu entre o final da década de 1950 e início da década de 1960, representado por grandes nomes como Miles Davis e James Brown, no centro do movimento negro do país, e desde então, continuou em evolução.

O funk chega ao Brasil

No Brasil, o gênero começou sua história na década de 1970, e ganhou os bailes da Zona Sul do Rio de Janeiro. Com batidas animadas e dançantes, conquistou muita gente, e se resumia, basicamente, em reproduções das músicas norte-americanas e grandes sucessos brasileiros reproduzidos com a batida já tão conhecida nos EUA.

Chegando aos anos 1980, o funk que fazia sucesso no Brasil ainda se baseava no que vinha dos Estados Unidos, com músicas de batida acelerada e letras mais erotizadas, exclusivamente em inglês. Foi no fim da década que, ao incluir a bateria eletrônica ao ritmo, o produtor musical Fernando Luís Mattos da Matta, conhecido como DJ Malboro, lançou seu primeiro álbum — o Funk Brasil — e consolidou o funk nacional, com produções inteiramente nacionais e letras em português que retratavam a realidade das favelas.

Rapidamente, o som produzido na periferia, para a periferia, ganhou não só as ruas cariocas, como as de todo o país, representado por artistas que marcaram uma geração, como Claudinho e Buchecha, dupla de grandes sucessos como Só Love e Nosso Sonho, e Cidinho e Doca, donos do hit Rap Da Felicidade.

Anos 2000 e o funk tamborzão

Foi na virada do milênio que o funk deixou, definitivamente, de ser um ritmo periférico, para cair nas graças das classes média e alta do país, invadindo boates, academias de dança, tocando nas rádios e fazendo parte da trilha sonora de novelas e filmes brasileiros.

A produtora Furacão 2000 popularizou o baile funk em todo o Brasil e lançou grandes nomes do gênero, como os grupos Gaiola das Popozudas e Os Hawainos, sucessos da época. Em 2001, o funk do Bonde Do Tigrão conquistou o país e alcançou seu primeiro disco de platina pela Pró-Música Brasil.

Foi também nessa época que vozes femininas despontaram no ritmo. A MC Tati Quebra Barraco, por exemplo, com seus sucessos Boladona e Sou Feia Mas Tô Na Moda, abriu caminho para as muitas funkeiras de hoje.

Os subgêneros do funk brasileiro

Até hoje, o funk carioca permanece como o mais famoso do Brasil. Mas, com o passar dos anos, o som seguiu em evolução, distanciando-se de suas origens e conquistando novos nichos.

O funk ostentação, originado nas periferias paulistanas, fala da ascensão social e saída da favela, com representantes como MC Guimê e MC Livinho, que cantam sobre carros, dinheiro e riquezas.

Atualmente, o funk acelerado e de letras quentes, conhecido como funk 150 bpm, dominou os bailes do Rio e do Brasil, ao som de nomes como FP do Trem Bala, MC Kevin O Cris e DJ Rennan da Penha. Além disso, o funk pop, mais melódico e com letras mais leves, representado por cantoras como Anitta e Ludmilla, alcançou projeção nacional e representa a cultura do Brasil no mundo.

O funk como movimento social

Embora ainda sofra preconceito, principalmente, por ser um ritmo da periferia, com letras que falam, muitas vezes, de sexo e sensualidade, o funk brasileiro deixou de ser apenas um ritmo e se tornou um movimento social que, não só retrata a vida nas favelas, mas também dá voz a quem é constantemente silenciado e oportunidade aos excluídos. Por se tratar de um gênero musical acessível, de fácil concepção e conter uma forte mensagem, o funk tem aberto portas e tirado muitos jovens do mundo do crime.


Se você gostou deste post:

– SIGA as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no Twitter e no YouTube!

– CONHEÇA o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– ENTRE EM CONTATO com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– COMPARTILHE este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

Descubra mais sobre SABRA - Sociedade Artística Brasileira

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading

Click to listen highlighted text!