Arte: como e quando essa forma de expressão surgiu no Brasil?

A arte faz parte da sociedade e é assim desde o início de praticamente qualquer civilização. Afinal, todos os povos e as pessoas precisam encontrar uma forma de se expressar e de interagir. Com isso em mente, você já se perguntou qual é a origem da arte como forma de expressão no Brasil? Confira!

O início da nossa história

Assim como em qualquer civilização, a arte é uma excelente forma de compreender a evolução da sociedade brasileira. Ou seja, a arte é um espelho da nossa história.

A arte brasileira começa até mesmo na pré-história, com registros encontrados e preservados por sítios arqueológicos espalhados por todo o território nacional. Esses registros são encontrados em estados como Piauí e Minas Gerais. Alguns dos materiais usados para as pinturas eram pedras, chifres de animais, ossos e argila.

Porém, enquanto esse é o primeiro registro, a história da arte no Brasil começa de maneira mais forte com a população indígena.

Os indígenas tinham como foco a pintura e os trabalhos artesanais, que combinavam com a música, para formar a base do conteúdo artístico do povo original do Brasil. O assunto mais retratado eram os temas mais comuns do dia a dia e da rotina do povo na época.

Algumas das obras mais comuns incluíam máscaras, cerâmica, plumagem, cestaria e a pintura corporal.

O período de colonização

Em seguida, existe o período de colonização. E é nesse momento em que a arte brasileira sofre sua primeira transformação e o seu primeiro grande impulso.

Influenciada pelos portugueses e pelos outros povos da Europa, o Brasil perdeu um pouco da identidade, sendo muito influenciado pela cultura do velho continente. A influência barroca, por exemplo, trouxe muitas obras que refletiam a fé católica, que começa a influenciar o mundo e o Brasil.

Uma característica interessante da arte brasileira neste período é a diversidade dos povos. No período de colonização, a Holanda, Portugal e a França são alguns dos maiores influenciadores. O mesmo se aplica na época indígena em que diversos povos se misturaram para criar uma cultura bem diversificada. Essa característica continua a ser uma das mais fortes do Brasil, até hoje.

A semana de arte moderna

A próxima grande alteração na arte brasileira ocorre no início do século XX, cujo marco mais significativo é a Semana de Arte Moderna. É a partir deste momento que a nossa cultura passa a retomar o plano de frente, ofuscando um pouco a cultura europeia e colocando a nossa no plano principal. Principalmente a pintura e a literatura, passam a refletir um pouco mais da identidade brasileira.

De lá para cá, a cultura brasileira se estabeleceu e foi ficando apenas mais forte, tanto na literatura quanto na arte plástica e na música. As peças passaram a refletir a cultura brasileira, como na época da ditadura, que é um excelente exemplo da realidade e a situação do país influenciando a arte.

A arte, e todas as suas formas de expressão, como a música, a pintura, a dança, e diversos outros, sempre teve o principal objetivo de refletir a realidade da cultura brasileira e retratar o que a população sentia e com o que ela se preocupava. Por conta disso, não somente a arte ajuda os povos a se expressarem, como também serve de registro histórico da nossa civilização.


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Influência da cultura portuguesa no Brasil

Vida e obra de Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos foi um maestro e compositor, conhecido por ser uma das principais figuras do modernismo brasileiro.

Sua vida

Nascido em 5 de março de 1887, na cidade do Rio de Janeiro, o maestro carioca recebeu grande parte da sua influência musical do pai, Raul Villa-Lobos, que era funcionário da Biblioteca Nacional e músico amador, que ensinou o filho a tocar o clarinete e o violoncelo.

Outra grande influência musical na carreira do maestro, é Johann Sebastian Bach, um dos maiores músicos de todos os tempos, que foi apresentado ao pequeno Villa-Lobos por uma de suas tias. Os trabalhos do compositor influenciaram o maestro durante toda a sua carreira.

Esta também é marcada por inúmeras viagens que ajudaram a trazer mais profundidade e variedade para o repertório musical de Villa-Lobos. Enquanto no Rio de Janeiro o futuro maestro aprende o “choro” escondido dos pais, que não aprovaram, pelo interior do Brasil, nasce o fascínio pela cultura do país e por outros estilos musicais.

A Semana de Arte Moderna e o apelo internacional

Um dos principais eventos que elevou o nome de Villa-Lobos ocorreu durante a Semana de Arte Moderna. Nesta época, já conhecido como compositor de talento, o músico foi convidado por Graça Aranha para se apresentar no evento.

Durante a semana que se passou em fevereiro de 1922, na cidade de São Paulo, o carioca apresentou alguns espetáculos durante três dias, entre eles “Dança Característica Africana”, uma de suas principais obras.

Após isso, o músico optou por expandir os seus horizontes e seu conhecimento musical. A primeira etapa foi a Europa, em 1923, recebendo apoio de diversos artistas brasileiros e da própria Câmara dos Deputados. Em Paris, foi especialmente influenciado pela obra do compositor russo Igor Stravinsky.

