Vida e obra de Manoel Dias de Oliveira

Manoel Dias de Oliveira é um compositor brasileiro que viveu no período colonial. Ele nasceu no ano de 1738, em Minas Gerais e veio a falecer em 1813, com 75 anos. O músico viveu em Tiradentes, cidade no interior de Minas, durante o maior tempo de sua vida.

Uma de suas obras mais relevantes é a Muzica a Mel Dias a dois coros, que foi composta para a Irmandade de Nosso Senhor dos Passos e recebeu 32 oitavas de ouro. O artista também possui registros e serviços prestados em outras cidades, entre elas, São João D’el Rey, Congonhas, Barbacena e Arraial da Laje, atual Resende Costa.

Algo interessante de sua vida é que Manoel foi militar durante muitos anos e chegou a ser Capitão, cargo que exerceu até sua morte. Vale também ressaltar que ele era bem remunerado pelas suas composições. A peça Miserere é uma das que mais possui cópias do período colonial. Parte de sua obra pode ser encontrada nos principais arquivos mineiros.

Manoel Dias de Oliveira e a Inconfidência Mineira

Outro fator muito interessante sobre a sua bibliografia, é que até hoje existe uma dúvida muito grande sobre a sua real participação na Inconfidência Mineira, movimento que visava a Independência do Brasil. O questionamento é se ele efetivamente foi um personagem desse movimento ou se ele apenas era próximo de algumas figuras que foram marcantes nesse contexto. Um fato inegável é que Manoel esteve muito próximo e foi uma pessoa com bastante importância e influência durante o período colonial.

Uma curiosidade, é que Manoel foi o primeiro compositor brasileiro a ser elogiado por um jornal. O elogio foi publicado na Gazeta do Rio de Janeiro quando uma composição sua foi utilizada no funeral de D. Maria I. Outra obra do compositor de muito êxito foi Herói que Busca, que pode ter sido feita em forma de homenagear Tiradentes, o grande símbolo da Inconfidência Mineira. Tal possibilidade faz com que se aumentem os rumores e suposições sobre o seu papel nesse movimento tão significativo e representativo para a história do nosso país.

Vida pessoal

Sobre sua vida pessoal sabe-se que ele se casou aos 35 anos com Ana Hilária, uma mulher negra que tinha 15 anos na época do casamento. Ele teve dez filhos legítimos, nascidos na Vila de São José. Algo importante de se ressaltar, é que não existem muitos registros sobre a família de Manoel, portanto as informações são baseadas apenas nos dados encontrados, ou seja, ele pode ter tido outros filhos legítimos ou não.

Obras

Suas obras podem ser encontradas no Museu da Inconfidência de Ouro Preto, nos acervos musicais do Departamento de Música da ECA-USP, no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, no Museu da Música da Arquidiocese de Mariana, entre muitos outros lugares e acervos.

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Emoção: como transmitir através da música?

Vida e obra de Eunice Katunda

Era o dia 14 de março de 1915 quando nasceu, no Rio de Janeiro, uma mulher que marcaria para sempre o cenário da música brasileira. Seu nome: Eunice do Monte Lima Katunda, filha do gaúcho Rubens do Monte Lima e da pintora cearense Maria Grauben Bomilcar.

Apesar de ter tido uma atuação intensa na história da música brasileira e figurar como referência em obras internacionais, Eunice Katunda não teve o merecido reconhecimento entre os brasileiros, algo que precisa ser resgatado.

Quem foi Eunice Katunda?

Professora, pianista, compositora, regente, Eunice Katunda, como era mais conhecida, não via a música como um fim em si mesma. Ela acreditava firmemente que a música era um veículo de promoção e plenitude da sociedade e da humanidade em geral.

Com 5 anos de idade, já havia iniciado seus estudos de piano com Mima Oswald, uma de suas professoras, ao lado de Branca Bilhar, Oscar Guanabarino, Marieta Lion e Carmargo Guarnieri. Bilhar e Guarnieri foram os que mais impactaram sua carreira.

O Salão Nobre do antigo Instituto de Música foi o lugar onde Katunda, aos 12 anos de idade, apresentou-se pela primeira vez. Aos 17, já resplandecia como solista da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro.

Mas ela própria considerou seu início de carreira a performance realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, ao tocar a 4ª Sinfonia de Beethoven.

Daquele momento em diante, Eunice passou a viajar, apresentando-se nacional e internacionalmente, sempre priorizando obras produzidas por autores brasileiros, com o fim divulgar a música nativa.

Em 1934, Eunice casou-se com o matemático Omar Catunda, mudando-se para São Paulo. O casal se separou em 1964, ocasião em que trocou o “C” de seu sobrenome pelo “K”.

Influências musicais

Em 1946, transferiu-se novamente para o Rio de Janeiro, onde conheceu seu grande mestre alemão, Hans-Joachim Koellreutter.

