Como as mulheres vem conquistando cada vez mais o seu espaço no mundo da música?

Nos bastidores da indústria musical, as mulheres ainda sofrem muito preconceito pelo simples fato de ser mulher: são, em pleno século XXI, silenciadas. Quem afirmou isso foi a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de uma reunião impulsionada pela embaixada de Peru nas Nações Unidas e pelo Foro Internacional das Mulheres. Entre outras coisas, o evento destacou algumas estatísticas que marcam a diferença de tratamento entre homem e mulher no cenário musical.

A seguir, conheça melhor esses números e como as mulheres vêm, mesmo diante dessa realidade, conquistando o seu espaço no mundo da música!

A mulher e o mundo da música: breves cenários

Lúcia Caruso, pianista, palestrante central do evento que citamos e diretora da orquestra Manhattan Camerata, descobriu a música logo cedo, aos quatro anos. Desde então, decidiu que dedicaria a sua vida ao mundo da música. Todavia, em matéria publicada pela ONU, ela cita que não foi fácil, pois a indústria musical era dominada pelos homens.

Como exemplo, cita o cinema. Para ela, “em tudo que se resume a indústria de cinema, as mulheres que compõem trilhas sonoras são apenas entre uns 2 a 3%”. Em uma rápida porcentagem, teríamos para cada 100 homens compositores, apenas 2 ou 3 mulheres.

Outra palestrante que também trouxe números surpreendentes foi Neeta Ragoowansi, membro da ONG Mulheres na Música, organização que se dedica a discutir e pensar em soluções para mudar o contexto musical para mulheres. De acordo com ela, nos Estados Unidos, apenas 15% das gravadoras são propriedade das mulheres; no país vizinho, Canadá, somente 6% dos seus produtos são reconhecidos e 7% ocupam posição estratégica na indústria musical. Complementa afirmando que das canções mais populares entre 2012 e 2017, somente 22% pertencem às mulheres.

No mundo da música clássica não é diferente. A ONG Mulheres na Música relata que, em 2018, foram realizados 1445 concertos, destes, apenas 76 incluíram uma peça composta por mulheres.

O que as mulheres têm feito para conquistar o seu espaço no mundo da música?

Um dos maiores problemas em relação à presença feminina na música é a sua baixa representação. Assim, como ponto de partida, o que tem sido realizado pelas mulheres para mudar essa realidade é a busca pela representação, não só na música em si como atração principal, mas também nas diversas linguagens artísticas que têm a música como elemento complementar, a exemplo do cinema, teatro, livro, vídeos etc.

É uma estratégica sistêmica que busca apresentar a mulher como personagem principal nas diversas linguagens artísticas que têm a música como eixo central ou complementar.

Além disso, conforme Verônica Sabbag, diplomata da União Europeia e fundadora da ONG Vozes Unidas pela Paz, tem-se buscado estabelecer uma cota de participação da mulher nos diversos segmentos que compõem a indústria musical, com o objetivo de igualar a representação entre homens e mulheres e garantir voz a estas últimas, bem como poder de decisão.

Os números referentes à representação da mulher na indústria da música são importantes e podem servir para mudarmos a realidade da mulher no universo da música, garantindo às compositoras e cantoras um lugar de fala e de poder.


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Mulheres na música: conheça cantoras que marcaram gerações

Afinal, podemos considerar a moda uma forma de expressão de identidade cultural?

Mulheres na música: conheça cantoras que marcaram gerações

A conquista feminina por direitos e maior representatividade na sociedade percorreu anos de nossa história, a luta da mulher no meio da música foi crucial para que muito se alcançasse nesse percurso. No próprio ramo musical, os espaços dado às mulheres para composições autorais e números solos eras muito pequenos ou quase nulos, o que acabava desmotivando algumas cantoras, mas também estimulando a luta pela representatividade nesse setor.

Desde o início do século passado, as cantoras já começavam a marcar território no meio da música, tendo destaque solo e composições autorais belíssimas, o que acabou por estimular a enxurrada positiva de cantoras, ao longo dos anos seguintes, até os dias de hoje. Por isso, vamos citar algumas das cantoras nacionais e internacionais que marcaram gerações e trouxeram para os dias de hoje, a representatividade que tanto sonharam.

EDITH PIAF

A cantora marcou sua geração, a partir do momento que cantava nas ruas de Paris na década de 30, quando foi descoberta pelo empresário Louis Leplée. Teve o seu primeiro disco lançado em 1936, de nome Les Mômes De La Cloche. A chegada aos palcos do Music Hall ABC em 1936 e em 1937, elevaram sua carreira a outro patamar. Seus maiores sucessos são a composição “La vie em rose” e “Non, Je Ne Regrette Rien”.

Outro detalhe que chamou a atenção em sua carreira artística, era a forma como se expressava em palco, o que demonstrava a sua realidade conturbada fora deles. Ou seja, a expressão e a música passaram a andar lado a lado em um estilo mais cênico de se apresentar.

ELIS REGINA

Considerada por muitos críticos musicais como a rainha da música brasileira, Elis foi um marco em diferentes aspectos. Elis começou a marcar história, a partir do momento que foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música da década de 60, influenciada pelos cantores de rádio.

Sua marca em início de carreira foi a luta pelo fim da ditadura, expressa em suas atitudes, posicionamentos e letras. Exemplo disso, foi a sua interpretação da música “O Bêbado e o Equilibrista”, que foi considerada o hino da anistia e marcou a volta de várias personalidades do exílio. Outras composições também marcaram sua carreira, como “Atrás da Porta”, “Como Nossos Pais”, entre outras.

ARETHA FRANKLIN

Diva do soul e do R


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