Conheça x dos maiores prêmios da arte que existem no Brasil

Um concurso não é apenas uma competição. Ele estimula muitas pessoas, faz com que elas tenham vontade de mostrar o que sabem fazer de melhor, como fazem e por que amam fazer. Com a arte não seria diferente. Aliás, toda forma de se expressar artisticamente é válido.

É claro que ganhar o prêmio é uma parte incrível, mas outra coisa que conta muito é a estrada que se percorre até chegar lá. E tudo bem se você não ganhar de primeira, existirão outras oportunidades. E para quem não conhece muito sobre os prêmios de arte, aqui vão cinco dos mais conhecidos. Confira!

Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça

O Prêmio Marcantonio Vilaça é um dos mais tradicionais nesse campo. No ano passado, chegou à sua sétima edição e contou com 600 artistas inscritos em todo o país. Toda edição contempla cinco artistas com uma bolsa e tem o acompanhamento de um crítico de arte ou curador na produção. Além disso, as ações educativas e exposições itinerantes promovidas pelo Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça já percorreram as várias regiões do nosso país.

Prêmio PIPA

Esse prêmio, que foi criado no ano de 2010, tem como objetivo estimular a produção contemporânea e também divulgar o trabalho de novos artistas. Como uma forma de representação de uma alternativa de relevância para o setor de artes visuais no Brasil. A última edição teve o artista Guerreiro do Divino Amor como vencedor, com “Videoinstalações e projetos em torno das Superficões”, uma pesquisa sobre o universo da ficção científica e aborda forças ocultas que estão presentes no imaginário do nosso coletivo. Cada finalista recebe 30.000 reais, e o vencedor ainda ganha a chance de desenvolver sua exposição para o público.

Prêmios da ABCA

Os prêmios da Associação Brasileira de Críticos de Arte estão entre os prêmios de maior relevância em abrangência nacional, principalmente por ter um caráter histórico. Suas premiações têm dez categorias, e premia, além de artistas, críticos, instituições, exposições, personalidades, veículos da mídia etc. Por exemplo, no ano passado, tivemos Cláudia Andujar sendo premiada por sua trajetória e Sandra Cinto na categoria de linguagem contemporânea.

Prêmio Nacional das Artes

O objetivo do Prêmio Nacional das Artes é que as artes e a cultura no Brasil renasçam. Ele é um marco histórico para a arte brasileira, que irá gerar empregos, capacitação profissional e formará público em todas as regiões do país. A ideia dos criadores desse prêmio é que sua implementação e perpetuação ao longo dos anos redefina a produção cultural, aumentando e melhorando a qualidade dos serviços prestados.

Prêmio Funarte RespirArte

Esse prêmio tem como objetivo incentivar 1.600 produções artísticas em formato de vídeo, que sejam inéditas e realizadas nas plataformas digitais. Cada contemplado receberá R$ 2,5 mil. Serão cinco áreas, circo, música, dança, teatro, artes integradas e artes visuais e 270 prêmios concedidos para linguagens específicas e 250 para artes integradas. É permitida a inscrição de brasileiros natos ou naturalizados, que tenham 18 anos ou mais, além de pessoas jurídicas de natureza cultura, produtoras, grupos ou companhias.

Quer saber mais?

Nossa empresa desenvolve ações que visam o fortalecimento do bem-estar dos envolvidos em projetos institucionais, bem como a materialização dos seus direitos sociais numa experiência viva de interação entre a Instituição e as Comunidades atendidas. 


Somos responsáveis por manter em funcionamento a Orquestra Sinfônica de Betim, a Oficina Musical de Betim (Escola de Música), o Coro e Orquestra de Câmara Lobo de Mesquita e muitos outros projetos que valorizam a arte brasileira. Não deixe de conhecer nosso projeto social!

Heitos Villa-Lobos: a brilhante carreira do maestro e compositor

Poucos fazem ideia da importância e da dimensão do trabalho deste músico autodidata e brilhante, mundialmente reconhecido por suas obras únicas e com uma pegada bastante brasileira.

Entenda sobre a história do maior compositor brasileiro de todos os tempos e conheça suas principais composições.

Biografia

Heitor Villa-Lobos, nascido em 5 de março de 1887, no bairro de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, nasceu em berço agraciado pela cultura: era filho de Raul Villa-Lobos, responsável pela direção da Biblioteca do Senado, além de musicista nos momentos vagos.

Villa-Lobos sempre possuiu um gosto musical bastante eclético, passeando tanto pelos ritmos populares, como clássicos. Compôs sua primeira música aos seis anos de idade, após ter aprendido sozinho a tocar violão, ainda muito cedo.

Seu pai, percebendo a influência musical em sua vida, fez com que aprendesse, também, a tocar violoncelo e clarinete, abrindo seus horizontes musicais.

Quando atingiu os 12 anos de idade, sua família começou a enfrentar graves dificuldades financeiras. Além disso, não mais podia contar com a presença de seu pai. Uma tia de Villa-Lobos o convidou a morar em sua casa, quando chegou aos 16 anos, a qual ensinou-o a tocar piano.

Durante esta época, era notório frequentador do Cavaquinho de Ouro, frequentado por compositores de chorinho, que à época não eram bem-vistos pelas castas mais abastadas.

