Afinal, ouvir música clássica nos torna mais inteligentes?

Muito já se debateu, nos últimos anos, a respeito da influência da música clássica no desenvolvimento da inteligência. Mas, será que isso é realmente verdade?

A crença de que as músicas de Mozart aumentariam o QI (Quociente de Inteligência) ganhou forma no início dos anos 1990, a partir de uma teoria denominada “Efeito Mozart”, que afirmava que ouvir Mozart deixaria o QI maior e melhoria as habilidades cognitivas.

A situação foi tão séria que milhares de pais faziam os seus filhos ouvirem música clássica durante longos períodos e até mesmo fazendeiros compraram CDs do compositor austríaco para induzir seus rebanhos a produzir leite com melhor qualidade.

Fato é que não há evidências científicas sobre essa eficácia e, por isso, a crença acabou perdendo a credibilidade para alguns, enquanto para outros a discussão permanece. O que se sabe a respeito?

Pesquisas sobre o Efeito Mozart

Diversos estudos foram realizados, ao longo dos anos, para comprovar os benefícios da música clássica no desenvolvimento da inteligência.

Apesar de os resultados não serem específicos em relação a isso, o que se descobriu foi que apesar de não deixar os ouvintes mais inteligentes, a música é capaz de melhorar, temporariamente, a capacidade de manipular formas mentalmente. E isso não apenas com música clássica, mas com canções de qualquer gênero musical, bem como podcasts, versos e até mesmo sons da natureza, desde que se goste do que está ouvindo.

Quando se trata especificamente de música clássica, uma pesquisa realizada na França e publicada na revista Learning and Individual Differences, apontou que alunos que assistiram a uma palestra de uma hora, ao som de música clássica em segundo plano, tiveram pontuação maior num questionário sobre a apresentação do que o outro grupo que assistiu a palestra sem ouvir a música clássica.

Ouvir música

Pesquisadores acreditam que a canção reproduzida durante o evento possibilitou um estado emocional mais elevado e, portanto, mais receptivo ao conteúdo que estava sendo apresentado.

Outra pesquisa, realizada pela Universidade de San Diego, chegou à conclusão de que a música, principalmente a música clássica, tem a capacidade de estimular o humor. Pesquisadores chegaram a esse resultado após examinarem o efeito da música na recuperação cardiovascular dos participantes, que tiveram os níveis de pressão arterial mais baixos do que aqueles que não ouviram a música.

Já em 2015, cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, descobriram que escutar música clássica frequentemente ativa os genes associados à função cerebral e ajuda na prevenção de doenças neurodegenerativas. Até então, sabia-se apenas que a música conseguia provocar mudanças neurais e fisiológicas.

Sendo assim, apesar de necessariamente não estimular a inteligência, pode-se concluir, a partir desses estudos, que ouvir música, em especial a música clássica, pode proporcionar diversos benefícios para a saúde de uma maneira geral.

Estudantes podem se beneficiar durante longas sessões de estudo, se acompanhadas por música de fundo, dando mais energia e ajudando a criar um clima positivo e animado, o que impulsiona a formação de memória e facilita o aprendizado, por deixar a mente muito mais receptiva.


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