Ukulele: entenda porque esse instrumento tem virado febre entre os brasileiros

Com nome exótico e um som muito peculiar, o Ukulele é um instrumento de origem havaiana que está cada vez mais popular entre os músicos brasileiros. Frequentemente associado a ritmos praianos, como o reggae, é um instrumento pequeno e fácil de ser tocado.

A seguir, vamos contar mais sobre a história desse instrumento, porque ele está se popularizando tanto e quais as suas vantagens e desvantagens em relação a outros instrumentos de corda. Continue lendo esse artigo para conhecer um pouco mais sobre o Ukulele!

Origem do Ukulele

Como já mencionamos, o Ukulele é um instrumento fabricado em madeira que surgiu no Havaí, no século XIX. Com quatro cordas, ele tem como antepassados a braguinha, o machete e o rajão, instrumentos levados pelos cultivadores madeirenses de cana de açúcar que chegaram na ilha por volta desse período.

Na língua havaiana, o nome Ukulele pode ser traduzido como ‘pulga saltitante’, em razão dos movimentos feitos pela mão de quem o toca. O nome se popularizou através de um rei havaiano chamado Kalakaua, que gostava muito do som do instrumento e sempre pedia a um assistente seu, cujo apelido era Ukulele, que tocasse para ele. A partir da Segunda Guerra Mundial, o instrumento se popularizou também nos Estados Unidos, que acabou adotando a sonoridade em muitas das suas músicas tradicionais.

Características do Ukulele

O Ukulele é um instrumento de corda, usualmente fabricado em madeira, embora existam casos onde ele é feito em plástico ou outros materiais. Outra característica importante é que uma das cordas é afinada uma oitava acima das outras, uma prática conhecida como afinação reentrante. É essa afinação que dá ao Ukulele o seu som característico.

Comumente, eles se dividem em quatro tamanhos, que influenciam na quantidade de trastes no braço e, por consequência, no som do instrumento. O mais comum é o soprano, com escala de trinta e três centímetros. Os outros tamanhos são o concerto (com som mais alto e grave), ukulele tenor (ideal para arranjos dedilhados) e ukulele barítono (o maior de todos, com quarenta e oito centímetros, é praticamente um violão em pequena escala).

Por que esse instrumento está tão popular?

O instrumento se popularizou nos Estados Unidos na década de 40, mas acabou ficando mais de lado a partir da década de 70, marcada pelos instrumentos elétricos e sintetizadores. Porém, nos anos 2000 houve uma popularização massiva das músicas acústicas, o que trouxe o Ukulele de volta.

Artistas como Eddie Vedder e a banda Beirut usaram o instrumento nos seus álbuns, mas o verdadeiro responsável pela popularização em massa foi o músico havaiano Israel Kamakawiwo’ole. Seu mash-up de Over the Rainbow/What a Wonderful World esteve entre as mais tocadas da década, e o som inconfundível do Ukulele é a principal característica da canção.

A internet também ajudou a popularizar o instrumento, facilitando o aprendizado das formas de tocá-lo. Os músicos brasileiros também adotaram o instrumento, entre eles Marisa Monte, A Banda Mais Bonita da Cidade e Tiago Iorc.

Quer saber mais novidades e curiosidades do mundo da música? Dê uma olhada em nosso blog! Temos diversos textos incríveis sobre esse assunto para você aprender mais!


Se você gostou deste post:

– SIGA as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no X e no YouTube!

– CONHEÇA o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– ENTRE EM CONTATO com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– COMPARTILHE este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

– Os projetos da @sabrabrasil são realizados com o patrocínio máster: @institutounimedbh, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores via Lei de Incentivo à Cultura – @culturagovbr

Guia prático para tocar acordes de sexta no violão de forma simples

Funk romântico a ostentação: entenda como as mudanças no estilo musical aconteceram no decorrer dos anos

Os gêneros musicais passam por diversas mudanças ao longo do tempo. Com o funk também não é diferente, especialmente em um gênero musical que passou por tantas transformações ao longo das últimas duas décadas. Neste post, vamos entender um pouco mais sobre as fases do funk e suas principais motivações.

Quer entender mais sobre isso? Acompanhe conosco!

Funk romântico: a versão brasileira do Funk Soul

O Funk Carioca teve a sua origem em meados da década de 1990, mas ele certamente é bastante diferente do batidão que estamos acostumados a ouvir hoje.

Com referências musicais do Funk Soul americano, do qual emprestou até o nome, o gênero musical era composto de músicas com letras melodramáticas e românticas, que tinham ligação direta com a realidade das comunidades do Rio de Janeiro.

Apesar de mais parado, o Funk já era uma música dançante, feita para tocar nos bailes cariocas, que também acabaram fazendo sucesso em outras cidades. O Funk utilizava samples de batidas americanas somado a melodias cantadas em uma ou mais vozes.

Funk Batidão: música torna-se independente dos ritmos americanos

A partir dos anos 2000 até 2010, o Funk adquiriu uma identidade mais própria, distanciando de suas raízes americanas. Para além do nome, o gênero musical agora era totalmente brasileiro. A música perdeu melodia, mas ganhou ritmo e batida criados para que as pessoas dançassem intensamente nos bailes das comunidades.

Os temas também mudaram, em consonância com a sociedade, pode-se dizer. O que era uma música romântica e melodramática se tornou um som com temas mais liberais, falando sobre temas como sexo, romances breves, a rotina dos bailes funk na favela, a vida do carioca, a violência, entre outros.

Isso seguiu uma tendência de toda a música POP brasileira, que se tornou menos romântica e sugestiva para se tornar mais explícita, tanto sobre assuntos positivos, como negativos. O Sertanejo também passou por um processo muito semelhante, à medida que o Sertanejo Universitário se consolidou nas rádios e na indústria cultural do país.

