Como as relações sociais podem ser benéficas para a nossa saúde?

Quando se fala em manter um estilo de visa saudável muitas pautas surgem na conversa: alimentação balanceada, exercícios físicos, exames periódicos, saúde mental, entre outros.

É fato que todos esses temas possuem alguma relação que contribui para o panorama geral de uma boa vida; entretanto, algo pouco mencionado é a importância das relações sociais para a saúde de cada indivíduo.

A sociologia apontou o humano como ser social e que, por isso, precisa estabelecer relações com outros seres sociais e compartilhar espaços de convivência comum. Além disso, recentemente, diversas pesquisas na área da psicologia revelaram que o isolamento social pode colocar a saúde em risco e diminuir a expectativa de vida.

As descobertas feitas apontam que há benefícios para a saúde em manter relações saudáveis e estar inserido plenamente em ambientes sociais. Ademais, como resultado, o isolamento, a marginalização social, relacionamentos tóxicos e outras questões que impedem ou precarizam as interações sociais, afetam a saúde e diminuem a expectativa de vida.

Trajetória de vida, regulamento de emoções e comportamentos

Segundo uma pesquisa publicada no American Psychologist, as interações sociais, principalmente os relacionamentos íntimos, ditam a forma como cada indivíduo lida com as suas emoções e regula os seus comportamentos.

Além disso, a possibilidade de se beneficiar do apoio social concedido por seus pares é uma importante fonte de reconhecimento e, por fim, contribui para o sucesso em todas as outras áreas da vida.

A mesma pesquisa também aponta o peso da influência das interações sociais na trajetória de vida de cada pessoa. Isso inclui as formas de alimentação, os propósitos de vida definidos, valores pessoais adotados e a tolerância ao uso de álcool e drogas, por exemplo.

A forma de lidar com emoções, o benefício de saber onde busca apoio social, o estilo de vida difundido entre as pessoas do grupo familiar e todas as outras questões abordadas na pesquisa influenciam a saúde no longo prazo. Por isso, os relacionamentos e as outras interações sociais menos íntimas desempenham um importante papel na saúde individual.

Tolerância à dor e ao estresse

Pessoas que possuem relacionamentos sólidos e interações sociais positivas, sabem que há pessoas com quem podem contar e obtêm apoio de seus familiares, amigos e parceiros são mais resistentes às situações de estresse. Foi o que apontou uma pesquisa divulgada no Journal of Personality and Social Psychology.

Além disso, as taxas de estresse e a ocorrência de infecções também se apresentam em números menores nas pessoas que podem contar com o apoio dos seus parceiros, mesmo que o apoio seja apenas verbal.

A resiliência emocional também é beneficiada, pois essas pessoas tendem a lidar com desafios inesperados e problemas práticos do dia a dia de forma mais tranquila. As pessoas que possuem interações sociais frágeis tendem a serem afetadas por imprevistos de uma forma mais intensa, o que poderia provocar danos à saúde quando se torna uma exposição diária.

Por fim, o isolamento pode diminuir as expectativas de vida, especialmente no caso das pessoas idosas, e tornar o desenvolvimento de diversas doenças mais facilitado devido às baixas do sistema imunológico.

Saiba como a música pode promover a integração social nos jovens

A integração social ganha importância devido ao seu papel decisivo na formação de jovens e adolescentes aptos a exercer a cidadania e se inserirem plenamente na sociedade.

As iniciativas que buscam promover a integração social existem porque o acesso aos serviços básicos, incluindo os bens culturais e o lazer, não são distribuídos uniformemente entre os cidadãos.

Assim, há grupos que concentram maiores recursos enquanto outros permanecem marginalizados devido à limitação do alcance cultural e ao não atendimento das necessidades básicas.

Por isso, diversos projetos sociais buscam diminuir essa distância entre determinados indivíduos e a cultura em suas mais diversas formas de manifestação. Uma dessas iniciativas é o oferecimento de aulas para a aprendizagem de um instrumento musical.

Saiba a seguir como a música pode promover a integração social de jovens e adolescente. Vamos lá!

O valor pessoal da música

O processo de aprender a tocar um instrumento musical é uma excelente ferramenta de integração por diversos motivos. Em uma perspectiva mais subjetiva a música também é uma linguagem, uma forma de expressão e comunicação.

Estender as formas de comunicação e expressão a que uma pessoa tem acesso contribui para elevar a sua autoestima enquanto individuo, pois amplia o seu repertório cultural.

Além disso, a música, de maneira natural, desperta a sensibilidade emocional e a expressão criativa.

Benefícios cognitivos

Já sob o ângulo do desenvolvimento pessoal, uma pesquisa comprovou que a música aguça a concentração.

