Música erudita X música clássica: qual a diferença entre os dois?

Música é conexão. Para que essa conexão seja verdadeira, é fundamental que você conheça a história do estilo musical que escolher. Músicos de orquestra se conectam não só ao grupo, mas também ao contexto deste gênero musical que alguns chamam de música clássica e outros de música erudita.

Você sabe a diferença? Acompanhe o artigo e descubra!

Conhecendo a música erudita

Um ser humano erudito é apenas um ser humano que é capaz de ler e escrever. O termo tem origem em uma época onde o acesso era muito mais limitado, portanto, tudo que era originário do conhecimento escrito e lido recebia o nome de erudito. Com a música, não foi diferente.

O que difere a música erudita dos demais gêneros é justamente a sua procedência. É um estilo sem ligação alguma com práticas folclóricas ou populares. O compositor erudito cria as suas músicas por meio da escrita que, nesse caso, seria a partitura.

Toda música que envolve uma comunicação escrita, tem a melodia e o desenvolvimento claros, além de uma forma de expressão mais longa e sem espaço para improvisos será considerada erudita.

E a música clássica?

A música clássica também é considerada erudita, por não ter origem popular e ser escrita em partituras, porém recebe esse nome devido ao período histórico em que surgiu, conhecido como Classicismo. O Classicismo ocorreu mais ou menos entre 1750 e 1820, impactando a produção e o consumo de música.

Nessa época, viveram nomes muito conhecidos na música clássica, como Mozart e os filhos de Johan Sebastian Bach, também compositores. Durante o Classicismo, uma das carreiras mais famosas começou a se formar: a de Ludwig Van Beethoven.

A música passa a ser composta de forma mais simples para se aproximar de uma parcela da população, que passa a ter mais interesse em se conectar com a cultura erudita. A clareza de melodia se torna mais importante e ocorre a mudança da textura polifônica para a homofônica.

Concluindo

A música erudita e a música clássica têm muito em comum, sendo consideradas do mesmo gênero. A única diferença é a época em que surgiram. A música erudita era composta apenas para eventos específicos, como eventos para a corte ou eventos religiosos com um propósito mais rígido e distante do povo.

Já no período do Classicismo, a música clássica passou a ser apreciada por uma parte da população, mantendo o método de construção musical erudito. Além disso, os estilos proporcionam uma apreciação puramente estética da música, conectando profundamente todo ouvinte as suas próprias emoções.

Até meados do século XVIII a música existia em função das exigências da nobreza e do clero tornando o serviço prestado mais importante do que a conexão musical. A música clássica ampliou o objetivo das belas composições, transformando-as em arte e conexão emocional.

Muitos apreciadores da música clássica consideram as salas de concertos atuais grandes museus que contribuem para manter obras seculares vivas. Participar de uma orquestra é resgatar a história da música e emocionar centenas de pessoas com a profundidade de um som universal!


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Concertos de piano que você precisa ouvir hoje mesmo

Concertos de piano que você precisa ouvir hoje mesmo

Música é uma das artes mais amadas e acompanhadas pelo mundo. Pessoas de todas as idades têm alguma relação com ela e, independentemente do estilo preferido, sabem apreciar uma obra de qualidade. Sejam os mais jovens ou os mais velhos, o fato é que há uma série de concertos que ultrapassam gerações e merecem ser ouvidas até os dias de hoje.

Por isso, o objetivo deste conteúdo é apresentar alguns dos maiores concertos de piano da história, compostos e tocados por grandes gênios da arte. Não perca tempo, confira a lista e, depois de ler este texto até o fim, se divirta e aprenda ouvindo música de alta qualidade.

Concertos de piano para ouvir hoje mesmo

Para facilitar a visualização e a anotação de cada um, dividiremos em tópicos, cada um deles com uma sugestão de concerto de piano. Vamos lá!

Beethoven

Para começar, um dos maiores compositores de todos os tempos: Ludwig Van Beethoven. São várias as obras-primas do artista, mas escolhemos uma que entra em várias das listas de melhores e, de quebra, foi o último concerto composto por ele, em 1811.

Trata-se do Concerto para Piano N° 5 em Mi bemol maior, Op. 73, também chamado de Concerto do Imperador. A obra tem cerca de 40 minutos e é um material incrível da música clássica.

Mozart

Se começamos com um gênio, seguimos com outro agora. Wolfgang Amadeus Mozart também deixou uma grande obra e aqui selecionamos um concerto incrível para piano: o Concerto para Piano N° 21 em Dó maior, KV 467, concluído em 1785.

Ele é considerado um material bastante complexo de se executar por quem tenta aprendê-lo, mas não deixa de ser belíssimo, valendo a recomendação.

Tchaikovsky

Mantendo nosso passeio pelos maiores compositores, chegamos a Pyotr Ilyich Tchaikovsky. A obra escolhida, Concerto para Piano N°1 em Si bemol menor, Op. 23, é mais recente do que as anteriores, sendo de 1874.

