Cinema: como a sétima arte está relacionada com a indústria cultural?

O cinema está classificado como Sétima Arte desde a publicação de 1923, feita por Ricciotto Canudo no “Manifeste des Sept Arts” (Manifesto das Sete Artes). Esse autor discordava que o cinema era feito apenas para consumo da massa, relacionando a um tipo de arte completa, o qual relaciona todas as outras manifestações artísticas.

A grande discussão que existe em torno disso é sobre a visão do cinema como indústria cultural. Isso porque, no campo do consumo, há um certo movimento por parte do setor para atrair o público, o que pode comprometer a obra em si enquanto arte, trazendo apenas aquilo que é mais “vendido”, digamos assim.

A padronização da industrialização da cultura

Por fazer parte de uma indústria, ou seja, ser objeto de comercialização, os filmes hoje não têm, em sua maioria, os objetivos de atingir altos padrões de reflexão ou mesmo relacionar todas as artes, como almejava Ricciotto Canudo. Também não notamos o foco da arte pela arte, no pensamento dos autores parnasianos.

A intenção primordial das grandes produções é atingir o público em massa, a fim de atingir grandes bilheterias e arrecadar valores que ultrapassam e muito, o que foi gasto para produção, por consequência, gerando muito lucro.

A supremacia das produções hollywoodyanas

Um grande exemplo de como houve essa industrialização das obras cinematográficas é a supremacia dos filmes produzidos nos Estados Unidos e outras grandes potências. Essa indústria tem grande influência nas produções de filmes e atingem altíssimas bilheterias ao redor do mundo.

As preferências do público

Também é importante entender que a visão do público em relação às suas necessidades faz diferença na hora de consumir obras do cinema. O público, em sua maioria, tem o objetivo de assistir aos filmes que estão em alta, por assim dizer, e com a intenção de buscar o entretenimento.

Por isso, as produções mais populares são aquelas que são mais recentes, sendo a intenção do público a de estar por dentro dos lançamentos, e os gêneros, aqueles que proporcionam maior entretenimento, tais como comédias, romances, aventura, terror e ação.
Uma forma de compreender o poder dessa indústria cultural é ver como influencia também o comportamento, pois é possível encontrar hoje, temática de filmes em alta em produtos como materiais escolares, roupas, acessórios em geral, entre outros produtos.

Entretanto, nada impede que filmes atuais promovam reflexão ou não devam ser valorizados. Podemos ver grandes produções sendo premiadas pela sua fotografia, roteiro, e outros aspectos, no Oscar, porém, a supremacia permanece nas mãos de produções norte-americanas.

Dessa forma, é fácil entender como o cinema, considerado até os dias atuais como a sétima arte, se transformou também em objeto da indústria cultural. Esse contexto carrega vantagens, como a variedade de obras feitas e a facilidade com que o público consegue ter acesso a esse tipo de obra por meio dos cinemas, e atualmente, pelos populares serviços de streaming.

Já as desvantagens, podem ser encontradas quando observamos o baixo nível de reflexão e críticas sociais encontrados em grande parte dos filmes atuais, principalmente por conta da supremacia de filmes norte-americanos e a intenção da maioria do público de buscar apenas a diversão no cinema.


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Cinema é arte: por que ele é importante para a nossa cultura e sociedade?

Mudanças que aconteceram na Lei Rouanet esse ano que você precisa conhecer

Criada em 1991, a Lei Rouanet permite que produtores culturais busquem recurso privado para financiar atividades culturais. Em troca, as empresas conseguem abater no Imposto de Renda até 100% do montante investido.

A partir das alterações ocorridas em 2019, a Lei Rouanet deixa de utilizar este nome e passa a ser conhecida como Lei de Incentivo à Cultura. As novas regras estão definidas em uma Instrução Normativa (IN) e começaram a valer assim que publicadas.

Segundo o então ministro da Cidadania, Osmar Terra, as mudanças objetivam melhorar a repartição dos recursos disponíveis e amplificar o acesso à cultura em todo o país. A ideia é apoiar os pequenos e médios artistas.

Confira 8 mudanças que aconteceram na Lei Rouanet em 2019 que você precisa conhecer.

1. Redução no valor máximo de captação por projeto inscrito

Cada projeto passa a ter um limite máximo de R$ 1 milhão, sendo que antes das mudanças o valor máximo era de R$ 60 milhões. Tal medida objetiva uma melhor distribuição dos recursos disponíveis.

Essa regra tem algumas exceções. Não se sujeitam ao limite de R$ 1 milhão:

  • Planos anuais e plurianuais de atividades;
  • Patrimônio cultural material e imaterial;
  • Museus e memória;
  • Conservação, construção e implantação de equipamentos culturais de reconhecido valor cultural pelo Ministério da Cidadania;
  • Construção e manutenção de salas de cinema e teatro em municípios com menos de cem mil habitantes.Existem outros projetos, que têm limite de R$ 6 milhões. Estes são classificados como “festas populares”, a exemplo de óperas, prêmios e exposições.

