Qual a diferença entre orquestra sinfônica, filarmônica e de câmara?

O termo orquestra se originou da palavra grega “orkestra”, cujo significado é “lugar destinado à dança”, referindo-se ao local ocupado pelos instrumentistas nos espetáculos antigamente – “orquestra” era o nome da área que ficava na frente da parte principal do palco e onde se situavam as danças, o coro e os instrumentistas.

Séculos passaram e o nome passou a ter o sentido que conhecemos hoje. Atualmente o conceito de orquestra se refere a um conjunto de instrumentos musicais que se reúne para fazer a execução de uma obra musical.

Entretanto, surgiram novas denominações para designar os diferentes tipos de orquestra: a orquestra sinfônica, a orquestra filarmônica e a orquestra de câmara. Muitas pessoas que não trabalham com música têm dificuldades para entender e diferenciar esses três tipos de orquestra. Entenda a seguir cada uma delas!

Orquestra Sinfônica

Costuma ter cerca de 100 integrantes, mas a partir de 50 instrumentistas já é considerada uma Orquestra Sinfônica. São mantidas pelo Estado e só é possível fazer parte delas passando em um concurso público. São compostas por profissionais remunerados, o que antes caracterizava uma diferença em relação às filarmônicas.

Os músicos estão divididos entre as seguintes categorias de instrumentos: cordas (violinos, violas, violoncelos, harpas, pianos), percussão (pratos, triângulo, caixas, bumbos) e sopro, que subdividem em metal (trombones, trompetes, tubas, trompas) e madeira (flautas, oboés, clarinetes).

Orquestra Filarmônica

Recebeu esse nome porque antigamente era mantida por empresas, entidades particulares ou grupos de amigos, sem fins lucrativos. Por isso, também costumava ser composta por músicos amadores, que não recebiam para tocar. Hoje essa visão mudou e instrumentistas profissionais tocam tanto em orquestras sinfônicas quanto em filarmônicas.

Atualmente quase não há diferenças entre os dois tipos de orquestras, sendo que ambos possuem o mesmo número de integrantes, se apresentam nos mesmos eventos e tocam o mesmo tipo de música. Entretanto, para entrar em uma filarmônica é preciso passar por audições rigorosas, realizadas segundo a necessidade da orquestra.

Orquestra de Câmara

É formada por um grupo de músicos menor que toca música clássica em pequenos espaços. Costuma contar com algo entre 8 e 18 integrantes, embora esse número possa variar, e também conta com maestro.

Quando tem menos do que 8 integrantes, deixa de ser orquestra e passa a ser chamada segundo o número de músicos (dueto, trio, quarteto, quinteto, sexteto e septeto). Todas essas formações tocam a “música de câmara”, que se caracteriza por ser uma música executada por poucos instrumentistas e feita para espaços menores.

Enquanto as filarmônicas e sinfônicas contam com todos os tipos de instrumentos, as orquestras de câmara costumam ser compostas por apenas um tipo deles (corda, sopro ou percussão).

Sinfônica X Filarmônica X de Câmara

Como você deve ter percebido, hoje a orquestra sinfônica e a orquestra filarmônica são praticamente iguais, não havendo mais a distinção de profissionais e amadores e até de financiamento entre elas. Enquanto isso, a orquestra de câmara é a que mais se difere das outras duas, tanto pelo seu número reduzido de músicos quanto pelas obras tocadas.


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Entenda como é feita a formação de uma orquestra

Vida e obra de João de Deus Castro Lobo

Nascido em 1794, João de Deus de Castro Lobo foi um dos principais compositores mineiros da primeira metade do século 19. O compositor ficou reconhecido pelas músicas religiosas nas regiões de Vila Rica e Mariana.

Oriundo de uma família afro-brasileira, João de Deus de Castro Lobo nasceu na cidade mineira de Vila Rica, no dia 16 de março de 1794. Filho de Quitéria da Costa e Silva e do músico Gabriel de Castro Lobo, o compositor teve contato com a música desde cedo.

Vida de João de Deus de Castro Lobo

De acordo com pesquisadores, João de Deus de Castro Lobo deu início às atividades musicais ainda com o pai e irmãos. Aos 16 anos de idade, no ano de 1811, João já atuava como diretor de uma orquestra com 16 músicos na Casa de Ópera de Vila Rica — que abriga atualmente o Teatro Municipal de Ouro Preto.

Ainda em Vila Rica, João de Deus de Castro Lobo tornou-se professor de música na Irmandade de Santa Cecília de Vila Rica, em 1815, antes de iniciar as atividades como músico da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo de Vila Rica, entre 1817 e 1823.

Em 1822, João de Deus foi ordenado padre pela Ordem de São Pedro. Em 1824, o compositor mudou-se em definitivo para Mariana, onde exerceu sacerdócio e virou mestre-de-capela, além de compor músicas para festividades locais.

