Dizer que o isolamento social afeta apenas a economia de forma profunda seria algo bastante distante da realidade. A educação brasileira, em linhas gerais, foi pesadamente influenciada pela necessidade de ficar em casa.
Instituições de ensino precisaram sair da teoria e recorrer à prática: ainda que o conhecimento precisa ser transmitido, os meios para transmiti-los precisam ser outros. A seguir, alguns exemplos de atitudes que estão sendo tomadas ao redor do Brasil para garantir a continuidade dos estudos:
Ensino à distância é uma alternativa
O afastamento social tirou crianças e adolescentes de escolas e universidades. Uma das soluções encontradas pelos docentes é a elaboração de aulas à distância, uma vez que quaisquer mecanismos em benefício do ensino são válidos durante o período de pandemia. Afinal, as coisas, lentamente, voltarão ao normal em algum momento, e é importante estar preparado para as novidades.
No dia 18 de março, o Ministério da Educação (MEC) autorizou as instituições de ensino superior de todo o país, sejam públicas ou privadas, a ministrar aulas à distância no lugar das tradicionais aulas presenciais.
Além disto, o MEC também autorizou que o calendário de férias seja alterado, desde que as horas-aula estabelecidas pelo órgão sejam devidamente respeitadas.
Por conta do cenário social, grande parte das universidades se adaptou à nova realidade, realizando aulas ao vivo através de aplicativos online. Dessa forma, é possível garantir a qualidade do serviço e, ao mesmo tempo, garantir que alunos e familiares permaneçam em segurança em suas casas, evitando o aumento da curva de contágio.
Existem diversas opções de plataformas EAD no mercado, as quais podem ser selecionadas a dedo pelas instituições para garantir o máximo de performance.
O Ensino Médio também tenta seguir as mesmas adaptações das instituições de Ensino Superior. Segundo informações do Globo, 57% dos alunos de Ensino Médio estão participando de aulas à distância.
Ainda segundo o jornal, um levantamento foi realizado com todas as escolas públicas do Rio de Janeiro. Dentre elas, 15 decidiram buscar outros métodos de ensino, o que afeta diretamente cerca de 4,2 milhões de estudantes, incluindo alunos da rede privada.
Educação e dificuldade de acesso à internet
Segundo a matéria do Estado de Minas Gerais, cerca de 20% das casas brasileiras não têm acesso à internet. Isso significa que sistemas de ensino EAD não são aproveitáveis por cerca de 7 milhões de estudantes ao redor do país.
Sendo assim, uma das barreiras mais complicadas de transpor no Brasil, a desigualdade e a falta de estrutura básica, continuam assombrando milhões de famílias.
Apoio aos jovens é essencial
Se a educação brasileira é um verdadeiro problema há décadas, é certo que a falta de estrutura básica tornará tudo ainda mais difícil.
Sendo assim, é necessária a criação de iniciativas que promovam a integração destes jovens no mercado de trabalho, além do apoio incondicional de crianças, jovens e adolescentes e suas famílias em situação de vulnerabilidade.
Afinal, nosso objetivo é, através da cultura, garantir que os direitos sociais da criança e do adolescente sejam respeitados e conquistados, sobretudo em comunidades e demais áreas carentes. Conheça-nos.