    2. Alteração no limite máximo por empresa do setor cultural

    A carteira de projetos culturais de uma empresa passa a ter um limite máximo de R$ 10 milhões contra os R$ 60 milhões permitidos anteriormente.

    3. Incentivo à desconcentração regional da cultura

    As novas normas permitirão até 50% de acréscimo dos limites para novos projetos executados integralmente na região Sul e nos estados de Espírito Santo e Minas Gerais, e de até 100% de acréscimo para projetos nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste.

    A finalidade é incentivar um maior desenvolvimento cultural fora do eixo Rio-São Paulo.

    4. Mínimo de 20% de ingressos para distribuição gratuita

    Passa a ser preciso reservar entre 20 e 40% dos ingressos para distribuição gratuita. A gratuidade deve ter caráter social, educativo ou de formação artística.

    A medida tem o intuito de permitir que a população mais pobre tenha acesso à cultura.

    5. Máximo de 20% dos ingressos para patrocínio e ações promocionais

    Do montante de 20%, até 10% dos ingressos podem ser distribuídos por patrocinadores e até 10% podem ser utilizados em ações promocionais.

    6. 10% dos bilhetes com valor máximo de R$ 50

    É necessário ter, no mínimo, 10% dos ingressos para comercialização em valores que não ultrapassem R$ 50. A regra anterior falava em um limite de 20% dos ingressos comercializados por até R$ 75.

    7. Ação de formação em conjunto com as prefeituras

    Haverá contrapartidas de formação e capacitação em todos os projetos beneficiados. Isso significa que o proponente deverá realizar alguma ação de formação ou capacitação relacionada aos projetos apresentados, de comum acordo com as administrações municipais.

    8. Limites para projetos de audiovisual

    Foram definidos limites para projetos audiovisual, de acordo com a categoria, sendo que não havia nenhuma determinação de valores na lei anterior.


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Afinal, podemos considerar a moda uma forma de expressão de identidade cultural?

A moda transita por todas as idades e por todas as épocas. Está em constante mudança e evolução, pois acompanha o movimento da humanidade. Há quem diga que seja apenas algo supérfluo ou meramente funcional para que possamos andar vestidos.

Neste artigo você irá se aprofundar na importância da moda para as diversas identidades culturais.

Toda a mudança em nossas vestimentas ao longo dos séculos não aconteceu por acaso. A moda acompanha diferentes contextos desde o surgimento da burguesia há séculos atrás. Existem muitos fatores interligados, como por exemplo, os fatores culturais presentes no indivíduo.

 

Moda e Identidade Cultural

 

Esses fatores culturais já enraizados no indivíduo representam o que a antropologia chama de identidade cultural. Trata-se de costumes, hábitos, preferências e crenças compartilhadas entre si, dentro de um determinado grupo. É essencialmente o que faz aquele grupo ser um grupo.

Essas identificações mútuas são fortalecidas no convívio e expressas de várias formas. A moda é um canal natural para essa expressão.

O mundo em que vivemos torna a troca de grandes quantidades de informações mais rápida. Nesse processo, a individualidade se perde e cada vez mais sentimos a necessidade de expressar quem somos.

A moda contribui para a união e a identificação de determinado grupo. Geralmente, os adolescentes gostam bastante dessa área. É uma faixa etária que encontra muita dificuldade em se descobrir como indivíduo por ser um processo de transição.

O mundo da moda ajuda esses jovens a expressar preferências, hábitos e crenças, o que faz com que ocorra um fortalecimento em grupo. Assim, eles têm mais facilidade para se entender enquanto indivíduos se comunicando melhor com o mundo a sua volta.

 

Cada Cabeça é um Universo

 

O sentimento de pertencimento é um desejo de todo ser humano. Seja criança, jovem, adulto ou idoso. Para esse sentimento se realizar, é necessário que exista comunicação, para haver compreensão e aceitação. A moda fala por si só.

É um espaço fértil para a criatividade de cada indivíduo e seu universo. Através da criatividade, acontece a mágica da expressão em roupas, acessórios, tecidos e cores. No processo criativo é que está a nossa identidade. É um processo de descoberta extremamente saudável que dialoga, transforma e é transformado.

Podemos concluir que a moda é, de fato, uma das formas mais naturais de expressão da identidade cultural. Pois, oferece liberdade e aceitação. Através do jeito que você escolhe se expressar ao se vestir, a sua mensagem é passada e a sua identidade cultural é entendida.

Uma das características mais interessante da moda é o caráter transitório. Assim como a nossa identidade, a moda é fluída e dinâmica. Não se engane, a nossa identidade cultural não é fixa. Podem ocorrer mudanças sutis ou drásticas ao longo da nossa vida, porém, sempre vamos querer expressar quem somos.

Felizmente, a moda sempre estará presente para nos auxiliar. Tanto em relação a nossa identidade cultural, quanto em relação ao impacto no mundo ao redor. A moda dá voz a todas as culturas e liberdade a todas as identidades.


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De que forma podemos relacionar o cinema com a educação?