Vida e obra de Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos foi um maestro e compositor, conhecido por ser uma das principais figuras do modernismo brasileiro.

Sua vida

Nascido em 5 de março de 1887, na cidade do Rio de Janeiro, o maestro carioca recebeu grande parte da sua influência musical do pai, Raul Villa-Lobos, que era funcionário da Biblioteca Nacional e músico amador, que ensinou o filho a tocar o clarinete e o violoncelo.

Outra grande influência musical na carreira do maestro, é Johann Sebastian Bach, um dos maiores músicos de todos os tempos, que foi apresentado ao pequeno Villa-Lobos por uma de suas tias. Os trabalhos do compositor influenciaram o maestro durante toda a sua carreira.

Esta também é marcada por inúmeras viagens que ajudaram a trazer mais profundidade e variedade para o repertório musical de Villa-Lobos. Enquanto no Rio de Janeiro o futuro maestro aprende o “choro” escondido dos pais, que não aprovaram, pelo interior do Brasil, nasce o fascínio pela cultura do país e por outros estilos musicais.

A Semana de Arte Moderna e o apelo internacional

Um dos principais eventos que elevou o nome de Villa-Lobos ocorreu durante a Semana de Arte Moderna. Nesta época, já conhecido como compositor de talento, o músico foi convidado por Graça Aranha para se apresentar no evento.

Durante a semana que se passou em fevereiro de 1922, na cidade de São Paulo, o carioca apresentou alguns espetáculos durante três dias, entre eles “Dança Característica Africana”, uma de suas principais obras.

Após isso, o músico optou por expandir os seus horizontes e seu conhecimento musical. A primeira etapa foi a Europa, em 1923, recebendo apoio de diversos artistas brasileiros e da própria Câmara dos Deputados. Em Paris, foi especialmente influenciado pela obra do compositor russo Igor Stravinsky.

Entre idas e vindas para o Brasil, Villa-Lobos passou anos em Paris, recebendo grande reconhecimento internacional. Ao retornar a São Paulo, em 1930, iniciou um projeto de educação musical que culminou com a inauguração do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico.

Sua jornada termina nos Estados Unidos. O músico foi convidado a fazer uma turnê por Werner Janssen, e residiu no país norte-americano, enquanto retornava diversas vezes ao Brasil.

Villa-Lobos morreu em 1959, no Rio de Janeiro, tendo sido vítima de câncer.

A obra

Dentre as mais de 1000 composições do mestre carioca, algumas das obras mais marcantes de Villa-Lobos são:

Kankikis

Farrapós”, “Kankukus” e “Kankikis” foram três obras compostas para piano, entre 1914 e 1915. Recebendo o título de “Danças dos Índios Mestiços do Brasil”, a composição é inspirada por uma tribo de índios do Mato Grosso, Caripunas, cuja raça seria formada entre a mistura dos negros com os índios. Deu origem às “Danças” de Villa-Lobos, como a “Dança Característica Africana”, já mencionada, e que foi apresentada na Semana de Arte Moderna.

Choro

O ciclo dos “Choros” são diversas gravações e representações deste estilo tão popular e querido pelo músico. Foram diversas obras, apesar da desaprovação dos pais.

Ária

Possivelmente, a obra mais popular do compositor. Ária foi composta em 1938, sendo inspirada pelas serestas e dedicada a Arminda, sua segunda esposa.

Tocata

Também conhecido como “O trenzinho caipira”, Tocata mostra toda a influência que o sertanejo teve na carreira do compositor.


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Os pilares da música brasileira

Vida e obra de Ary Barroso

Considerado um dos maiores nomes da música popular, Ary Evangelista Barroso, conhecido como Ary Barroso, foi um compositor boêmio que carregou em sua trajetória o feito de ter escrito “Aquarela do Brasil”. A canção é considerada uma das mais importantes do cancioneiro brasileiro e foi responsável pela consolidação do estilo samba-exaltação.

Ary Barros nasceu em Ubá, Minas Gerais, em 7 de novembro de 1903, filho de João Evangelista Barroso e Angelina Barroso. Aos 6 anos de idade, ficou órfão, passando a morar com a avó e sua tia, com quem aprendeu a tocar piano.

Início da carreira

Quando tinha 12 anos, o músico passou a trabalhar como pianista auxiliar, acompanhando filmes mudos; aos 15 anos, já estava compondo.

Mais tarde, graças a uma herança recebida do ex-ministro da Fazenda Sabino Barroso, de quem era sobrinho, Ary pôde mudar-se para o Rio de Janeiro, a fim de cursar a faculdade de Direito.

Na Cidade Maravilhosa, passou a se sustentar tocando piano em cinemas e cabarés e, em 1923, começou a tocar nas salas de espera do Teatro Carlos Gomes, como integrante da orquestra do maestro Sebastião Cirino.

Três anos depois, foi contratado para uma temporada de oito meses nas regiões de Santos (SP) e Poços de Caldas (MG), tocando na orquestra do maestro Spina.

De volta ao Rio, em 1929, ele conheceu Ivone Belfort de Arantes, que viria a ser sua esposa. Concluiu o curso de Direito e compôs a marcha intitulada “Dá nela”. A canção ganhou um concurso de marcha carnavalesca e lhe rendeu dinheiro, com o qual Ary conseguiu se casar com Ivone, com quem teve dois filhos, Flávio Rubens e Mariúzia.

