Um dos setores mais afetados com os impactos do novo coronavírus foi o do entretenimento.
Por conta do alto risco de contágio da doença, o impedimento de aglomerações levou festivais de música, dança, arte e cultura em geral, ao cancelamento ou suspensão, sem prazo de retorno, para conter a disseminação do vírus.
Prejuízos que o coronavírus trouxe para festivais artísticos
No início do surto de contaminação, o setor foi o primeiro a parar as atividades. Antes mesmo do decreto de quarentena, teatros já haviam suspendido espetáculos e festivais, a fim de minimizar os impactos da doença.
Ainda mais, estima-se que a indústria do entretenimento seja a última a retornar com suas programações regulares, resultando na maior crise no ramo da música ao vivo da história.
Números mostram que os impactos negativos desse período são comparados aos efeitos da guerra. Segundo a revista Forbes, as perdas podem chegar a R$ 5 bilhões.
Efeitos colaterais da crise repercutem em diversos setores, já que, conforme reportagem da Folha, a indústria de grandes festivais de música movimenta cerca de R$ 936 bilhões ao ano e gera em média de R$ 25 milhões de empregos diretos e indiretos. Isso é 13% do PIB nacional.
Não são somente os artistas e produtores de eventos que serão afetados pelo adiamento ou cancelamento desses grandes festivais, mas também os setores secundários, como:
– Fornecedores;
– Trabalhadores freelancers;
– Designers;
– Entre outros.
Estes eventos movimentam também as áreas de turismo e comércio local, que serão igualmente atingidos com os efeitos da pandemia.
Festivais mais tradicionais do ano tentaram o adiamento com data prevista para após outubro, em sua maioria. Mas, o fato é que tudo é previsão e ninguém sabe ao certo o que pode acontecer.
Crescimento do consumo de arte em casa
Ao mesmo tempo em que esse setor sofreu grandes perdas financeiras, a arte passou a ocupar uma posição ainda mais importante na vida diária das pessoas em quarentena, ao ajudar a passar o tempo de quem não pode sair de casa.
Como alternativa para diminuir os prejuízos, alguns festivais de música, dança e teatro encontraram uma forma de migrar seus conteúdos para o meio digital.
Aproveitar a internet é uma alternativa
Nesse período tiveram um crescimento significativo:
– Número de acesso a vídeos ao vivo em redes sociais;
– Consumo de filmes e plataformas digitais de conteúdo artístico.
Um estudo mostra que, no período da quarentena, o uso da internet passou para, em média, 9 horas diárias. Além disso, diversas pessoas que não eram usuárias entraram para o universo digital.
Artistas de todo o mundo promovem lives, ou seja, transmissões ao vivo, de casa em redes sociais. Aulas e festivais acontecem através de aplicativos online, que reúnem músicos, atores, cantores e bailarinos, mesmo à distância, e os conectam com o público.
O retorno é mínimo comparado ao valor movimentado pela indústria. Porém, a vantagem é que, após o surto da pandemia, incorporar os meios digitais será relativamente mais fácil para os profissionais que ainda não o faziam.
Neste contexto, explica-se a importância de apoiar a área do entretenimento nesse momento em que todos estão impossibilitados de exercerem suas profissões.