Enfim, o funk saía das divisas do Rio de Janeiro para ganhar o Brasil inteiro. Com isso, o gênero criou as suas primeiras estrelas de projeção nacional.

Funk Ostentação: o sucesso de quem sempre esteve por baixo

Com o sucesso do Funk Brasil afora, este gênero musical despertou a atenção da imprensa, das gravadoras e do público em geral. Finalmente, o Funk começava a deixar os seus artistas ricos. Isso teve também um efeito direto sobre os temas que essas músicas tiveram entre 2010 e 2017, aproximadamente, o chamado Funk Ostentação.

Nas letras, os MCs relataram uma rotina de luxos e regalias, com carros e motos importadas, mansões, festas com as melhores bebidas, a presença de pessoas famosas, jogadores de futebol e outras pessoas. Quem sempre esteve “por baixo” agora esnoba quem antes duvidava de sua capacidade.

Os videoclipes passaram a contar com grande qualidade de produção e edição, fazendo do Youtube um dos principais meios de difusão dessa música. Além, é claro, das plataformas de streaming que se tornaram extremamente populares.

Fase atual: melódico, feminino, sofisticado, internacional

O Funk hoje é um ritmo musical hegemônico. Nossos principais artistas do ramo já gravaram músicas com grandes estrelas pop internacionais e este mercado já movimenta milhões de reais para os envolvidos.

A música também ganhou qualidade. Melhores cantores e cantoras são os MCs de maior sucesso, enquanto uma grande equipe de produção trabalha intensamente para deixar a música com uma qualidade superior tecnicamente. O Funk saiu da favela para ganhar o mundo.


Se você gostou deste post:

– SIGA as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no X e no YouTube!

– CONHEÇA o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– ENTRE EM CONTATO com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– COMPARTILHE este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

– Os projetos da @sabrabrasil são realizados com o patrocínio máster: @institutounimedbh, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores via Lei de Incentivo à Cultura – @culturagovbr

Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Estilo influenciado por diversos movimentos culturais, o Hip Hop tem em suas fontes, a Soul Music, o Funk, o Blues, e o Dub originário da Jamaica, que deu vida ao formato de “fala cantada” dos MCs, figura consolidada na cultura Hip-Hop.

James Brown, Aretha Franklin, Betty Davis, Kool and the Gang e Earth, Wind and Fire, são artistas consagrados no funk e soul music clássico, originário dos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 70.

A década de 1960 e sua efervescência sociopolítica imprimiu ao gênero a característica de abordar problemas e conflitos de seu povo em suas músicas. O retrato do cotidiano dos povos negros era tema central de suas harmonias embaladas pelas linhas de baixo e percussões.

Já na década de 1980, a mescla do estilo original ao novo ritmo eletrônico que havia tomado as paradas estadunidenses, trouxe à tona artistas como Public Enemy e Afrika Bambaata, unindo a música pop às bases gravadas dos clássicos do funk.

A Soul Music e o Funk foram difundidos no Brasil por artistas como Di Melo, Cassiano, Gerson King Combo, Evinha, Tim Maia e Jorge Bem Jor ainda nas décadas de 1960, 1970 e 1980.

Suas obras, em consonância aos clássicos norte-americanos, deram origem ao Rap e Hip Hop Nacional, consolidado na década de 1980 e 1990 pelos grupos Racionais MCs, Thaíde e DJ Hum, Facção Central e RZO.

AS ORIGENS DO HIP HOP NO BRASIL

Uma cultura que levou o som do povo preto aos ouvidos do país inteiro, e que pintou as paredes cinzas dos prédios com todas suas cores e personalidades, o Hip Hop invadiu o Brasil no final da década de 1980, originando-se na cidade de São Paulo.

A periferia teve processo ativo na construção do movimento. Com o surgimento dos bailes blacks, a cultura negra passou a se difundir através da música, e por estar presente nas ruas, falando do cotidiano dos subúrbios paulistas, ganhou expressou ao longo da década de 1990.

Artistas como Rapin Hood, Ndee Naldinho, Racionais Mcs, Facção Central e Dina Di deram abertura para as primeiras correntes do rap Nacional. O rap é a versão letrada do hip hop, cujos elementos se encontram nas artes visuais com o grafite, na batida das músicas sentidas pela dança e nas letras expressivas com relatos do cotidiano.

Na década de 2000, novas influências e vertentes foram surgindo, como as batalhas de Rap e MCs acontecendo nas ruas, seja em zonas centrais ou periferias, assim como novos olhares para temas antes pouco difundidos, como a discussão das relações de gênero.

O HIP HOP NO BRASIL

Além da cena paulista, o Hip Hop avançou no Brasil, ganhando expressividade em Brasília, Porto Alegre, e também no Nordeste, com uma cena firme na Bahia e no Ceará, produzindo artistas como Baco Exu do Blues e Don L.

A cultura se solidificou, também fora dos grandes centros do país. Artistas como Zudzilla saem da periferia de Pelotas para se destacar no país inteiro. Cenas expressivas se criaram, também em Rio Grande, São Borja, entre outras cidades do Sul do país.

Um número expressivo de mulheres também começou a dar frente às vozes da cultura. Flora Matos, Karol Conká, Nega Gizza, Negra Jaque, entre outras, são artistas que trazem o universo da mulher negra na cena nacional.


Se você gostou deste post:

– SIGA as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no X e no YouTube!

– CONHEÇA o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– ENTRE EM CONTATO com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– COMPARTILHE este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

– Os projetos da @sabrabrasil são realizados com o patrocínio máster: @institutounimedbh, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores via Lei de Incentivo à Cultura – @culturagovbr

Break dance: saiba como a dança de rua muda os paradigmas dos jovens da periferia