Novos rumos na carreira

A carreira de Ary começou a seguir outros caminhos quando ele passou a trabalhar na Rádio Philips. A partir daí, transformou-se em locutor esportivo, humorista e apresentador. Em 1934, estreou seu programa “Hora H”, na Rádio Cosmos, em São Paulo. O artista teve grande destaque com seus programas de calouro, inclusive na TV Tupi.

A carreira de prestígio e o sucesso de “Aquarela do Brasil” fizeram com que o músico ganhasse visibilidade internacional. Por isso, foi convidado para trabalhar com os Estúdios Walt Disney, onde teve a oportunidade de fazer a trilha musical de “Alô, amigos”, filme estrelado por Zé Carioca.

O músico mineiro embrenhou-se também no universo político, elegendo-se vereador do Rio de Janeiro muito bem votado, em 1946. Nove anos mais tarde, em 1955, recebeu a Ordem do Mérito, concedida pelo presidente da República, Café Filho.

A vida artística lhe rendeu honrosas homenagens, como a que recebeu, em 1957, de Carlos Machado, com o espetáculo “Mr. Samba”, que apresenta a biografia do compositor por meio de suas 264 canções.

As composições de Ary Barroso foram gravadas por grandes artistas do cenário nacional, como Francisco Alves, Mário Reis, Carmen Miranda, Elis Regina e Tom Jobim.

Doença e morte

Ary Barroso foi diagnosticado com cirrose hepática, em 1961, e após melhoras e recaídas, acabou falecendo três anos depois, em 9 de fevereiro de 1964, um domingo de carnaval, pouco antes de a escola de samba Império Serrano desfilar com o enredo “Aquarela do Brasil”, em sua homenagem.


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Qual o momento de investir na sua carreira musical?

Vida e obra de Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga foi um músico brasileiro que ficou conhecido pelo apelido de “Rei do Baião”. Nasceu em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, no sertão de Pernambuco.

Luiz Gonzaga era um dos oito filhos de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus. Mestre Januário, como o pai de Luiz era conhecido, também era músico e tocava sanfona, o que certamente serviu de inspiração para o menino desde muito pequeno. Como era de se esperar, Luiz Gonzaga começou a trabalhar na roça muito cedo para ajudar a família, ao mesmo tempo em que começou a sentir apreço pela música e pela sanfona. Ele também ajudava o pai em pequenas apresentações pela cidade.

Aos 13 anos, Luiz Gonzaga comprou a primeira sanfona e com ela começou a se apresentar em casamentos e festas típicas regionais. Aos 18, resolveu servir ao exército e lá ficou por cerca de nove anos. Era o corneteiro da tropa, muito conhecido pelo talento que possuía.

Tentou fazer parte da orquestra do quartel, mas não obteve êxito. Em 1939, já fora do exército e morando no Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga mandou fazer uma nova sanfona e com ela começou a tocar nas ruas da cidade para garantir algum dinheiro.

O começo no rádio

Luiz foi convidado para se apresentar em clubes e bares da cidade onde tocava os ritmos que eram exigidos pelo público como tango, valsa e foxtrote. Nessa época, os programas de calouros eram muito comuns e Luiz Gonzaga resolveu participar de um deles. No entanto, não obteve uma boa votação.

Estimulado a tocar aquilo que realmente sabia e gostava, que era o forró, Luiz Gonzaga começou a ser aplaudido nos locais em que se apresentava. Repetiu o entusiasmo em um programa de rádio chamado “Vira e Mexe” e tirou o honroso primeiro lugar.

Depois disso, a vida do rei do baião começou a mudar de verdade. Fez parcerias com músicos conhecidos na época e gravou o seu primeiro disco como sanfoneiro, tocando as músicas nordestinas que tanto amava. Passou a incluir nos shows outros instrumentos típicos do Nordeste como a zabumba e o triângulo.
Luiz Gonzaga fez carreira no rádio, dentro e fora do Brasil. Viajou o país inteiro fazendo apresentações e cantando para convidados ilustres como o Papa João Paulo II, na cidade de Fortaleza. Convidado pela cantora Nazaré Pereira, o músico fez show em Paris, na capital francesa.
Suas músicas foram regravadas por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Geraldo Vandré – jovens artistas em ascensão. O rei do baião compôs mais de 500 músicas e gravou 56 discos.

Luiz Gonzaga e a família

Logo que começou a trabalhar no Rio de Janeiro, mais precisamente na Rádio Nacional, Luiz Gonzaga se apaixonou por Odaléia Guedes, cantora e dançarina. O casal teve um filho juntos, a quem deram o nome de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, que ficou conhecido como Gonzaguinha, que também se tornou músico.

Poucos anos depois, com a morte da primeira mulher, Luiz casou-se com uma professora pernambucana chamada Helena Cavalcanti.

Em 1989, em decorrência das complicações de um câncer, Luiz Gonzaga faleceu. A sua obra, no entanto, permanece viva até os dias atuais. Suas canções são reconhecidas nacionalmente e internacionalmente. É dele a música que representa o sofrimento e a garra do povo nordestino intitulada “Asa Branca”.
Outros grandes sucessos de Luiz Gonzaga são:
• Luar do Sertão
• Súplica Cearense
• A Triste Partida
• Xote das meninas
• No Ceará não tem disso não
• Dezessete e Setecentos
• Olha pro céu
• Último pau de arara
• Dança Mariquinha
• Cintura fina

A obra e vida de Luiz Gonzaga são, sem dúvidas, motivos de orgulho não só para o povo nordestino, que se viu conhecido e reconhecido internacionalmente, mas também para todos os brasileiros.


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