Principais trabalhos

O “Trenzinho do Caipira”, sem sombra de dúvidas, é a obra mais célebre de Heitor Villa-Lobos. A música foi criada em 1931 e sua inspiração foi a sequência de viagens realizadas pelo maestro e compositor ao redor de São Paulo.

Um dos objetivos da obra é simular o movimento das locomotivas, através dos instrumentos musicais, sendo parte fundamental da série “Bachianas Brasileiras no 2”.

As bachianas brasileiras misturam estruturas musicais muito comuns nas obras de Bach com procedimentos melódicos típicos da musicalidade brasileira. Bach, inclusive, é uma das influências mais centrais na obra de Villa-Lobos e serve como base para grande parte de seus trabalhos.

Villa-Lobos compôs de tudo um pouco:

– Bachianas;
– Obras sacras;
– Óperas;
– Sinfonias;
– Concertos diversos;
– Etc.

As primeiras obras de sua carreira são: “Suíte Floral para Piano” (1914), “Danças Africanas” (1914), “Uirapuru” (1917) e “Canto do Cisne Negro para Piano e Violoncelo” (1917).

Por incrível que pareça, seu trabalho nem sempre era bem recebido: por criar diversas inovações musicais dentro da música clássica, sofreu pesadas críticas de vários músicos mais tradicionalistas e presos a padrões passados.

Heitor Villa-Lobos faleceu em 1959 e deixou para o mundo uma herança de mais de 700 composições.

Outras atribuições

O maestro foi o primeiro a preencher a cadeira de presidente da Academia Brasileira de Música, além de ter recebido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova York, por conta de sua obra.

Ainda hoje, é um dos compositores brasileiros mais prestigiados no cenário musical internacional, levando há décadas um pouco da cultura brasileira para o cenário musical global.

Assim como Villa-Lobos, também estamos comprometidos a garantir que a cultura chegue a quem precisa. Conheça nosso trabalho agora:

Chico Buarque: a história e carreira do músico brasileiro

Chico Buarque é o que muitos chamam hoje de artista multimídia. Cantor, compositor, escritor, dramaturgo, além de bastante ativo na política. Esse carioca nascido em 1944 é um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Recentemente, Chico teve grande destaque na sua carreira como escritor, ao ser reconhecido com o Prêmio Camões 2019, um dos maiores da literatura de língua portuguesa.

Vamos conhecer um pouco mais sobre a história e carreira de Chico Buarque e ver como sua obra influenciou e continua influenciando várias gerações de brasileiros.

Primeiros passos

Filho de Sérgio Buarque de Hollanda, um importante historiador e sociólogo, e de Maria Amélia Cesário Alvim, uma pianista amadora, Chico é o quarto dos sete filhos do casal. A música sempre esteve presente na vida do menino, já que a casa era ponto de encontro de vários artistas, entre eles Vinícius de Moraes.

Na adolescência, compôs suas primeiras canções, que eram marchinhas de carnaval e pequenas óperas. Aos 15 anos, fez sua primeira composição, “Canção dos Olhos”, em 1959. No ano de 1964, gravou sua primeira música, “Marcha para o Sol”.

Nessa época, em 1963, Chico Buarque entrou para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), mas largou dois anos mais tarde para se dedicar à carreira artística.

Sucesso e ditadura

Chico começou a ganhar destaque no cenário nacional ao participar dos festivais de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record na época. A canção “A Banda”, interpretada por Nara Leão, ganhou o primeiro lugar no festival de 1966, empatada com a música “Disparada”.

Nos anos seguintes, fez sucesso com “Roda Viva”, cantada pelo próprio Chico junto com o grupo MPB4, e com “Sabiá”, canção vencedora do 3º Festival Internacional da Canção, em parceria com Tom Jobim.

Com o advento da ditadura militar no Brasil, em 1964, Chico Buarque foi um dos maiores críticos ao regime. Ele teve várias de suas músicas censuradas, a primeira delas foi “Tamandaré” e chegou a ser levado para o DOPS.

Entre 1969 e 1970, passou um período auto exilado em Roma, para se afastar das represálias mais violentas. Para driblar a censura, chegou até a adotar o pseudônimo Julinho da Adelaide durante um tempo, mas usou todo o seu brilhantismo e inteligência em suas composições.

Duas de suas obras mais notáveis, “Cálice” e “Apesar de Você”, contém críticas veladas à ditadura militar e também chegaram a ser censuradas.

Artista completo

Chico se interessou por literatura desde jovem e publicou suas primeiras crônicas no jornal do Colégio Santa Cruz. Em 1967, trabalhou como ator no filme “Garota de Ipanema” e publicou sua primeira peça de teatro no ano seguinte, “Roda Viva”.

Outras das suas obras teatrais mais conhecidas são Calabar, Gota d’Água e Ópera do Malandro. Chico também publicou vários livros, entre os mais famosos estão:

– “Estorvo”, primeiro romance;
– “Benjamim”;
– “Budapeste”;
– “Leite Derramado”;
– “O Irmão Alemão”;
– “Essa Gente”.

Como escritor, ganhou três prêmios Jabuti e o Prêmio Camões, único músico a ter essa conquista na história da premiação.