A música é uma combinação de melodia, harmonia e ritmo que, por meio da repetição, é capaz de impactar positivamente o ser humano. Seja por meio das batidas ou da própria melodia, a música mexe com nossa memória e sentimentos. É por isso que ela se torna uma aliada no combate a diversas doenças.
Tem até uma área dedicada, exclusivamente, a tratar doenças por meio da música. É a chamada musicoterapia, técnica capaz de trazer melhorias tanto para problemas físicos quanto para problemas mentais.
Principais problemas que a música consegue tratar
- Estresse: uma música relaxante é capaz de nos acalmar e até alterar o nosso humor. Isso porque ela modifica a nossa respiração, o que contribui para produção de um hormônio responsável pela sensação de bem-estar, a serotonina.
- Sintomas da depressão e ansiedade: não são todas, é claro, mas existem músicas que trabalham com os nossos batimentos cardíacos e a pressão sanguínea de maneira relaxante, o que diminui os sintomas da depressão e ansiedade.
Aliás, um estudo feito pela organização britânica Mindlab revela as principais músicas que combatem a ansiedade. Na lista, estão artistas como Mozart, Adele, o grupo musical Marconi Union e até Coldplay.
- Dores: estudos dos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, mostram que pacientes internados em alas de emergência, para tratamento de câncer, conseguiam trocar o foco da dor por meio da musicoterapia. Outros pacientes terminais também se beneficiavam, principalmente porque a música passou a fazer parte da medicina paliativa.
- Pacientes com Parkinson: além dos estudos internacionais, as pesquisas brasileiras apontam os benefícios da música para pacientes com Parkinson. Dentre os benefícios conquistados, estão: melhora da velocidade da marcha e da movimentação.
- Atraso ou deficiências no desenvolvimento motor: tanto para crianças quanto para adultos com problemas motores, a música colabora, isso porque estimula a movimentação.
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Música como terapia para pessoas que sofreram AVC
Pessoas que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença popularmente conhecida como derrame, podem apresentar diferentes sequelas, como alterações na fala, com dificuldade de comunicação ou compreensão; perda de memória; perda do controle dos movimentos musculares; entre outras.
Para esses pacientes, a música é um mecanismo terapêutico que, associado ao tratamento convencional, faz esses pacientes terem significativas melhoras.
Entre as vantagens do método, é possível citar: melhora dos movimentos dos braços; técnicas com a música que estimulam funções cerebrais; e melhora das habilidades de linguagem e da sensação de bem-estar, como um todo.
Muito além de método terapêutico
Para aproveitar os benefícios terapêuticos da musicoterapia, é necessário o acompanhamento de um profissional especializado. O hábito de escutar melodias e de aprender a tocar, no entanto, também traz efeitos positivos para crianças, adolescentes e adultos.
Além de auxiliar na construção da identidade individual, aprender a tocar um instrumento serve para aprimorar as habilidades com línguas e autoconsciência.
Em outras palavras, a música é capaz de melhorar a memória, a concentração, a criatividade e até a tomada de decisões. Isso se dá como resultado das conexões cerebrais durante o processo de escuta.
Quanto mais cedo o aprendizado começa, melhores os resultados em longo prazo. Para a criança, o ensino de música desde cedo estimula o desenvolvimento neurológico e o controle das emoções.