A manutenção do desenvolvimento físico das crianças gira em torno de manter uma rotina saudável, com boa alimentação, prática de atividades físicas e acompanhamento médico quando necessário.

Não podemos, porém, esquecer do desenvolvimento no aspecto social, psicológico e emocional também nessa lista. Há diversas atividades que buscam potencializar as capacidades e ajudar no crescimento do pequenos em todos esses âmbitos.

Veja as cinco atividades que selecionamos para aplicar em crianças a fim de desenvolver habilidades diversas.

Incentivo à prática de esportes

Sabemos que a prática de esportes contribui muito para a manutenção da saúde física. É uma forma de aplicar esforço físico, gastar energia, potencializando melhora ou crescimento muscular e aeróbico. Há também melhora no sistema imunológico e no metabolismo.

Para além disso, pode trazer outros benefícios ao pequenos, principalmente em relação à disciplina. Se praticado em grupo, conta com aumento das habilidades sociais.

Atividades como bicicleta, skate e patins

As atividades como andar de bicicleta, skate ou patins são ótimas pelo esforço físico empregado. Com elas a criança pode melhorar também o seu equilíbrio. Se a brincadeira ocorrer juntamente com amigos, pode ser ainda melhor para acrescentar a interação social na brincadeira.

É necessário apenas ter cuidado com o local escolhido para essas práticas, a fim de evitar os acidentes. Tenha atenção também aos equipamentos de segurança, principalmente se as crianças forem muito pequenas.

Modalidades de artes marciais ou dança

As artes marciais são ótimas para o desenvolvimento físico, e são muitas as opções. Assim como a dança, que apresenta algumas possibilidades e grande melhora das capacidades físicas. Para ambas as atividades existe a chance de colocar crianças desde muito pequenas, facilitando ainda mais a aprendizagem.

Nas duas opções, é possível colher frutos como disciplina e persistência. Pois os resultados só aparecem quando há prática constante e obediência ao professor ou mestre.

Os jogos eletrônicos

Os jogos eletrônicos, ou mesmo os videogames, não são maléficos como muitos podem pensar. Pelo contrário, trazem melhora da criatividade, ajuda na compreensão de narrativas pelos universos fantásticos que há nos games e persistência. Os jogos online podem ajudar, ainda, na interação social.

Se estão em inglês, urge a oportunidade de melhorar a prática dessa língua. É preciso apenas que os responsáveis mantenham o controle para que as crianças não extrapolem as horas em frente ao jogos.

Canto ou instrumentos musicais

A música traz para as crianças maior capacidade criativa, aguça a audição e o raciocínio lógico. Os instrumentos musicais desafiam a melhorar a capacidade motora e a prática constante ajuda a manter a persistência. Há uma gama enorme em relação às possibilidades de tocar um instrumento, pode ser violão, bateria, piano, flauta, entre muitos outros.

Principalmente quando há instrumentos musicais em jogo, a música mostra que é preciso manter um trabalho constante para alcançar bons resultados.

São muitas as alternativas para buscar o desenvolvimento das crianças, seja no aspecto físico, social ou psicológico. Não podemos esquecer que mesmo brincando é possível crescer e aprender, pois o lúdico é um grande instrumento de aprendizagem.

Para se integrar na sociedade, o ser humano precisa passar pelo processo de socialização, isto é, o aprendizado dos códigos culturais, comportamentos, regras, hábitos, tradições do grupo social a qual pertence, entre outros elementos com valores simbólicos.

Esse aprendizado se inicia na infância com as instituições sociais, sejam elas familiares, educativas, religiosas, econômicas, políticas ou relacionadas às atividades de lazer. A vivência torna possível a assimilação da conduta necessária para a inserção social.

Esses espaços apresentam um conjunto de regras que servem como padrões de comportamentos e métodos amplamente conhecidos e compartilhados por toda a sociedade e seus integrantes.

O complexo de conceitos que representa a cultura humana de modo geral não é algo nato para os seres humanos, portanto, é aprendido durante o desenvolvimento do indivíduo.

A criança é apresentada para o mundo que o cerca e pode acessar todo o conhecimento histórico acumulado e aprender sobre o modo como a sociedade funciona e qual o seu papel no meio social.

Além disso, o que caracteriza o ser humano e o diferencia em relação aos outros animais é que ele executa um conjunto de atividades que se enquadra no que conhecemos como “trabalho”, seja ele material ou intelectual. O trabalho reflete o grau de desenvolvimento humano e requer o aprendizado de determinados conhecimentos e o domínio de habilidades.

Educação como ferramenta de desenvolvimento humano

Para tornar possível esse aprendizado, o conhecimento é sistematizado e difundido em diferentes ambientes de acordo com a sua natureza. A escola como instituição social se destaca quando se trata do desenvolvimento das capacidades humanas.

