Como a inclusão social pode ser aplicada através do esporte?

O acesso de muitas crianças e jovens ao esporte é, na maioria das vezes, quase inexistente. O pouco contato que crianças e jovens podem ter com as práticas esportivas é na escola, nos horários das aulas de educação física, que acontecem poucas vezes na semana. Esse horário é tão curto que pode não instigar no adolescente a vontade de aprender e se aperfeiçoar mais.

Neste artigo iremos explicar de forma simples como o esporte pode ser uma ótima ferramenta de inclusão social, vale a leitura!

Benefícios para a saúde:

Quando pensamos em esporte um dos primeiros assuntos mais lembrados sobre o tema é o benefício à saúde que a prática traz. Jogar futebol, vôlei, basquete ou qualquer outro esporte, gera estímulo, melhora a concentração e dá a possibilidade para a criança ou adolescente de gastar a sua energia com uma atividade saudável, prevenindo também doenças cardíacas, diabetes e até obesidade, comum em diversas fases da vida.

O esporte ajuda ainda no desenvolvimento da coordenação motora e da cognição, que interferem no crescimento e na aprendizagem. Jovens ativos fisicamente conseguem ter um raciocínio melhor e também se comunicam mais facilmente.

Estimula o senso de coletividade:

Antes mesmo de montar um time é necessário se comunicar para decidir quais serão as posições de cada um, etc. O esporte ajuda muito a desenvolver nos jovens e nas crianças o senso de coletividade, o que é muito importante para a inclusão social. Conviver com as diferenças de realidades e criar laços são resultados imediatos da prática esportiva e que são aperfeiçoados com o passar do tempo.

Além do senso de equipe, o esporte ensina a lidar com as frustrações. A criança ou jovem aprende que nem sempre é possível ganhar e esse é um ensinamento que pode ser aplicado em diversas esferas da vida.

O esporte é uma verdadeira ferramenta de mudança social:

O esporte também dá a possibilidade de uma criança seguir carreira, competir e adquirir uma profissão, mas é claro, isso deve acontecer de forma espontânea. Atividades físicas feitas por obrigação geralmente não são divertidas. Por isso, o estímulo deve ser feito de maneira leve e tranquila.

O esporte pode ser uma poderosa ferramenta de transformação na vida de muitos jovens, que superam seus limites, crescem em conjunto e acima de tudo, se desenvolvem por meio dele. O esporte torna cidadãos conscientes, com mais autoestima em todas as situações cotidianas, não só nos momentos de jogo.

Atualmente existem diversos projetos sociais que dão acesso ao esporte em comunidades carentes para milhares de crianças e jovens. O estímulo feito nesses tantos projetos espalhados pelo país não tem relação apenas com o esporte e seus praticantes, esse estímulo também incentiva que as crianças não deixem as escolas e que os jovens continuem estudando.

Amizade, companheirismo e acolhida fazem parte desses projetos que mudam vidas. Vidas transformadas, com novos hábitos, vivências cheias de crescimento, com toda certeza, trarão ótimos frutos para o Brasil, que terá futuras gerações mais conscientes, ativas, engajadas e responsáveis pelo bem comum.

Os benefícios que a música traz para as crianças autistas

A música pode ser utilizada em diferentes contextos e para diferentes propósitos. Já foi comprovado que o uso da música em disciplinas tradicionais como ciências, artes e matemática facilita o aprendizado, tornando-o lúdico, além de fazer com que as aulas fiquem mais interessantes para os alunos, especialmente na educação básica.

Além disso, alguns tipos específicos de música, como a clássica, contribuem para prolongar o foco, a concentração e a capacidade de assimilação de conceitos durante os estudos.

Entretanto, o que poucas pessoas sabem é que a música traz benefícios específicos para as crianças de forma geral, mas quando se trata das autistas essa prerrogativa se amplia. A música, nesse caso, também se torna uma ferramenta de socialização e comunicação.

Atividades que contribuem para o desenvolvimento das crianças autistas

Dividindo espaço com outras atividades como a equoterapia e a natação, a musicoterapia é indicada para o desenvolvimento e o fortalecimento dos processos cognitivos envolvidos na linguagem, comunicação e na interação social.

Aspectos que podem ser delicados para algumas crianças autistas, devido à sua dificuldade em filtrar os estímulos ambientais como os auditivos e os visuais.

Comunicação e qualidade de vida

A música combinada à terapia contribui para que as crianças autistas melhorem a habilidade de comunicação. Além disso, a qualidade de vida tende a aumentar tanto para a criança quanto para o seu grupo familiar. Foi o que apontou uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Montreal, Canadá.