É uma das mais conhecidas e amadas por quem gosta de música clássica e, segundo o próprio compositor, trata-se de uma obra na qual o piano está em embate com a orquestra, formada por flautas, trompetes, oboés, trompas, trombones e outros instrumentos.

Brahms

Johannes Brahms foi um compositor essencial para a época do romantismo, sendo amplamente estudado por quem gosta deste período. Ao que se sabe, ele compôs apenas dois concertos para piano, mas mesmo assim, deixou o nome marcado neste segmento.

Por exemplo, com o Concerto para Piano N° 2 em Si bemol maior, Op. 83, de 1881. Assim como a obra de Mozart, citada acima, esta também é considerada de difícil execução, por contrastar conceitos de potência musical, mas misturados à delicadeza nos sons.

Chopin

Para terminar a lista, chegamos a Frederic Chopin. O compositor polonês deixou também uma grande obra no século XIX. Aqui, escolhemos um de sua juventude, composta quando ele ainda mal chegava aos 20 anos de idade: o Concerto para Piano N°1 em Mi menor, Op. 11.

Este foi um dos dois grandes concertos feitos por Chopin, antes de deixar seu país de origem. Uma das características das obras dele era aumentar o foco no piano, deixando a orquestra em si como um acompanhante do produto final.

Estas são cinco obras que precisam ser ouvidas hoje mesmo por quem gosta de música e quer aprender ainda mais sobre o assunto. Independentemente da idade e da geração, todos que tiverem contato com esta arte entenderão a grandeza e a qualidade do material.

Não perca tempo e vá ouvir todos esses e, se desejar, pesquise por mais, pois há uma extensa e rica produção ao longo dos séculos.


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As diferenças nos estilos musicais do período barroco e clássico

As diferenças nos estilos musicais do período barroco e clássico

Você sabe diferenciar estilos musicais? A música erudita, mais conhecida como música clássica, povoa nossas mentes e memórias com aqueles grandes e intricados arranjos instrumentais e melodias profundas.

Contudo, dentro da música erudita há diferentes períodos que podem causar confusão para os ouvidos despreparados, mas que na verdade, apresentam distinções cheias de características próprias.

Então, vamos ver dois desses estilos e aprender como diferenciá-los.

Primeiro, vale a pena comentar que é complicado declarar quando um estilo começa e outro termina, mas o que podemos afirmar é que, durante um período, todas as obras musicais passam a partilhar características comuns.

Esses movimentos são carregados de tendências, apresentando um contexto histórico e filosófico da época em que estão inseridos.

Período Barroco

Então, começando pelo Período Barroco, para caráter pedagógico, podemos dizer que tem início no início do século XVII e vai até o ano de 1750, com a morte de Johann Sebastian Bach.

Ele possui três características principais que darão o formato ao estilo. A primeira é o uso do contraponto. Mas o que isso quer dizer? De maneira simplificada, o contraponto é quando se há duas ou mais melodias tocadas de maneira simultânea, se sobrepondo e intercalando entre si.

Outra característica é a ornamentação, que se vale de arpejos, trinados, mordentes e aposturas, todas técnicas para tocar as notas de maneira diferenciada. Muitas vezes, essa ornamentação surgia de maneira improvisada, de modo que não há indicação na partitura.

Isso quer dizer que um músico contemporâneo tem liberdade para acrescentar uma ornamentação durante uma apresentação barroca.

Por fim, é interessante apontar que o piano desse período não possuía o pedal “sustain”, que é aquele pedal dos pianos modernos que ajudam a prolongar o som de uma nota. Sendo assim, na música barroca, o staccato, que é uma articulação que encurta a duração das notas, é uma característica importante.

Período Clássico

Já o Período Clássico, é o gênero que sucede o Barroco, assim, podemos situá-lo entre a metade do século XVIII e início do século XIX.

As composições passam a ser mais estruturadas nesse período, respeitando uma ordem padrão de início, meio e fim, transmitindo um maior equilíbrio entre as ideias.

Ao contrário do Barroco, o Clássico não gosta muito de improvisações. Sendo assim, qualquer tipo de ornamentação só poderá ser tocada se estiver descrita na partitura. Da mesma forma o contraponto é descartado, ou seja, nada mais de múltiplas melodias conversando entre si. Na música Clássica, o som é mais claro e “limpo”.

E aqui há um uso discreto do pedal sustain, que começa a surgir nos pianos. Em contrapartida começa-se a valorizar os crescendos e diminuendos, que são elementos da dinâmica musical, nesse caso, o contraste entre notas mais fortes e notas mais fracas, respectivamente.

Comparando esses estilos musicais podemos ver que eles se contrariam em muitos aspectos.

Assim, treine sua percepção ouvindo os grandes compositores de cada um deles e, logo você conseguirá determinar facilmente a qual período pertence uma obra só ao notar os staccatos, as dinâmicas musicais, o uso ou não de improvisação e até mesmo pelo som do piano.

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Claudio Monteverdi: conheça mais da história desse grande compositor