A era do streaming traz inúmeras mudanças para diversos setores. A televisão, por exemplo, precisa se adaptar a uma população, especialmente a mais jovem, que está cada vez mais adaptada a encontrar o conteúdo de uma forma diferente. Já a música clássica passou por esses desafios diversas vezes. Sempre que surge uma tecnologia ou uma grande evolução de gênero, é preciso que as outras se adaptem. Então, como fica a música clássica na era do streaming?
Como funciona o streaming?
O streaming tende a afunilar os ouvintes para aquilo que é mais popular. O algoritmo por trás disso é simples. Direcionando para o mais popular, existe uma maior chance de o sistema “acertar” e deixar o usuário satisfeito. Por isso, é um pouco difícil encontrar sessões de música clássica nos aplicativos de streaming de música. Mas, basta procurar um pouco, que elas estão lá.
Por isso, o streaming também traz oportunidades. Pense como funciona uma rádio. O princípio por trás é o mesmo. As estações tocam aquilo que é mais popular, com a expectativa de atrair mais ouvintes. Dessa forma, a música clássica, que atualmente é um nicho, fica deixada um pouco de lado. Para comprovar isso, basta ver como é difícil encontrar uma música clássica tocando na rádio.
O benefício do streaming
Mas, o streaming apresenta uma enorme possibilidade, que pode trazer um retorno da música clássica. Provavelmente ela não irá ter o sucesso da música pop, mas permite alcançar o seu nicho de uma maneira que nunca tinha sido possível.
Imagine novamente o exemplo do rádio. Limitado pela distância, o rádio não pode se focar em um nicho muito pequeno, pois se torna muito mais difícil sobreviver.
Mas, o streaming não tem limitações. Por isso, certas empresas já perceberam esse vácuo e esse espaço para criar um serviço de streaming voltado exclusivamente para a música clássica. O Primephonic e a Idagio são exemplos de empresas que buscam preencher este nicho.
O desafio é se adaptar
Os desafios, então, são encontrar formas de adaptar esse conteúdo para os novos ambientes. Nos aplicativos de música mais populares, como o Spotify, é difícil encontrar uma música clássica.
Por exemplo: quem é o “artista” de uma música clássica? Quem compõe ou quem performa? E o que acontece se essa música tiver diversas composições, e você procura por uma específica, tocada por uma orquestra específica?
Esse é o problema com as plataformas mais populares e, mesmo assim, elas são boas para o ressurgimento da música clássica. Playlists para estudo ou trabalho são cada vez mais comuns, e dentro delas existem músicas clássicas que certamente irão chamar a atenção do público.
A música clássica já passou por isso diversas vezes. A cada novo gênero musical que surge, é a morte do anterior. O rádio, a TV, a Internet, todos eles prometem “matar” tudo o que veio antes. E isso, quase sempre, não é verdade.
A verdade é que o streaming traz uma grande oportunidade e um desafio para a música clássica. Ela fica muito mais acessível, sendo mais fácil encontrar o seu nicho, o grupo de amantes fiéis. Por isso, na verdade, o maior desafio da música clássica é encontrar uma forma de usar o streaming a seu favor.
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