Choro: o que é e onde surgiu

O choro, muitas vezes chamado de “o jazz brasileiro”, é uma forma de música instrumental que nasceu nas ruas do Rio de Janeiro no final do século XIX. Suas origens são profundamente enraizadas na mistura de influências culturais presentes na sociedade brasileira da época. Além das influências europeias trazidas pelos colonizadores portugueses, o choro absorveu elementos rítmicos e melódicos da música africana, trazida pelos escravos, e também da música indígena, resultando em uma fusão única e rica.

Origens e Influências

O choro, inicialmente conhecido como “chorinho” devido à sua natureza emotiva e melancólica, teve suas raízes firmemente plantadas nas rodas de músicos que se reuniam em bairros como o Estácio e a Lapa. Estas “rodas de choro” eram frequentemente compostas por músicos de classe média e baixa, que tocavam informalmente em locais públicos. Essas reuniões não só serviram como pontos de encontro social, mas também como locais onde os músicos podiam compartilhar e desenvolver novas técnicas e ideias musicais. A música popular urbana do Brasil do século XIX, como o lundu e a polca, contribuiu significativamente para a formação do choro.

Evolução e Popularidade

Durante a primeira metade do século XX, o choro alcançou um grande sucesso popular no Brasil, com a gravação de músicas em discos de 78 rpm e o surgimento de compositores e músicos renomados. Figuras como Pixinguinha, considerado um dos maiores expoentes do choro, contribuíram para a consolidação e difusão do gênero. Com o advento de novos estilos musicais, como o samba e a bossa nova, o choro perdeu parte de sua proeminência na cena musical brasileira.

Revival e Reconhecimento Internacional

Na década de 1970, o choro experimentou um renascimento, impulsionado por músicos e pesquisadores dedicados à preservação e promoção do gênero. Festivais de choro foram organizados em todo o Brasil, e novas gerações de músicos emergiram, revitalizando a cena musical do choro. Paralelamente, o reconhecimento internacional do choro cresceu, com artistas brasileiros levando o gênero para palcos ao redor do mundo e colaborando com músicos de diferentes culturas.

Influência Contemporânea

Atualmente, o choro continua a ser uma forma vibrante e dinâmica de expressão musical no Brasil e além. Sua influência pode ser vista em uma variedade de gêneros musicais, desde o jazz até a música popular brasileira contemporânea. Muitos músicos renomados, tanto no Brasil quanto internacionalmente, reconhecem a importância do choro em sua formação musical e o incorporam em seus repertórios e composições, mantendo assim viva a tradição e a inovação do gênero.

O choro é mais do que apenas um gênero musical; é uma expressão cultural profundamente enraizada na identidade brasileira. Sua história rica e diversificada reflete as complexidades da sociedade brasileira e sua constante busca por identidade e autenticidade. Apesar dos desafios ao longo dos anos, o choro continua a prosperar, alimentando-se da paixão e dedicação de músicos e entusiastas que valorizam sua rica tradição e sua capacidade de emocionar e inspirar.

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Por que é importante para as crianças desenvolverem a expressão corporal?

Ao longo da vida, aprendemos que o nosso corpo fala tanto quanto a boca. As expressões e os gestos são uma ferramenta poderosa de comunicação.

Mas essa percepção não vem propriamente da fase adulta: é na infância que desenvolvemos nosso processo de expressão corporal. É a partir do próprio corpo que a criança interage, explora o mundo e descobre seus limites. Partindo deste princípio, por que é importante para as crianças desenvolverem a expressão corporal?

Movimento e conhecimento

A expressão corporal é a primeira capacidade de comunicação desenvolvida pela criança. É a partir do movimento que ela aprende a expressar suas emoções e também a controlar o próprio corpo.

Não à toa, quando a criança aprende a andar, ela costuma se movimentar o tempo inteiro, aparentemente sem nenhum propósito. O corpo é uma fonte de aprendizado, seja ao andar, correr, pular, rolar, entre outros movimentos que fazem a criança descobrir o mundo em sua volta. Aquela criança que “mexe demais”, como se diz informalmente, está com sede de conhecimento: quer tocar objetos e descobrir a temperatura das coisas.

Expressão corporal na educação infantil

A partir daí fica clara a importância da expressão corporal no processo de aprendizado. Obviamente, a escola também atuará mais tarde como “mediadora” neste desenvolvimento. É onde as crianças terão contato direto com seus iguais e usarão as suas capacidades desenvolvidas corporalmente no processo de socialização.