O músico faleceu em Mariana, no dia 26 de janeiro de 1832, aos 37 anos de idade, vítima de uma doença chamada de “ética”. Na época, a nomenclatura podia se referir tanto à sífilis quanto à tuberculose.

Obra de João de Deus de Castro Lobo

De acordo com os registros históricos, João de Deus de Castro Lobo possui 40 obras catalogadas como autoria possível ou provável. Entre as que mais se destacam, estão a Missa em Ré Maior, Missa a 8 Vozes, Matinas de Natal, o Credo em Fá Maior e os Seis Responsórios Fúnebres. No sexto responsório fúnebre, destaca-se o trecho: “Não te lembres dos meus pecados, ó Senhor, quando vieres julgar os povos através do fogo. Conduz, ó Senhor meu Deus, para a tua presença o meu caminho”.

Influenciado pela ópera italiana, o compositor incorporou o classicismo e o romantismo ás suas obras. As composições do músico foram utilizadas continuamente em Mariana até o início do século 20.

Os autógrafos musicais de João de Deus de Castro Lobo nunca chegaram até o conhecimento dos historiadores. O reconhecimento das músicas do compositor foi realizado apenas por apógrafos e cópias de tradição, a maioria datando da segunda metade do século 19 e primeira metade do século 20.

Entre as principais teses para o desaparecimento dos autógrafos do músico está o medo do contágio pela doença que vitimou o compositor. Como não existia um tratamento — ou mesmo um conhecimento sobre a forma de transmissão — da “ética”, pesquisadores cogitam a hipótese que todo o arquivo e material musical de João de Deus de Castro tenham sido destruídos por medo de contágio.


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Afinal, como surgiram as notas musicais?

Saiba o que é musicograma e como fazer

Existem diversos modos para aprender a tocar um instrumento e ouvir uma música de forma mais atenta é um deles. O musicograma é uma ferramenta que utiliza justamente esse princípio da atenção, além de outros elementos, inclusive visuais, para aprender uma canção. Essa proposta pedagógico-musical é muito utilizada na musicalização infantil. Hoje vamos falar um pouco mais dessa ferramenta e como você pode utilizar.

O que é um musicograma

Podemos dizer que o musicograma, em sua essência, é uma ferramenta visual para poder entender uma música. Através dele são utilizados elementos como imagens, gráficos, movimentos e até coreografias para que uma música se torne menos complexa para aquelas que escutam. Esse é, portanto, um método de escuta ativa, onde você pode ensinar mais sobre qualquer obra musical.

O músico belga Jos Wuytack foi o responsável por criar essa técnica, utilizando métodos pedagógicos para facilitar a educação musical, principalmente para as crianças. A sua técnica para desenvolver um musicograma tem dois momentos. No primeiro momento, os alunos aprendem mais sobre música em geral e seus conteúdos mais específicos. No segundo, os alunos devem prestar mais atenção nos sons e seus aspectos mais físicos, como sons que se repetem. Jos Wuytack indica que, uma vez que o musicograma é feito, ele deve ser repetido pelo menos 3 vezes para que os alunos possam compreender melhor.

Como criar um musicograma

O primeiro passo é a escolha do repertório. Você deve se fazer uma pergunta: o que eu pretendo que meus alunos aprendam a partir dessa ferramenta? Isso vai te guiar na escolha dos elementos visuais que serão utilizados no musicograma. Em um musicograma voltado para crianças, o ideal é utilizar formas geométricas e cores primárias. Você pode conferir um exemplo clicando aqui. Para cada faixa etária, você poderá ampliar as formas e gestos e serem reproduzidos, assim os alunos também se sentem inseridos e desafiados, sendo um ótimo exercício para a autoestima.

Além da seleção do repertório, que pode variar de acordo com o seu objetivo, é importante contextualizar as informações sobre a música em questão. Você pode trabalhar músicas de juninas, por exemplo, em época de São João, aproveitando para falar dessa festa tão brasileira. Visualizar e reproduzir gestos que acompanham a música, além de ser uma forma ativa de apreciação musical, envolve os alunos e amplia os horizontes não só da escuta como do conhecimento.

Sobre a Sabra

A música tem um poder de transformação incrível e pode mudar realidades. Venha conhecer o trabalho da Sociedade Artística Brasileira. Aqui o nosso objetivo é proporcionar a inclusão e integração social dos usuários através da Arte e da Cultura e promover a integração de jovens ao mercado de trabalho. Venha construir seu próprio futuro e autonomia. Entre em contato através do telefone (31) 98433-9561 ou nos faça uma visita. Esperamos você!

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Como produzir músicas pelo celular?


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MÚSICA E DÉFICIT DE ATENÇÃO