A educação desempenha um papel central no desenvolvimento humano. Essa instituição social sistematiza o conhecimento disponível que é, então, apropriado por cada indivíduo para que possam desenvolver ao máximo as suas potencialidades.

Acesso ao conhecimento

O desenvolvimento humano acontece, portanto, a partir da apropriação da informação científica, tecnológica e histórica que está disponível e que é relevante para a existência da humanidade e manutenção da vida. O ambiente educativo é o difusor do conhecimento necessário ao desenvolvimento individual e coletivo.

A relação entre educação e desenvolvimento humano explica por que em sociedades onde o acesso à educação, principalmente a superior, não está disponível para todos e, sim, apenas para uma pequena parcela privilegiada da sociedade, têm o seu desenvolvimento humano prejudicado.

O termo “desigualdade educacional” ilustra de maneira adequada esse contexto. Há um abismo entre a qualidade da educação das escolas públicas e das escolas privadas do ensino básico, por exemplo.

Além disso, a quantidade de recursos disponíveis e as experiências culturais ou educativas as quais um aluno da rede particular tem acesso estão muito além da realidade vivenciada pela grande parcela de jovens brasileiros.

Essa desigualdade na exposição aos ambientes educacionais durante a fase de desenvolvimento humano impacta o grau de integração que cada indivíduo obterá e, consequentemente, a sua contribuição enquanto cidadão.

Por fim, o próprio desenvolvimento pessoal e individual é atrofiado, pois é através do desenvolvimento educacional primário que cada pessoa conhece e inicia o progresso das suas individualidades.

As crianças têm um desenvolvimento individual, cada uma aprende a seu tempo, porém, há marcadores específicos para saber se está de acordo com a própria idade ou não. Algumas podem apresentar um crescimento no nível social mais avançado ou mais atrasado do que é considerado comum. Nesses casos, é importante respeitar as particularidades, sem ignorar as diferenças significativas.

Selecionamos várias informações sobre o assunto para que você entenda melhor, veja!

O desenvolvimento social na primeira infância

A primeira infância é o período que vai de 0 aos 6 anos aproximadamente e é marcada pelo aprendizado, afinal, esses pequenos passam a descobrir pouco a pouco o mundo que os cerca. Primeiro, aprendem sobre si mesmos e a interagir com os familiares. Em poucos meses o bebê consegue controlar o próprio corpo, interagir com a família e logo a habilidade de comunicação verbal.

E, quando vão para a escola, têm a oportunidade de conviver em outra esfera social. Nesse contexto, uma nova gama de oportunidades de entender mais sobre as outras pessoas e aplicar aquilo que a família já transmitiu. Por essas e outras razões, todas as fases são importantes e a cada conquista a criança tem mais segurança para crescer mais.

O passo a passo do desenvolvimento

A cada aprendizado, os responsáveis precisam reforçar os marcadores para que os pequenos se transformem de crianças a futuramente independentes. É muito importante respeitar isso e deixar que façam pequenas tarefas como comer sozinhos, ainda que de início seja trabalhoso ensinar, pois isso faz parte de um processo natural de crescimento.

Esses são os exemplos de marcadores significativos para cada fase da criança, veja:

• 1 mês – observa um rosto*;
• 2 meses – sorri em resposta
• 4 meses – sorri espontaneamente
• 6 meses – observa a própria mão, tenta alcançar um brinquedo
• 11 meses – come sozinho
• 13 meses – bate palmas
• 14 meses – mostra o que quer, mas não com choro
• 16 meses – dá tchau, joga bola com outra pessoa
• 17 meses – imita a ação de uma pessoa, bebe em uma xícara ou copo
• 20 meses – ajuda em casa (tarefas simples)
• 2 anos – usa colher, garfo, tira a roupa, alimenta a boneca, veste-se com supervisão
• 3 anos – escova os dentes com ajuda, lava e seca as mãos, fala o nome dos amigos
• 4 anos – veste-se sozinha, joga jogos de mesa
• 6 anos – escova os dentes sozinha, prepara refeições simples, bebe leite com achocolatado

Viu como o desenvolvimento social é um verdadeiro passo a passo? Isso acontece porque cada detalhe contribui para o crescimento e formação dos seres humanos. Vivemos e aprendemos sempre em conjunto. A cada tarefa ou gesto que a criança aprende, ela fica mais próxima de alcançar a própria autonomia. Desde o nascimento até a idade adulta, as experiências são o que nos fazem aprender sobre nós mesmos e os que nos cercam.

*itens retirados da página 26 da apostila Módulo 1, Aprendizagem e Neurodiversidade – como o aluno aprende?, do Instituto ABCD.