Ir para o conteúdo
Menu fechado

Como o consumo cultural está diretamente relacionado com as classes sociais?

Muita gente não leva a sério este assunto, mas a classe socioeconômica de uma pessoa está diretamente associada ao consumo cultural dos diversos grupos. O quanto de dinheiro um indivíduo tem normalmente interfere diretamente nos tipos de manifestações culturais e artísticas que ele consome. Neste texto, falaremos um pouco mais sobre a relação entre classes sociais e consumo cultural. Confira!

Bens culturais eruditos, populares e massivos

Dentro da área artística e cultural, há várias divisões em relação aos seus produtos. Em alguns estudos, as manifestações culturais são divididas em três tipos: eruditas, populares e massivas.

A arte erudita é a consumida pelo menor número de pessoas e, normalmente, seu público tem um alto poder aquisitivo e bastante instrução. Comumente está arte envolve a música clássica, óperas, museus, algumas peças de teatro, certas obras de literatura, entre outros.

O acesso aos espaços onde estas obras estão, costuma custar caro, e há um aspecto de “status” ligado a quem frequenta a arte erudita. Ainda que possua dinheiro para frequentar estes lugares, uma pessoa de menor poder aquisitivo ou instrução pode se sentir constrangida em comparecer.

A arte popular, por sua vez, é consumida por mais pessoas, porém, boa parte de seu público ainda goza de algum poder aquisitivo e costumam ter alguma instrução formal. Deste ramo, destaca-se a MPB, algumas peças de dança, teatro e filmes independentes, livros, e outras manifestações do tipo.

Manifestações culturais folclóricas, nativas de certas regiões, caipiras, e típicas também podem ser consideradas arte popular. Seu público nem sempre têm alta instrução, mas costuma estar envolvido diretamente com a realidade local daquela manifestação. Por exemplo: a música gaúcha, algumas trovas de viola e o maracatu no Nordeste.

A arte massiva, por sua vez, é a mais lucrativa e a consumida por mais gente, do rico ao pobre. Normalmente, ela possui menos qualidade técnica e artística, sendo simples e em muitos casos, vulgar. Daí, incluímos música como o sertanejo universitário e o funk, novelas, filmes “blockbusters” e obras similares.

Como o público se relaciona com o dinheiro

Não se pode dizer que nenhuma destas manifestações culturais são melhores ou piores do que as outras, mas elas são essencialmente diferentes. A questão é que a instrução, o poder aquisitivo e as artes estão diretamente relacionadas.

O ingresso para assistir a um concerto de uma orquestra sinfônica normalmente custa mais caro do que um show sertanejo, algo que já limita o alcance do público a certos eventos. Mas o dinheiro não é a única variável: alguns museus têm entradas baratas, enquanto danças e teatros podem acontecer no meio da rua, e ainda assim, é raro que sejam sucesso de público no Brasil.

Com a baixa instrução, as pessoas passam a conhecer apenas a arte massiva, visto que ela dá muito dinheiro a seus produtores e, por isso, é extremamente divulgada, além de ser de fácil compreensão.


Se você gostou deste post:

– SIGA as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no X e no YouTube!

– CONHEÇA o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– ENTRE EM CONTATO com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– COMPARTILHE este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

– Os projetos da @sabrabrasil são realizados com o patrocínio máster: @institutounimedbh, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores via Lei de Incentivo à Cultura – @culturagovbr

Sendo assim, as políticas de valorização à cultura são um incentivo para que mais pessoas frequentarem diferentes espaços artísticos e culturais, melhorando o intelecto e a instrução da população através da educação na arte.

O consumo de música clássica no Brasil