Arte contemporânea: x coisas que você precisa saber sobre o conceito

Quando pensamos em Arte Contemporânea, é comum lembrarmos de obras difíceis de compreender, que levantam, muitas vezes, o questionamento: “Isso é realmente arte?”

E este, de fato, é um questionamento que marca algumas dessas obras, ou seja, despertar a dúvida sobre o que é arte, pode ser parte da intenção do artista, e é uma das características do conceito de Arte Contemporânea.

Como podemos notar, a Arte Contemporânea pode parecer difícil de entender, mas quando nos aprofundamos um pouco mais, é possível desfrutar do conhecimento que nos proporciona sobre o nosso próprio tempo.

Continue lendo e confira as 4 coisas que você precisa saber sobre o conceito de Arte Contemporânea.

1. O que é Arte Contemporânea?

Sabemos que algo contemporâneo é algo que pertence a uma mesma época de outra coisa. Sendo assim, quando nos referimos à Arte Contemporânea, estamos falando sobre a arte da nossa própria época, produzida e que trata das questões que marcam a sociedade em que vivemos atualmente.

E muitas questões são próprias da nossa época, certo? Por exemplo, os povos do Egito Antigo não podiam, graças ao sinal de Wi-Fi, se comunicar com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, não é mesmo?

Nesse sentido, a principal dúvida é saber quando a nossa época começou e, principalmente, quando a arte voltada para a nossa época começou a ser produzida. Isso pode causar alguma confusão, já que a divisão da História, é diferente da divisão da História da Arte.

Para os historiadores, a Idade Contemporânea começou há muito tempo, em 1789, com a Revolução Francesa. Já a Arte Contemporânea, apesar de alguns não concordarem com essa divisão, começou a ser produzida só depois da Segunda Guerra Mundial, ou mais expressivamente nos anos de 1960.

2. Diferença entre Arte Moderna e Arte Contemporânea

Como foi dito, não há uma concordância sobre quando a arte do nosso tempo passou a ser produzida, isso acontece porque ela compartilha muitos elementos com a arte do período anterior, chamada de Arte Moderna.

A Arte Moderna foi marcada por uma série de rupturas com a arte que vinha sendo produzida até então, que buscava uma contemplação das obras expostas nos museus, produzida por uma classe específica para um público específico.

Dessa forma, já no final do século XIX, muitos movimentos artísticos revolucionaram as formas de se fazer e de se pensar arte.

Assim, a Arte Contemporânea continuou com muitos aspectos da Arte Moderna, como a experimentação para descobrir novas formas de se fazer arte e a liberdade na criação, mas sem o caráter de ruptura com os estilos anteriores.

A Arte Contemporânea, na realidade, passou a misturar as formas de arte anteriores com novas formas de arte. E também passou a ser conhecida como Arte Pós-Moderna.

3. Linguagens da Arte Contemporânea

Assim, a efemeridade das coisas, em uma época capaz de reproduzir infinitamente, começou a ser valorizada e muitas linguagens surgiram, algumas das principais delas são:

  • As Performances, tendo a artista Marina Abramović como um dos maiores nomes;
  • As Instalações, com uma série de artistas importantes como Yayoi Kusama e, no Brasil, nomes como Hélio Oiticica e Cildo Meireles;
  • A Pop Art, que tem o célebre Andy Warhol como um dos precursores e um dos maiores artistas de toda a Arte Contemporânea;
  • E diversos outros movimentos que foram possibilitados pelo avanço tecnológico, como a Arte Digital, a Fotografia e o Hiper-realismo.

4. Como analisar Arte Contemporânea

Em vista de todos esses pontos que foram apresentados, é possível perceber o quanto a Arte Contemporânea é ampla e pode possuir variados objetivos, a depender da intenção do artista.

Por isso, para compreender essas obras, é importante ser receptivo a elas, se despir dos preconceitos sobre o que é arte e, principalmente, questioná-las. Muitas vezes, essas obras procuram provocar alguma reflexão, como no caso da Arte Conceitual.

E, nesse ponto, o título da obra, em conjunto com o lugar em que ela está exposta e até os elementos com os quais se relaciona, podem ser a chave para captar a intenção do artista.

Mas, existem os casos em que a intenção do artista pode ser querer passar uma sensação, tornar o espectador parte daquele movimento, por isso é importante também se deixar sentir a obra, para compreender que conhecimentos ou novas percepções abarca sobre o nosso tempo, e o que podemos aprender com ela.