Nos testes, crianças na faixa etária de 6 a 12 anos foram distribuídas em dois grupos de terapia, um que inclua música em suas atividades e outro não. Os resultados evidenciaram que as crianças que foram submetidas às atividades musicais apresentaram vantagens em relação ao outro grupo.

Aumento do equilíbrio dos processos cognitivos

Através de exames de ressonância magnética, os pesquisadores concluíram que houve uma conectividade maior entre as regiões do cérebro responsáveis pela audição e pela coordenação motora, o que explica a melhoria dos processos cognitivos observados.

A conectividade maior entre essas duas regiões do cérebro favorece a comunicação social porque está envolvida no processo de ouvir os outros, focar a atenção no diálogo sem se deixar perturbar por sons e ruídos do ambiente, esperar a sua vez de falar e se fazer compreender.

As características do cérebro das crianças autistas são favorecidas pelas atividades musicais

O cérebro autista tem a ativação das áreas envolvidas no processamento da linguagem reduzida. Assim, aulas de música e a inclusão da música em ambientes pedagógicos combinada às outras disciplinas favorece o efeito resultante apontado pela pesquisa da Universidade de Montreal.

Apesar das especificidades do cérebro que está no espectro autista, os processos cognitivos envolvidos com a música são preservados. Algumas crianças autistas que iniciam aulas de música ou são expostas a atividades relacionadas costumam apresentar maior facilidade para esse aprendizado.

Além disso, apresentam uma característica interessante: as regiões envolvidas na linguagem se sobrepõem às regiões envolvidas com a música. Por isso, a música se torna uma valiosa ferramenta para o desenvolvimento das habilidades de comunicação em crianças autistas.

Quais os principais desafios da inclusão dos deficientes na escola?

Incluir as pessoas com deficiência no ambiente escolar é essencial para que estes desenvolvam melhor suas habilidades intelectuais, sociais e até mesmo sua autoestima. No entanto, nem sempre essa é uma tarefa fácil devido a diversos fatores relacionados a este ambiente. Veja neste artigo quais são os principais desafios da inclusão das pessoas com deficiência na escola.

Desafios no ambiente

Alguns dos principais desafios que as pessoas com deficiência enfrentam nas escolas é a falta de estrutura dentro das salas de aula e em outros espaços de convívio. Os cadeirantes, por exemplo, precisam de rampas de acesso para conseguirem se locomover com maior liberdade. Já as pessoas com deficiência visual também têm maior qualidade de vida quando há sinalizadores no piso ou efeitos sonoros dependendo do caso. É importante avaliar cada caso e entender quais são as necessidades dos estudantes para que a escola possa se adaptar a eles, e não o contrário. Quanto mais a escola estiver apta a prestar atenção nisso, mais as pessoas com deficiência terão qualidade de vida no ambiente e se sentirão de fato incluídas.

Desafios sociais

Outro desafio nas escolas é encontrar profissionais habilitados para lidar com as especificidades das pessoas com deficiência. Nem sempre os professores e outros funcionários da escola têm a formação adequada para entender e proporcionar um processo educativo que seja compatível com as necessidades e as dificuldades destes estudantes.

Por isso, é importante que estes profissionais sempre participem de formações e cursos para que possam entender as diferentes metodologias de ensino que devem ser aplicadas para cada caso. É essencial que os professores estejam preparados e tenham os materiais necessários para o ensino de língua de sinais, braile e outras técnicas que podem ser aplicadas para as pessoas que possuem alguma deficiência intelectual ou mental.
Além disso, os profissionais também precisam estar atentos aos estudantes e observarem aquilo que funciona melhor e o que os faz se sentirem mais acolhidos no ambiente.

A empatia dos colegas

Para que as pessoas com deficiência se sintam realmente incluídas no espaço também é importante que haja a empatia dos colegas de classe. Para isso, é importante que haja atividades em sala de aula para que todos os estudantes possam vivenciar algumas das dificuldades e desafios que as pessoas com deficiência enfrentam na sociedade. Ser uma escola inclusiva significa proporcionar espaço em que todos os estudantes participem juntos, independente se possuem ou não alguma deficiência física, mental ou intelectual.

Assim, as pessoas com deficiência têm muito mais chances de desenvolverem sua autoestima, participarem qualitativamente da vida em sociedade e do mercado de trabalho. É importante lembrar que não é o aluno com deficiência que precisa se adaptar ao ambiente, mas todos em sua volta devem se esforçar para garantir a dignidade e os recursos necessários para que estes se sintam bem e possam desenvolver melhor suas habilidades cognitivas e sociais.

Para que a escola seja inclusiva não é necessário muito esforço, mas sim dedicação e atenção para as necessidades de cada aluno, tenha ele alguma deficiência ou não.