É por isso que, no ambiente escolar, uma das melhores formas de trabalhar a expressão corporal está no ato de brincar. Para as crianças, é tudo alegria: elas querem movimento, estão cheias de energia. Mas, para os docentes, trata-se de uma estratégia pedagógica. Favorecer o espaço de expressão é fazer com que elas aprendam a viver em sociedade e também sobre si mesmas.

A importância do lúdico

Na educação escolar, o movimento jamais pode ser cerceado. Um bom professor transformará a inquietude da criança em aprendizado, e jamais fará com que a brincadeira seja simplesmente uma forma de manter os pequenos distraídos, sem um propósito específico.

Portanto, é fundamental que o lúdico seja parte integrante do processo de aprendizado na pré-escola. Existem várias formas: a dança, por exemplo, é um modo de integração em que a criança exercita a atenção, a percepção, a parceria e a solidariedade.

Os movimentos favorecem a coordenação motora, capacidade respiratória, melhoria da motricidade, contato com a musicalidade e a consciência do próprio corpo. Aqui, a dança assume várias formas: cirandas, danças livres, movimentos coreografados, entre outras possibilidades.

Essa interação permitirá que a criança crie ainda mais referenciais de comunicação. Mais do que isso, ela também será vital para a construção de sua personalidade. É por isso que, na escola, este trabalho é envolto de muita seriedade.

Ao longo da vida, a criança construirá outras formas de comunicação: o desenho, a fala, a escrita. Mas, como é possível perceber, elas não necessariamente se sobrepõem à expressão corporal, e sim são um complemento para construir ainda mais trocas com o meio em que vivem. A expressão corporal permite que a criança, acima de tudo, aprenda a viver.

Projetos Sociais: Entenda como eles surgem

O progresso e o desenvolvimento de um país têm duas faces para a população: a melhora da qualidade de vida ou o esquecimento do governo. Promover um crescimento em que todos participem dele é um desejo contínuo como um cidadão. Diante deste retrato em que os grupos mais carentes ou fragilizados, por algum acontecimento factual, necessitam de atenção é que surgem os projetos sociais. Eles são a oportunidade de inserção na sociedade e no mundo, de atenção e cuidado, de novas perspectivas e oportunidades de futuro.

Os projetos sociais surgem para cuidar

Para compreender como os projetos sociais surgem, é preciso lembrar o conceito de responsabilidade social. Ele surge com o reconhecimento e o respeito ao outro, promovendo ações com ética e transparência para promover o desenvolvimento sustentável de toda uma comunidade. Sem deixar de preservar os recursos ambientais e culturais para as próximas gerações. Desta forma, se respeita a diversidade do povo e ajuda a diminuir as desigualdades sociais.

Os projetos sociais buscam assistir aquele grupo da população através de ações filantrópicas. O interesse não é só atender as suas necessidades imediatas, como saúde, habitação e alimentação, mas promover novas oportunidades para cada um. O movimento é de tirar estas pessoas de uma situação de vulnerabilidade e contribuir para o seu presente e futuro. Desta forma, caminhos são apresentados para ensinar, contribuir e promover o cuidado.

Os projetos sociais surgem para dar oportunidades

Os projetos sociais podem ter várias caras e trabalhar por diferentes instrumentos, sejam eles a música, o teatro, o artesanato, formação em cursos ou muitos outros. Todos eles convergem no ensino, na prática, no desenvolvimento pessoal e profissional. É o que ocorre com nosso projeto ao promover a cultura através da música, das orquestras, do aprendizado de instrumentos e da concepção de um coral. Os projetos sociais surgem para promover o bem.

O nosso projeto tem o objetivo de proporcionar a inclusão e a integração social de crianças e adolescentes através de ações de arte e de cultura. Estas pessoas precisam de apoio, não somente diretamente para elas, mas para as suas famílias. O estado de vulnerabilidade fragiliza o ser humano e tira as perspectivas de futuro e autonomia. O que se quer é promover o desenvolvimento de um ambiente familiar que seja comunitário e protetor.

Os projetos sociais surgem para prover futuro

Por ter este caráter de preocupação e auxílio àqueles que estão marginalizados ou escondidos da sociedade, os projetos sociais conquistam o seu espaço. Eles chegam até pontos em que as políticas dos governos não entram. Deste modo, não têm que ser olhados como peça de alienação ou ativismos infundados, mas integrados como forma de planejamento estratégico de um país.

Quando se dá a oportunidade de integrar o jovem de menor classe social, por exemplo, na música, ele aprende sobre musicalização, harmonia, instrumentos, além de encontrar e desenvolver seu talento. O resultado de tudo isso é poder levar estes jovens ao mercado de trabalho, a ser peça integrante na conquista por este desenvolvimento. Os projetos sociais surgem para cuidar da população que precisa de cuidado, para promover futuro a quem não teria.