Os principais objetivos e características da arte abstrata

A arte abstrata, também conhecida como abstracionismo, é um movimento artístico que não tem compromisso em representar objetos próprios da nossa realidade, mas sim com o realismo da obra, abusando de cores, linhas e superfícies que sejam necessárias para a representação.

De um modo geral, podemos dizer que a arte abstrata é produzida dentro de algumas escolas da arte moderna, principalmente dentro de movimentos como o cubismo e futurismo, que usavam elementos que fugiam da imitação do “concreto”.

Os principais objetivos e características da arte abstrata

Um dos principais objetivos da arte abstrata é romper com as tradições que ligavam as obras as escolas renascentistas, com regras a serem seguidas e que eram perpetuadas no meio acadêmico.

Por esse motivo, a arte abstrata é considerada por muitos parte essencial do modernismo, já que esses dois movimentos aparecem contra as regras e convenções do renascentismo, entendendo que tais regimentos eram limitantes para a liberdade artística.

A arte abstrata também tem o objetivo de representar uma nova sociedade, já que o início do século XX foi marcado por grandes transformações culturais e tecnológicas, impactando na visão de mundo desses artistas.

Mesmo com objetivos concretos, a arte abstrata ainda desperta olhares curiosos de quem não entende certas escolhas estéticas do movimento.

Isso se deve ao fato de que suas principais características são voltadas para mexer com o lado interior do seu admirador, ou seja, ela provoca o despertar de sentimentos que mexem mais com o emocional do que o racional.

Sendo assim, podemos entender que as características da arte abstrata são:

– Sentimentos;
– Intuições;
– Conceitos.

Por possuir características mais emocionais do que racionais, podemos entender melhor as escolhas estéticas presentes em suas obras. A tonalidade investida no abstracionismo está completamente ligada com a psicologia das cores, que despertam reações internas quase que instantaneamente.

Desse modo, podemos perceber que cada espectador tira suas próprias interpretações, fazendo associações conforme os sentimentos despertados pelo impacto nas tonalidades investidas nos quadros.

Não há, para o abstracionismo, um significado comum, tampouco a busca ou necessidade de se construir uma única identidade, as obras cumprem com o seu objetivo de se oporem a construção de regras e estilos.

Por essas características, a arte abstrata é entendida também como uma arte colaborativa, cuja construção não termina somente com o artista, mas se expande e dá ao espectador a oportunidade de inserir seus sentimentos, visões e experiências.

Principais representantes da arte abstrata no Brasil.

Mesmo que tenha sido um movimento surgido no início do século XX, a arte abstrata só ganhou destaque no Brasil na década de 1950, mais precisamente em 1951 durante a celebração da I Bienal de São Paulo.

De lá para cá, alguns artistas se destacaram e hoje são reconhecidos como os principais representantes do movimento em solo brasileiro. Sendo eles:

– Lígia Clark;
– Manabu Mabe;
– Iberê Camargo;
– Ivan Serpa;
– Hélio Oticica;
– Waldermar Cordeiro;
– Antônio Bandeira.

Ainda que para os conceitos da arte já estejamos no pós-contemporâneo, o abstracionismo permanece um movimento válido para exprimir nossas emoções e anseios quanto as transformações diárias do mundo.

O crescente uso da arte digital nos dias atuais

O uso da tecnologia já está presente em praticamente todas as áreas da nossa sociedade. Essa tendência também teve influência sobre o trabalho dos artistas, através do desenvolvimento da Arte Digital.

O que caracteriza essas obras é o uso de artefatos tecnológicos no processo de criação de qualquer tipo de manifestação artística. O movimento ganhou espaço e já se tornou uma das principais formas de arte na atualidade.

Esse fator está ligado com a possibilidade de democratizar obras artísticas, através de ferramentas que facilitam o processo de criação e distribuição, que fizeram com que a Arte Digital se popularizasse e tivesse seu uso crescente na sociedade contemporânea, conforme acompanhou os avanços tecnológicos.

Início da Arte Digital

Considerada um segmento de arte contemporânea, a Arte Digital teve início entre as décadas de 60 e 70, a partir de um grupo formado por engenheiros e artistas que possuíam a missão de integrar a arte e o crescente mundo da tecnologia.

Com base nos experimentos desse grupo, diversos outros artistas conceituais passaram a explorar as inúmeras possibilidades que o universo digital trazia para a criação de obras, utilizando ferramentas audiovisuais e agregando pixels em suas composições.

O surgimento da internet e a evolução gráfica dos computadores resultou no desenvolvimento de softwares de design, que abriram o leque de oportunidades a serem exploradas pelos artistas, e ainda mais as fronteiras para o crescimento do movimento de Arte Digital.

À medida em que a tecnologia foi se incorporando nas rotinas, as obras de Arte Digital também se estabeleceram, tanto no mercado criativo, quanto comercial.

