Jazz no Brasil: saiba tudo sobre essa história e os melhores discos do estilo

Entender a origem de um gênero musical não é uma tarefa simples. Afinal, envolve um apanhado de influências de povos e etnias diferentes e, dificilmente, sabemos quando de fato um estilo nasce.

Por exemplo, Jazz, por exemplo, tem seus primórdios registrados oficialmente em solos norte-americanos, por volta do final do século XIX, apesar dos toques africanos e europeus.

Escravos africanos trouxeram para os Estados Unidos, até então uma colônia inglesa, essa reunião de traços de outros povos. No entanto, as maiores contribuições deles para o estilo musical foram os diferentes ritmos, mais especificamente a polirritmia, e o expressionismo vocal, ou seja, expressão de instrumentos e vozes.

Aliás, o Jazz, ainda hoje, é marcado pela improvisação e os ritmos não lineares.

Já os americanos, contribuíram com a convencional estrutura melódica do ritmo. Ela é similar, por exemplo, ao Blues, outro gênero que foi desenvolvido paralelamente ao Jazz.

Explicaremos, a seguir, como a leveza do Jazz chegou ao Brasil e quais foram os seus passos por aqui. Além, claro, dos álbuns que marcaram sua trajetória no país.

História do Jazz no Brasil

Assim como ocorreu com músicos em diversos outros países, artistas começaram a se aventurar pelo estilo musical norte-americano, lá pelas primeiras décadas do século XX.

Além das técnicas e características específicas do gênero, a formação de bandas também foi inspiração para os profissionais brasileiros.

Em solos verde e amarelos, a música era tocada ao vivo e com a intenção de fazer dançar.

Até os anos 50, os músicos ainda aceitavam e incorporavam os traços norte-americanos no Jazz. Com a chegada da Música Popular Brasileira, o gênero ganhou características únicas e foi difundido, em seguida, o Jazz brasileiro. A música instrumental brasileira ficou conhecida internacionalmente, após o sucesso da MPB.

Um grande marco para a história do Jazz no país foi o 1º Festival de Jazz São Paulo – Montreux. Na ocasião, milhares de espectadores assistiram às apresentações de músicos, durante uma maratona musical de oito dias. O espetáculo ajudou a música instrumental brasileira, o que inclui o Jazz, a se sofisticar ainda mais.

São Paulo, então, além de sede do grand festival, se tornou a cidade pioneira do Jazz em toda América Latina.

Durante a década de 90, tanto nos Estados Unidos, como no Brasil, o Jazz, de fato, foi concretizado, através de uma onda de estudos e formatação. Luiz Fernando Mascaro, um dos grandes nomes do Jazz, foi o responsável por, após uma viagem aos EUA, trazer novas influências para o país.

Melhores discos de jazz do Brasil

A música brasileira encanta por onde passa. Os discos de Jazz, então, com características tão nacionais, dividem opiniões sobre quem merece o topo do ranking.

A seguir, confira, se não os melhores, quatro discos que merecem ser conhecidos e apreciados.

1) Getz/Gilberto, de João Gilberto e Stan Getz (1963);
2) Wave, de Antônio Carlos Jobim (1967);
3) Coisas, de Moacir Santos (1965);
4) África Deus, de Naná Vasconcelos (1973).

O Jazz contemporâneo brasileiro também não deixa a desejar. Separamos alguns álbuns recentes que também merecem prestígio:

1) Sangre Negro, de Amaro Freitas;
2) Sambou África, de ÈKÓ Afrobeat.