Em 1948, filiou-se ao PCdoB, dando à sua obra uma conotação mais socialista. Contudo, abandonou o partido oito anos mais tarde, em 1956, para tornar manifesta sua desaprovação quando houve a invasão da Hungria.

Após uma viagem à Bahia, procurou incorporar em sua música elementos nativistas e folclóricos, visando dar uma conotação mais brasileira à sua obra. Eunice Katunda morreu em 3 de agosto de 1990, na casa de seu filho, Igor Catunda, em São José dos Campos, São Paulo.

Principais obras de Katunda

Sob a supervisão de Koellreutter, Katunda compôs sua obra mais famosa, “O negrinho do pastoreio”, pela qual recebeu o Prêmio Música Viva para novos compositores. Aliás, Música Viva era também o nome da Rádio do Ministério da Educação, na qual Eunice tocava quase todas as semanas.

Dentre suas principais obras, destacamos:

  • Quatro cantos à morte.
  • Quinteto Schoenberg.
  • Dois estudos folclóricos.
  • Três peças para dois pianos e percussão.
  • Concerto negro.

Homenageando Eunice Katunda

Uma excelente forma de homenagear quem via a música como forma de transformação social é conhecer e divulgar a música de Katunda, além de se unir a empresas que desenvolvem ações visando apoiar crianças, jovens e adultos em sua inserção social, valendo-se da arte e da cultura.

Nossa instituição colabora com pessoas em situação de vulnerabilidade social, e a comunidade reconhece o trabalho que temos feito, como exemplo, a oferta anual de 74 vagas para jovens músicos e 20.000 ingressos para participação em concertos didáticos.

Conheça mais sobre nosso trabalho acessando nosso site!


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Músicas para homenagear as Mulheres

Vida e obra de Marcos Coelho Neto (pai e filho)

Tem gente que afirma, com categoria, que talento corre na veia. Pois bem! Essa é a realidade dos músicos Marcos Coelho Neto. Um era o pai e o outro era o filho. O mais inusitado dessa história é que os dois tinham o mesmo nome. Vamos conhecer um pouco das duas expressões artísticas e suas relações com a música!

Quem foi o pai Marcos Coelho Neto?

Marcos Coelho Neto pai, nasceu entre os anos de 1740 e 1746, em Vila Rica, onde hoje é a cidade de Ouro Preto (MG). Ele era ex-escravo e um grandioso trompetista. Também tocava clarim, um instrumento de sopro que se assemelha ao formato do trompete, e timbales, espécie de tambores.

O pai Coelho Neto, fazia parte da irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, para a qual atuava como compositor e regente. A dedicação à música erudita e sacra fazia com que o pai alcançasse prestígio e respeito junto à sociedade.

O trabalho erudito nas irmandades

Não há muitos registros a respeito de como o pai Coelho Neto, deixou a escravidão, mas o mais provável é que tenha sido por meio das irmandades. Como os ensaios consumiam grande parte da rotina diária dos escravos, eles acabavam se tornando exclusivos dessas irmandades.

Além da Irmandade do Santíssimo Sacramento, Marcos Coelho Neto integrou as irmandades Nossa Senhora das Mercês e São José dos Homens Pardos. Essas organizações costumavam pagar os músicos pelos serviços prestados. Era uma forma de a população escravocrata conseguir mudança social.

Fora o papel musical desempenhado nas irmandades, o pai tocava timbales na Cavalaria Auxiliar de Vila Rica. Os relatos históricos afirmam que ele foi convidado para dirigir dramas e óperas em comemoração aos festejos reais que aconteciam em Lisboa, mas que eram celebrados também, em Vila Rica.

Essa informação pode ser conferida na apostila do curso de História da Música Brasileira, do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Como foi a carreira do filho Marcos Coelho?

O filho Marcos Coelho Neto, também era um músico exímio que, além de compositor e regente, tocava trompa, clarim, trompete e trombone. Ele nasceu em 1763 e, assim como o pai, participava das irmandades de Nossa Senhora das Mercês e São José.

Embora muitas obras de sua autoria tenham se perdido ao longo dos séculos, algumas ficaram na memória. São os casos das obras “Maria Mater Gratiae”, “Salve Regina” e “Ladainha das Trompas”.

Há certa confusão na autoria desses cantos, pois não se sabe ao certo se as obras que foram autografadas eram, de fato, do pai ou do filho. O mais provável é que sejam mesmo, do filho, que integrou o Primeiro Regimento de Milícias, além de ter participado de cerimônias da Casa da Ópera e do Senado da Câmara.

Seja como for, o hino “Maria Mater Gratiae”, por exemplo, mostrava devoção e ternura, é uma das mais belas composições sacras e uma das principais obras que remetem ao período colonial.

Pai e filho trabalharam juntos por mais de 20 anos. O pai faleceu em 1806 e o filho em 1823.


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Como desenvolver o senso artístico nos filhos?