Saiba como os projetos sociais conseguem mobilizar as crianças e jovens

Projetos sociais patrocinados pelo terceiro setor são essenciais, visto que chegam às pessoas cujas necessidades básicas não são atendidas pelo Estado. Neste texto, destacaremos a importância de projetos sociais que, educando, transformam crianças e jovens em cidadãos mais conscientes e politicamente atuantes. Continue lendo!

A importância dos projetos sociais

Por mais consciencioso que seja um governo, e por maior que queira ser seu alcance, um projeto de lei nunca chegará a todas as pessoas que precisam dele. As organizações do terceiro setor, como as ONGs, cumprem esse papel. Elas surgem da indignação de cidadãos com determinada realidade, que se juntam e persistem para transformá-la, com o apoio de voluntários e doações de dinheiro ou outros materiais. Muitas vezes, elas surgem dentro das comunidades em que atuam; em outros casos, se esforçam para alcançar grupos isolados, procurando entender o modo de vida deles.

Por terem esse poder de penetração em áreas que o poder público não tem, as organizações do terceiro setor viram referências importantes para se estudar problemas como os diversos tipos de violência, a realidade dos refugiados, como a vida de excepcionais e seus familiares pode ser facilitada, etc.

Um dos objetivos de um projeto social é, além de promover a melhoria imediata das circunstâncias encontradas, preparar as pessoas para serem cidadãs críticas e atuantes em sua sociedade. Ou seja, enxergá-las não como carentes que precisam ser tutelados, mas sim como sujeitos de direitos: a ideia é dar-lhes acesso a eles, para que no futuro elas mesmas reivindiquem suas necessidades e trabalhem para melhorar a própria vida e a vida da sua comunidade. Permitir que a pessoa se veja como sujeito, e não como eterno necessitado, possibilita que ela rompa o ciclo de pobreza no qual foi encontrada pelo projeto social.

Um dos tipos de projetos que se destacam são os de educação para crianças e jovens. Veremos no próximo tópico por que ensiná-los a tocar um instrumento causa tão grande impacto na vida de todos os que participam disso.

Educação através da música

-Tocar um instrumento é uma atividade que envolve as funções visual, auditiva e motora do cérebro, e que demanda prestar atenção a vários detalhes ao mesmo tempo.

-Uma das funções mais beneficiadas do cérebro é a memória, porque um músico precisa decorar as canções que toca. Isso ajuda a prevenir doenças como o Mal de Alzheimer.

-Estudar numa turma de música pode tornar mais fácil fazer amigos, porque todos têm algo em comum.

-A dedicação de estudar todo dia ensina a ter disciplina e a trabalhar para conseguir o que se deseja.

-Tocar em orquestra ensina regras como esperar a própria vez, escutar o outro, prestar atenção ao maestro e que todos dependemos uns dos outros para o trabalho sair melhor. Ou seja, ensina responsabilidade e comprometimento com o grupo.

-Apresentar-se em público, especialmente se existe esse medo, é uma fonte de autoestima, pela superação constante dessa dificuldade.

-Fazer música pode ser um excelente meio de expressar os próprios sentimentos.

-Fazer música pode se tornar profissão.

Quais os desafios encontrados pelos projetos sociais?

O Terceiro Setor composto pelas ONGs, que são as entidades sem fins lucrativos, tem por função prestar serviços sem interesse financeiro, apenas sociais.

Existe uma causa muito nobre nestas instituições, mas isso não é suficiente para gerar benefícios de forma efetiva. Há muitas dificuldades que estas organizações enfrentam, principalmente na parte financeira e gerencial. Vejamos em detalhes quais os principais desafios encontrados pelos projetos sociais.

Principais desafios encontrados pelos projetos sociais

Problemas na estrutura institucional e organizacional

De acordo com pesquisas, cerca de quase 50% das entidades sem fins lucrativos possuem uma estrutura fraca ou mediana, devido à falta de pessoal para trabalhar nestas ONGs, tornando a equipe existente sobrecarregada para realizar os projetos.

Há outras dificuldades, como a participação escassa da diretoria nos problemas diários da instituição, bem como a falta de recursos de reserva para situações de emergência.

Comunicação e relacionamento deficientes

Isto ocorre porque a maioria das entidades não possui um website para divulgação do seu trabalho, bem como um formulário de contato para receber doações. Algumas até podem ter um site, mas este geralmente se encontra desatualizado ou com problemas. Falta também um tipo de comunicação mais formal, uma ação de Marketing para divulgar de forma mais engajada e efetiva a organização.

Desta forma, com a ausência e ineficiência da comunicação, estas ONGs não conseguem obter contatos como nome, e-mail e telefone de pessoas que as possam ajudar.

Falhas na captação de recursos

As falhas geralmente ocorrem devido à falta de formação de profissionais para saber como realizar a captação de recursos de maneira adequada.

É necessário saber como elaborar projetos de qualidade e angariar parcerias com empresas que possam se interessar no financiamento destes.

Muitas vezes as ONGs também falham na composição da lista para identificar bens. Esta deve sempre ser elaborada sob orientação coletiva, junto com o coordenador do projeto, para evitar que ocorram esquecimentos.

Quando há falta de recursos, dificilmente o projeto sairá do papel. É importante realizar um planejamento que estime o impacto de determinada ação no segmento em que a organização se encontre.