Influência na sociedade contemporânea

A popularização de smartphones e outros tipos de gadgets móveis, possibilitaram acesso a quantidades incontáveis de informações de maneira rápida e fácil.

Como consequência, a capacidade de distribuição em massa aumentou, da mesma forma que os conteúdos a serem disseminados. Todos passaram a ter ao alcance de suas mãos ferramentas para consumir ou criar qualquer composição.

Para o meio artístico, isso proporcionou oportunidades e facilidades na capacitação e no exercício de criar, abrindo espaço para mais artistas e consumidores da arte em suas variadas formas.

Atualmente, a Arte Digital está presente em muitos aspectos da nossa vida cotidiana, desde conteúdos que consumimos em redes sociais até comerciais, games, cinemas e outros.

Constantemente, surgem novos aparatos tecnológicos e, com eles, mais possibilidades e criações. Assim, em nossa sociedade altamente conectada, a Arte Digital passou a ser uma das principais formas de expressão.

Tipos atuais de Arte Digital

Existem diversas manifestações artísticas digitais presentes atualmente. Podemos citar:

– Ilustração digital;
– Desenho vetorial;
– Fotos e imagens;
– Áudio e vídeo;
– Arte e modelagem 3D.

Com a transformação digital acontecendo também no meio corporativo, a tendência é que o consumo de tecnologia aumente ainda mais em nossos dias.

Sendo assim, a Arte Digital continua em crescente valorização, ocupando posições na indústria do entretenimento e no circuito comercial.

Para quem deseja investir na área, as possibilidades são inúmeras, o que reitera o papel importante que essa forma de expressão desempenha em nosso dia a dia.

Visitação virtual: saiba como ela está sendo utilizada nos museus

A visitação virtual nos museus tem se tornado uma opção para quem quer aproveitar a cultura, mas não pode, ou não quer, sair de casa.

É uma solução muito interessante, tanto para o momento atual, quanto para o futuro. Por exemplo, pessoas com alguma deficiência que dificulta a locomoção, ou mesmo que não tem dinheiro para se deslocar, podem aproveitar esta opção.

A visitação virtual não substitui a emoção de estar perto e ver algumas das maiores obras de arte da humanidade, mas é uma excelente alternativa. E, graças a tecnologia, se torna cada vez melhor.

Então, se você quer entender como a visitação virtual é usada nos museus, continue lendo o post e descubra.

Como funciona a visitação virtual nos museus?

Desde o Louvre, possivelmente um dos maiores museus do mundo, até opções locais no Brasil, os mais diversos museus permitem acesso a esta solução. Cada um tem sua maneira de se organizar e concretizar a visita mas, no geral, o processo é semelhante.

São usados hyperlinks e thumbnails que simulam as alas e salas do museu. Assim, você pode ir visitando cada sala, de acordo com a ordem que o próprio museu julga como ideal. Também é possível seguir a própria ordem, em certos casos.

Dentro das salas, costumam ser feitas fotos e/ou vídeos em 360°, que permitem que você observe cada uma das salas totalmente. Ao ficar satisfeito, você pode usar os links ou thumbnails para ir até a próxima sala e repetir o processo.

Quais as vantagens da visitação virtual?

A visitação virtual é um processo que pode ser bem vantajoso. Por exemplo, mencionamos acima que o Louvre aceita este tipo de visita, o que significa que não é preciso viajar para ver o museu.

Por outro lado, como a tecnologia tem avançado bastante, as fotos 360° estão cada vez mais próximas à realidade, trazendo uma ótima experiência. É possível se aproximar das pinturas, por exemplo, de modo a observá-las de perto.

Além disso, existe a questão da comodidade e da facilidade de acesso. Especialmente nos museus mais concorridos, você escapa das filas.

E para complementar, pode conversar sobre as peças ou levar tanto tempo quanto quiser em cada uma delas. É uma forma de aproveitar os tours no seu ritmo, da forma que desejar.

Quais os museus oferecem visitação virtual?

Museus pelo mundo todo estão adotando esta forma de visitação. Alguns dos maiores do mundo, como o Metropolitan Museum, em Nova York, o Louvre, em Paris, o museu do Vaticano e o British Museum em Londres são alguns exemplos.

Uma boa dica para quem quer explorar o maior número possível de museus é conhecer o Google Arts e Culture. Este site é mantido pelo próprio Google, em parceria com diversos museus de todo o planeta.

Por meio dele, é possível fazer diversos tours completos por mais de 2000 museus e arquivos de todo o planeta.

E no Brasil, o Museu de Arte de São Paulo, a Pinacoteca de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes e diversos outros estão abertos a visitas online.

Graças à tecnologia, os empecilhos para explorar os museus e algumas das maiores obras de arte da humanidade se tornam cada vez menores. Então, aproveite a oportunidade e conheça mais!