CANTAR, QUANDO COMEÇAR?

Qual é a melhor idade para aprender a cantar?

Cantar é algo natural para o ser humano. Afinal, quem não gosta de cantar no chuveiro, acompanhar a música da banda preferida na rádio, ou ainda cantarolar despercebido uma música que “ficou na cabeça”? Mas quando o assunto é “cantar bem”, muitas pessoas ficam com vergonha e acham que não têm idade para aperfeiçoar a voz.

Só que não existe idade para isso. Ao contrário do que acontece com o aprendizado de instrumentos musicais, que depende de habilidades cognitivas e motoras muito complexas para crianças pequenas e pessoas mais velhas, o coral está disponível para qualquer um. Basta um pouco de disciplina e dedicação para expandir a capacidade respiratória e treinar o aparelho fonador.

Enquanto na infância o incentivo depende dos pais e da família, bem como de um espaço adequado para desenvolver as habilidades, na idade adulta é o comprometimento individual que irá definir o nível de progresso do cantor.

Descubra dicas para aperfeiçoar a voz em cada etapa da vida e, assim, usufruir dos vários benefícios do canto.

Canto para os mais jovens

O mais importante nos primeiros anos de vida é se divertir enquanto canta. Muitos cantores famosos aprenderam primeiro a tocar instrumentos; somente mais tarde, talvez na banda do colégio ou da universidade, começaram a buscar aulas de canto.

Como o tamanho das cordas vocais ainda é menor em crianças, nessa fase é mais importante trabalhar a postura, a respiração e o prazer em cantar do que necessariamente treinar técnicas vocais. Outros aspectos que os pequenos conseguem absorver quando começam no canto incluem treinar o ouvido para harmonias, incorporar a movimentação do maestro e aprender a cantar em grupo.

Já na adolescência, começa a ser interessante praticar técnicas de aquecimento e desaquecimento vocal (https://www.sabra.org.br/site/coral-exercicios-para-aquecimento-vocal/ e https://www.sabra.org.br/site/respiracao-e-canto/), bem como outras técnicas para aperfeiçoar a voz.

É claro que a voz muda bastante ao longo da vida, principalmente na transição da infância para a juventude. É nesse período que a voz masculina, por exemplo, começa a engrossar, e enquanto não estabiliza, ela pode desafinar facilmente e soar até mesmo engraçada devido à variação entre graves e agudos. Por isso, não deve haver muita autocobrança nessa fase da vida, já que as pregas vocais ainda irão crescer.

Canto para adultos e idosos

O fator que mais atrapalha a evolução dos alunos não é propriamente a idade e sim a cabeça, principalmente entre adultos e pessoas mais velhas. É comum esse grupo acreditar que já não tem mais idade para aprender coisas novas na vida.

Quem nunca ouviu: “Ah, se eu fosse mais jovem”, “Que besteira, não tenho mais idade para isso”, ou ainda “Não estou melhorando porque comecei muito tarde”? A verdade é que, pelo menos na esfera vocal, nenhuma dessas afirmações têm base científica. Portanto, quanto antes o aluno começar a superar os bloqueios da mente, mais rápida será a sua evolução.

Outro aspecto que atrapalha o aprendizado em adultos e idosos é a paciência ou a perspectiva temporal. Treinar músculos laríngeos e cantar bem leva tempo, mas às vezes os alunos acham que não estão evoluindo e ficam desestimulados. Nesse momento, é fundamental lembrar que o processo do canto é como aprender uma nova língua ou fazer uma nova graduação: demora.

Enquanto isso, estabeleça objetivos de curto prazo como:

– Ampliar um pouco o alcance da voz;
– Ganhar confiança para cantar em público;
– Cante em grupo ou busque um grupo de coral;
– Fortaleça um aspecto específico da voz.

Com objetivos de menor prazo, a sensação de estar evoluindo é mais palpável, o que aumenta a autoestima e incentiva a dedicação.

Viu como a única barreira é a que colocamos a nós mesmos? Toda idade é boa para começar a cantar, então se você tem vontade, não perca tempo e junte-se a um coral.