A questão da sustentabilidade

A sustentabilidade está cada vez mais presente nas instituições, que se engajam de forma crescente à medida em que há um aumento da preocupação com a falta de recursos que podem vir a afetar o futuro do planeta.

No caso das ONGs, é essencial que estas também pensem sobre o impacto que elas têm sobre o meio ambiente. Isto envolve ações como descartar corretamente os resíduos e utilizar de forma inteligente os recursos disponíveis.

Também, a preocupação deverá levar em conta as causas que a entidade defende, não apenas o meio ambiente.

Problemas com o Fluxo de Caixa

Fluxo de caixa tem a ver com entradas, que são as receitas não operacionais, e saídas, que são todos os tipos de pagamento realizados pela instituição. Esta movimentação, embora pareça simples, pode ser uma preocupação à mais no orçamento das ONGs quando não há um fechamento das contas no final do mês.

Muitas vezes isto ocorre devido a despesas inesperadas, falta de recursos e de doações, bem como contas não pagas. Assim, para evitar estes problemas, é importante uma gestão financeira correta e de qualidade dos projetos sociais, a fim de otimizar os recursos que estão à disposição.

Soluções que visam melhorar a questão financeira dos projetos sociais

Algumas soluções que podem ser colocadas em prática de forma imediata para melhorar a situação financeira e de fluxo de caixa destas empresas, é procurar por um software de gestão financeira que possa organizar a entrada e a saída de dinheiro. Desta forma, há uma melhor organização dos recursos e economia, otimizando assim o tempo gasto em processos que são realmente importantes para a organização.

Identificar os problemas que ocorrem durante uma gestão dos projetos sociais e abrir espaço para iniciativas que visam melhorar os processos, principalmente na questão financeira, é abrir espaço para que as ações tenham mais sucesso, favorecendo assim o desenvolvimento destas organizações do terceiro setor.

Fonte:

https://www.walmartbrasil.com.br/noticias/desafios-e-estrategias-para-o-desenvolvimento-de-projetos-sociais/

http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/por-que-a-administracao-de-ongs-e-tao-dificil/462/

https://runsmart.cloud/blog/2017/11/06/entenda-quais-sao-4-principais-desafios-do-terceiro-setor-no-brasil/

Afinal, o que é a inclusão social?

Muita se fala em inclusão social. Mas o fato é que muita gente não sabe, ou não compreende de maneira, o que ela é e qual a sua importância. Neste contexto, é fundamental destacar o porquê da necessidade de se investir e trabalhar constantemente em projetos que visem à inclusão social.

Compreenda o que é e qual a importância da inclusão social

Inclusão social se refere à necessidade de incluir determinados indivíduos em um contexto social caracterizado pela desigualdade. Vale destacar que a desigualdade é identificada pela restrição de acesso aos direitos básicos do cidadão.

Neste âmbito, todo indivíduo tem direito a desfrutar de condições de moradia adequadas, bem como saneamento básico (fornecimento de redes de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo), além de educação, saúde, transporte, trabalho, entre outras.

Pessoas que têm dificuldades de desfrutar de um ou mais destes direitos podem ser consideradas marginalizadas pela sociedade, encontrando-se em condições de vulnerabilidade social. Este fenômeno da privação de direitos é comum no contexto moderno, principalmente em países como o Brasil, onde a distribuição de renda é extremamente desigual e a insuficiência do Estado no fornecimento de recursos potencializa as carências.

Desta forma, estes indivíduos, cidadãos como todos os outros, com os mesmos direitos e deveres, necessitam de programas de inclusão social. Estes programas e ações visam reduzir as discrepâncias sociais e ajudar o indivíduo a ter acesso aos seus direitos básicos, possibilitando que ele possa emergir das condições de vulnerabilidade social para melhores perspectivas de vida, bem como toda a sua família.

Como pode ser feita a inclusão social

A inclusão social pode ser obtida por meio de uma série de ações, que são de responsabilidade do Estado. Neste contexto, vale destacar o papel das ações afirmativas, bem como das políticas públicas de inclusão social. O acesso a estas ações permite que pessoas e famílias marginalizadas, que sofram de restrição crônica aos seus direitos, consigam superar as dificuldades e aproximar-se de melhores condições de vida.

As ações afirmativas constituem-se como medidas que visam reduzir a exclusão social, observando diretamente os fatores que originam esta marginalização. Neste contexto, as ações afirmativas podem visar à redução da exclusão originada por fatores raciais, religiosos, intelectuais, sexuais, etc.

Já as políticas públicas (de que podem ser constituídas as ações afirmativas) referem-se a medidas diretas que possam culminar com a redução da exclusão social. Neste cenário, destacam-se medias especiais, leis e projetos que visem à resolução de fatores geradores da exclusão.

Todas estas medidas são fundamentadas na necessidade de correção das ausências do Estado, que acarretam em abandono e marginalização social. Assim, são orientadas a não apenas solucionar necessidades imediatas, mas a produzirem assistência que em longo prazo proporcione mudanças efetivas nas vidas destas pessoas, levando-as a sair das condições de vulnerabilidade.

Vale destacar que outras entidades podem fornecer acesso a políticas de inclusão social efetivas. Neste contexto, o trabalho das organizações não governamentais pode promover acesso, por exemplo, a opções em educação e cultura para jovens e adultos, suprindo necessidades frequentemente não atendidas pelo poder público.