Assim, quem faz aulas de música, independentemente do instrumento escolhido, adquiri, com o tempo, a capacidade de se concentrar por longos períodos, habilidade que é estendida para todas as outras áreas e que facilita o aprendizado em seu sentido mais amplo.

O aprendizado da música estimula, simultaneamente, várias áreas do cérebro que estão envolvidas em processos complexos de pensamento.

O treinamento para combinar diferentes notas em determinados momentos, o espaçamento temporal e os diferentes timbres que são aprendidos são similares às complexidades cerebrais envolvidas na resolução de problemas matemáticos, por exemplo. Assim, os benefícios cognitivos são diversos.

Autoestima e bem-estar

Ademais, a música, quer seja apenas ouvida ou praticada, está relacionada à liberação de hormônios de bem-estar no cérebro. Então, a prática de um instrumento musical é também uma rica experiência cinestésica.

As possibilidades da música

A prática da música não apenas convida o jovem a transitar em um novo espaço como a conhecer as possibilidades que essa oportunidade traz consigo: a participação em apresentações, competições e festivais, por exemplo.

Além disso, surge o contato com outras instituições de ensino que ofertam bolsas de estudos para levar a aprendizagem ao nível profissional, ou seja, a chance de construir uma carreira na música.

As atividades envolvidas com o aprendizado da música preenchem muitas lacunas psicológicas e emocionais que podem existir em jovens que, talvez, não tenha acesso a formas de cultura e lazer.

É uma forma de emponderamento cultural e social, pois permite a expressão e a criação de uma forma de cultura própria e o acesso a oportunidades que antes não seriam consideradas ou estariam disponíveis.

Como a educação contribui com o desenvolvimento pessoal dos jovens e adolescentes?

A educação é um dos mais importantes pilares da soberania nacional e do ideal de progresso em todos os níveis de uma sociedade. Entretanto, no contexto particular de cada indivíduo a educação também desempenha um papel essencial devido ao ser caráter emancipatório, por isso é fundamental para o desenvolvimento pessoal de jovens e adolescentes.

No universo individual de cada jovem, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica, a educação é um fator decisivo para a melhoria da sua qualidade de vida e dos que fazem parte do seu grupo familiar. Na prática, é o único e mais viável caminho para o desenvolvimento das competências pessoais necessárias à sua realização pessoal e profissional.

Além disso, a educação equipa o indivíduo com ferramentas que lhe permitem reivindicar espaços, direitos e melhorias, em resumo, expor as suas demandas, ampliar a representatividade nos mais diversos espaços coletivos e se integrar de forma ideal na sociedade.

A educação ganha importância vital no contexto particular de jovens e adolescentes pois, por meio dela, é possível que cada um transforme a sua própria realidade social e assuma o protagonismo das suas vidas e das suas comunidades.

Desenvolvimento pessoal em ambientes de aprendizagem

Um ambiente pedagógico, seja qual for a disciplina foco do seu ensino, oferece para o jovem e adolescente a oportunidade de descobrir talentos e inclinações e desenvolver interesse por determinadas áreas e carreiras. Dessa vivência surgem novas perspectivas, enriquecimento e ampliação da sua visão de mundo que potencializam o desenvolvimento pessoal.

Na subjetividade individual a educação tem o potencial de elevar a autoestima, quando o jovem está inserido em um ambiente que respeita sua forma particular de aprendizado ou aborda algum talento e interesse subjacente, pois a sua autopercepção se altera e ele passa a se vê como individuo responsável por si mesmo e pelo próprio processo de aprendizado. Como resultado adquire e desenvolve a autonomia.

Portanto, o desenvolvimento pessoal depende da educação para ser iniciado e levado a um nível em que dê frutos para o indivíduo, sejam eles relacionados à carreira profissional ou em uma esfera mais subjetiva e pessoal.

Além disso, depende das oportunidades encontradas em ambientes que promovem o aprendizado e a aquisição de informações, contribuindo para o empoderamento social e pessoal de cada um dos envolvidos.

Entretanto, como nem todos têm acesso à essas oportunidades e o estado falha em promover condições e recursos educacionais para todos, provocando um desnivelamento considerável, a existência de outras iniciativas, especialmente as do terceiro setor, buscam atenuar essa realidade e contribuir de alguma forma para o desenvolvimento pessoal e profissional desses indivíduos.

Segundo Nelson Mandela, Nobel da paz: “A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho do mineiro pode chegar à chefia da mina (…)”. O desenvolvimento pessoal depende do acesso igualitário à educação.

Assim, nenhuma sociedade que dificulta aos seus cidadãos acessar à educação em seus diferentes níveis promove, verdadeiramente, oportunidades para o desenvolvimento pessoal de todos os seus cidadãos.