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SABRA e Orquestra Sinfônica de Betim promovem Concerto Didático para Surdos

A Sociedade Artística Brasileira (SABRA) promove, no dia 10 de novembro, o Concerto Didático para Surdos, em Betim, Minas Gerais. Sob a regência de Márcio Miranda Pontes, 74 instrumentistas da Orquestra Sinfônica de Betim, em formação completa, interpretam obras como Finlandia de Sibelius, Capriccio Italiano e o 4º movimento da Sinfonia nº 2 de Tchaikovsky. Este evento tem patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado pelo incentivo de médicos cooperados e colaboradores por meio da Lei Federal de Incentivo a Cultura. A entrada é gratuita.

O evento atenderá a alunos surdos regularmente matriculados na rede pública municipal de ensino e, no intuito de atender às necessidades dos jovens, serão feitas duas adaptações à apresentação: quanto ao assento, os convidados ficarão bem perto dos músicos para visualizar os instrumentos e os instrumentistas com clareza, e haverá um intérprete de LIBRAS para traduzir simultaneamente as explicações e os gestos do maestro.

Além do estímulo visual, os alunos ainda serão capazes de captar a execução das obras pela vibração que os instrumentos provocam em seus corpos e nos objetos – como cadeiras, cadernos, chão, entre outros. Para estimular esse aspecto sensorial, o concerto será realizado na sala de ensaios da Orquestra, que é menor que um teatro e potencializa a vibração do som.

A iniciativa faz parte das ações da SABRA para promover a inclusão social, bem como a acessibilidade e a democratização do acesso à música, que é um bem cultural de elevado valor e que muitas vezes não está ao alcance da população, principalmente para os surdos.

Sobre a SABRA

A Sociedade Artística Brasileira (SABRA) é uma associação civil, sem fins lucrativos, fundada em 2013, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A organização realiza diversas ações, como a edição de manuscritos musicais antigos, e mantém a Orquestra Sinfônica de Betim, a Oficina Musical de Betim (que é uma escola de música), o Coro e Orquestra de Câmara Lobo de Mesquita e grupos de corais adultos e infantis tanto em Belo Horizonte quanto em Betim.

Todos os anos, a SABRA oferece 74 vagas na Orquestra para jovens músicos e 20 mil ingressos para participação do público nos concertos didáticos. Com isso, incentiva os jovens instrumentistas a entrarem para o mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, contribui para a popularização da música clássica.

A instituição possui projeto registrado no Conselho Municipal de Assistência Social de Betim e é mantida por meio de doações e patrocínios.

Sobre a Orquestra Sinfônica de Betim

A Orquestra Sinfônica de Betim é um projeto da SABRA que surgiu em 2014 como uma Orquestra de Câmara, composta somente por instrumentos da família das cordas. No ano seguinte, a formação sinfônica teve início com a abertura de vagas para os outros naipes.

O projeto beneficia 74 jovens músicos e estimula a profissionalização deles por meio de bolsas de incentivo e da formação técnica e artística. Desde a sua fundação, a Orquestra já empreendeu vários concertos e atingiu mais de 60 mil pessoas, entre público e artistas.

Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH foi criado em 2003 com a missão de conduzir o programa de Responsabilidade Social Cooperativista da Unimed-BH. Os projetos desenvolvidos têm na saúde sua área prioritária, mas mantêm interface com outros campos por meio de cinco linhas de ação: Comunidade, Meio ambiente, Voluntariado, Adoção de espaços públicos e Cultura.

Em 2016, mais de 1,4 milhão de pessoas foram beneficiadas, direta e indiretamente, pelo Programa Cultural Unimed-BH. Mais de 4,5 mil médicos cooperados e colaboradores viabilizam este Programa ao escolher destinar parte do seu Imposto de Renda para o fomento de projetos socioculturais. A cada ano, as atividades conquistam aprovação e confiança, ampliando-se as adesões.