Entre idas e vindas para o Brasil, Villa-Lobos passou anos em Paris, recebendo grande reconhecimento internacional. Ao retornar a São Paulo, em 1930, iniciou um projeto de educação musical que culminou com a inauguração do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico.

Sua jornada termina nos Estados Unidos. O músico foi convidado a fazer uma turnê por Werner Janssen, e residiu no país norte-americano, enquanto retornava diversas vezes ao Brasil.

Villa-Lobos morreu em 1959, no Rio de Janeiro, tendo sido vítima de câncer.

A obra

Dentre as mais de 1000 composições do mestre carioca, algumas das obras mais marcantes de Villa-Lobos são:

Kankikis

Farrapós”, “Kankukus” e “Kankikis” foram três obras compostas para piano, entre 1914 e 1915. Recebendo o título de “Danças dos Índios Mestiços do Brasil”, a composição é inspirada por uma tribo de índios do Mato Grosso, Caripunas, cuja raça seria formada entre a mistura dos negros com os índios. Deu origem às “Danças” de Villa-Lobos, como a “Dança Característica Africana”, já mencionada, e que foi apresentada na Semana de Arte Moderna.

Choro

O ciclo dos “Choros” são diversas gravações e representações deste estilo tão popular e querido pelo músico. Foram diversas obras, apesar da desaprovação dos pais.

Ária

Possivelmente, a obra mais popular do compositor. Ária foi composta em 1938, sendo inspirada pelas serestas e dedicada a Arminda, sua segunda esposa.

Tocata

Também conhecido como “O trenzinho caipira”, Tocata mostra toda a influência que o sertanejo teve na carreira do compositor.


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Os pilares da música brasileira

Vida e obra de Ary Barroso

Considerado um dos maiores nomes da música popular, Ary Evangelista Barroso, conhecido como Ary Barroso, foi um compositor boêmio que carregou em sua trajetória o feito de ter escrito “Aquarela do Brasil”. A canção é considerada uma das mais importantes do cancioneiro brasileiro e foi responsável pela consolidação do estilo samba-exaltação.

Ary Barros nasceu em Ubá, Minas Gerais, em 7 de novembro de 1903, filho de João Evangelista Barroso e Angelina Barroso. Aos 6 anos de idade, ficou órfão, passando a morar com a avó e sua tia, com quem aprendeu a tocar piano.

Início da carreira

Quando tinha 12 anos, o músico passou a trabalhar como pianista auxiliar, acompanhando filmes mudos; aos 15 anos, já estava compondo.

Mais tarde, graças a uma herança recebida do ex-ministro da Fazenda Sabino Barroso, de quem era sobrinho, Ary pôde mudar-se para o Rio de Janeiro, a fim de cursar a faculdade de Direito.

Na Cidade Maravilhosa, passou a se sustentar tocando piano em cinemas e cabarés e, em 1923, começou a tocar nas salas de espera do Teatro Carlos Gomes, como integrante da orquestra do maestro Sebastião Cirino.

Três anos depois, foi contratado para uma temporada de oito meses nas regiões de Santos (SP) e Poços de Caldas (MG), tocando na orquestra do maestro Spina.

De volta ao Rio, em 1929, ele conheceu Ivone Belfort de Arantes, que viria a ser sua esposa. Concluiu o curso de Direito e compôs a marcha intitulada “Dá nela”. A canção ganhou um concurso de marcha carnavalesca e lhe rendeu dinheiro, com o qual Ary conseguiu se casar com Ivone, com quem teve dois filhos, Flávio Rubens e Mariúzia.

Novos rumos na carreira

A carreira de Ary começou a seguir outros caminhos quando ele passou a trabalhar na Rádio Philips. A partir daí, transformou-se em locutor esportivo, humorista e apresentador. Em 1934, estreou seu programa “Hora H”, na Rádio Cosmos, em São Paulo. O artista teve grande destaque com seus programas de calouro, inclusive na TV Tupi.

A carreira de prestígio e o sucesso de “Aquarela do Brasil” fizeram com que o músico ganhasse visibilidade internacional. Por isso, foi convidado para trabalhar com os Estúdios Walt Disney, onde teve a oportunidade de fazer a trilha musical de “Alô, amigos”, filme estrelado por Zé Carioca.

O músico mineiro embrenhou-se também no universo político, elegendo-se vereador do Rio de Janeiro muito bem votado, em 1946. Nove anos mais tarde, em 1955, recebeu a Ordem do Mérito, concedida pelo presidente da República, Café Filho.

A vida artística lhe rendeu honrosas homenagens, como a que recebeu, em 1957, de Carlos Machado, com o espetáculo “Mr. Samba”, que apresenta a biografia do compositor por meio de suas 264 canções.

As composições de Ary Barroso foram gravadas por grandes artistas do cenário nacional, como Francisco Alves, Mário Reis, Carmen Miranda, Elis Regina e Tom Jobim.

Doença e morte

Ary Barroso foi diagnosticado com cirrose hepática, em 1961, e após melhoras e recaídas, acabou falecendo três anos depois, em 9 de fevereiro de 1964, um domingo de carnaval, pouco antes de a escola de samba Império Serrano desfilar com o enredo “Aquarela do Brasil”, em sua homenagem.


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