Orquestra Sinfônica de Betim se apresenta para surdos
Data: 10 de novembro, sexta-feira
Horário: 14 horas
Local: Sala de ensaios da Orquestra, na Rua Prefeito Silvio Lobo, 221 – Angola – Betim – MG
Entrada franca – deve ser feita a reserva com antecedência pelo telefone (31) 3532-2176

Para a imprensa:

Márcio Miranda Pontes: (31) 3532-2176 / (31)98447-5395

Foto (Aurélia Rocha): https://www.dropbox.com/s/tqbpkwatz6v9qcn/DSCN1155.JPG?dl=0

Textos fundamentais


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– Os projetos da @sabrabrasil são realizados com o patrocínio máster: @institutounimedbh, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores via Lei de Incentivo à Cultura – @culturagovbr

BEBÊS E MÚSICA

Ciência: bebês que ouvem música clássica ficam mesmo mais inteligentes?

Bebês e crianças que escutam música clássica são beneficiados de diversas maneiras, como já falamos em outro texto aqui do blog. Mas hoje vamos falar do “efeito Mozart” em algo bem específico: o de que ouvir composições eruditas durante a gravidez deixa os filhos mais inteligentes.

A ideia é tão popular que várias empresas comercializam kits e materiais de obras clássicas voltados para pais e filhos. Ao mesmo tempo, muitos casais, pais e mães compram esses produtos porque entendem que o investimento em DVDs e CDs instrumentais é bom para o desenvolvimento cognitivo do feto.

Mas como esse mito surgiu? E o que a ciência diz sobre isso? Se você ficou curioso, calma que vamos responder todas as perguntas daqui a pouco.

Como o mito do “efeito Mozart” surgiu?

Tudo começou em meados da década de 90, quando a psicóloga Frances Rauscher publicou um estudo na famosa revista de divulgação científica Nature. Na pesquisa, ela submeteu estudantes universitários a diferentes estímulos musicais.

Alguns alunos ficaram em silêncio por 10 minutos, outros foram expostos a músicas de relaxamento, e um terceiro grupo de estudantes ouviu a sonata em Ré maior, que é uma obra do compositor austríaco Amadeus Mozart.

Em seguida, todos os estudantes foram submetidos a diversos testes. O resultado final revelou que quem havia escutado Mozart atingiu melhores resultados nas avaliações. Desde então, o “efeito Mozart”, como foi chamado, ganhou popularidade nos meios de comunicação e na sociedade.

Consequentemente, as mães passaram a ouvir música clássica não apenas após o nascimento dos filhos, mas desde o início da gravidez. Para impulsionar os resultados, algumas empresas vendem inclusive fones de ouvido para serem colocados na barriga das grávidas, no intuito de desenvolver a inteligência de seus bebês.

A ideia não conquistou somente os pais. Há relatos de que um governador dos Estados Unidos ordenou que todas as mães do seu estado recebessem CDs com música clássica.

O que a ciência fala sobre isso? É mito ou fato?

O tema é polêmico e já resultou em depoimentos provocativos nos meios de comunicação. Mas a Dra. Rauscher e outros cientistas da equipe que realizou o teste afirmam que a pesquisa nunca afirmou que a música clássica deixa os bebês mais inteligentes.

Em termos objetivos, dizem que o estudo pretendia avaliar somente o impacto da música clássica na realização de tarefas espaciais e temporais. Além disso, ele não foi realizado com bebês e crianças, e sim com estudantes universitários, e somente 36 alunos participaram do teste.

Outra evidência que enfraquece o “efeito Mozart” é a de que nenhum outro centro de pesquisa conseguiu replicar o teste com os mesmos resultados. Isso sugere que o melhor desempenho entre o grupo de alunos que ouviu Mozart pode ser reflexo do acaso, ou seja, de níveis superiores de inteligência já existentes anteriormente.

Desde 1993, muitas pesquisas já foram realizadas sobre o assunto. O que se apontou, de fato, é que a música clássica promove benefícios cognitivos, melhora a concentração, desenvolve a audição, auxilia no estudo linguístico e de matemática, entre outros. Mas o resultado também é obtido com outros compositores (não necessariamente Mozart) e é ainda mais relevante quando a pessoa está aprendendo a tocar um instrumento musical e não apenas ouvindo música.

E por fim, a ciência ainda não comprovou que há, realmente, aumento da inteligência. No entanto, ninguém deve parar de ouvir música clássica por isso, pois ainda assim há diversos outros benefícios para ouvintes e músicos.

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