Orquestra Sinfônica – O que é?

A maioria das pessoas compreende que uma orquestra é constituída por um grupo de músicos executando obras em diferentes instrumentos. O conceito parece relativamente simples, mas você já se perguntou quantos devem compor esse conjunto tão característico? Ou mesmo quais instrumentos devem estar presentes para o perfeito equilíbrio artístico e acústico da peça? Dentre tantas dúvidas, destacamos ainda a mais importante: afinal, o que é uma orquestra sinfônica?

A seguir vamos entender melhor esse conceito e diferenciar os principais tipos de orquestra existentes. Partindo do princípio, comecemos definindo a constituição dessa organização musical. Há quatro grupos de instrumentos que devem obrigatoriamente estar presentes. São eles as cordas, as madeiras, os metais e a percussão com ou sem altura definida. Em alguns casos inclui-se ainda um solista ao grupo. Pormenorizando cada esfera dessa organização temos:

Cordas

• Spalla e mais 31 violinos, os últimos divididos entre 1º e 2º;
• 12 violas e 12 violoncelos;
• 8 contrabaixos dos quais um ou dois possuem cinco cordas.

Madeiras

• Com palheta – Oboés, corne-inglês, clarinete, clarone, fagote e contrafagote;
• Com bocal – Flauta transversal e flautim.

Metais

• Trompas, trompetes, trombone e tuba;

Percussão

• Com altura definida: Tímpanos, marimba, xilofone e sinos;
• Sem altura definida: Tamboriles, pandeirola, pratos, dentre outros.

A esses instrumentos pode ser acrescentado um grupo de teclas, representado por piano e órgão, embora não seja obrigatório. É muito comum inclusive que o pianista faça o papel de solista. Curiosamente o piano na classificação do sistema Hornbostel-Sachs é tido como um instrumento de percussão. A razão é que a sua sonoridade depende de um sistema de cordas percussivas.

O número de integrantes de uma orquestra sinfônica pode variar entre 50 e 100 músicos. Não podemos deixar de mencionar ainda o papel do regente. É ele que irá conduzir a peça, sendo, portanto, o seu intérprete. O maestro marca o ritmo musical e as variações interpretativas com o auxílio de uma batuta.

Definição e história da orquestra sinfônica

Uma vez que entendemos a constituição do corpo de uma orquestra podemos partir para a sua classificação. Os principais tipos a ser mencionados aqui são a filarmônica e a sinfônica. A diferença entre as duas se dará no modelo administrativo adotado já que ambas possuem aproximadamente a mesma estrutura.

A orquestra sinfônica é mantida por instituições públicas, ao passo que as filarmônicas são mantidas por entidades privadas. Contudo, devemos ressaltar que essa é uma definição que tem mudado em tempos recentes. Com isso a diferença entre os dois tipos de orquestra vem se tornando cada vez mais nominal.

Grécia Antiga

Quanto à origem do termo, este remonta à Grécia antiga no século V a.C. Seu surgimento se dá mais especificamente nos espetáculos encenados nos anfiteatros helênicos. Os teatros possuíam um espaço posterior ao palco dedicado ao coro e às danças. Ali também se localizavam os instrumentistas. A palavra grega “orkestra” era usada para o local e designava originalmente um lugar destinado à dança.

Entre os séculos XVII e XIX a orquestra foi se aproximando daquilo que conhecemos hoje. Nesse período foi aumentando de 36 para 60 o número de instrumentistas integrantes do corpo. Mas foi apenas com o compositor romântico francês Hector Berlioz que encontramos organizada a orquestra nos moldes contemporâneos. Além das organizações sinfônicas e filarmônicas, podemos citar agrupamentos menores, como as orquestras de câmara. Nesse caso estarão presentes apenas os instrumentos de corda.

Assim encerramos nossas explicações. Agora você não terá mais dúvidas na hora de conceituar o que é uma orquestra sinfônica. Lembrando que dentre os maiores destaques no Brasil temos a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, e claro, a Orquestra Sinfônica Brasileira.

Como os recursos do FIA ajudaram na aquisição de violoncelos para a SABRA?

A Sociedade Artística Brasileira SABRA mantem, desde 2013,  a Orquestra Sinfônica de Betim constituída por jovens músicos. Trata-se de um grupo que proporciona a seus integrantes a transição entre o ambiente acadêmico e o profissional. No momento, vários ex-integrantes já atuam profissionalmente em Orquestras de todo o Brasil.

Como os recursos do FIA ajudaram na aquisição de violoncelos para a SABRA?

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Regência de orquestra – comunicação gestual

A regência é a arte de dirigir uma performance musical, como um concerto orquestral ou coral. Foi definida como “a arte de dirigir a performance simultânea de vários instrumentistas e/ou cantores pelo uso de gestos”. Os deveres primários do maestro são interpretar a partitura criada por um compositor de uma maneira que reflita as indicações específicas dentro daquela partitura, ajustar o andamento, assegurar entradas corretas por vários membros do conjunto, e “moldar” o fraseado, quando apropriado.

Para transmitir suas ideias e interpretações, os maestros se comunicam com seus músicos principalmente por meio de gestos manuais. Normalmente, embora não invariavelmente, utilizam o auxílio de uma batuta, e podem usar outros gestos ou sinais, como contato visual com músicoss relevantes. As instruções de um regente serão quase sempre complementadas ou reforçadas por instruções verbais ou sugestões para seus músicos, no ensaio antes de uma apresentação.

TÉCNICA

Reger requer uma compreensão dos elementos da expressão musical (tempo , dinâmica, articulação e textura, dentre outros) e a capacidade de comunicá-los efetivamente a um conjunto. A capacidade de comunicar nuances de fraseado e expressão através de gestos também é benéfica. Os gestos de regência são preferencialmente preparados de antemão pelo maestro, enquanto estuda a partitura, mas às vezes podem ser espontâneos.

O elemento técnico essencial na regência é um impulso realizado, em geral, um tempo antes da música começar ou terminar. Serve para dar clareza às diversas entradas, cortes, saídas de fermatas, acentuações, dentre outras aplicações.

Algumas vezes é feita uma distinção entre a regência orquestral e a regência coral. Normalmente, os regentes orquestrais usam uma batuta com mais frequência do que os regentes de corais. Como muitos músicos de uma grande orquestra ficam muito distantes do regente a batuta melhora a visibilidade dos gestos. Entretanto, muitos regentes de orquestra se notabilizaram por não utilizar batutas.

MOMENTO INICIAL

No início de uma peça de música, o maestro levanta as mãos (ou mão, se ele usar apenas uma mão) para indicar que a peça está prestes a começar. Esse é um sinal para os membros da orquestra prepararem seus instrumentos para serem tocados ou para os coristas estarem prontos e atentos. O maestro olha então para as diferentes seções da orquestra (sopros, cordas, etc.) ou coral para garantir que todos os membros estejam prontos para tocar e cantar. Um movimento dos braços do regente (impulso), equivalente a uma inspiração na respiração, indica o momento do início da performance pelo grupo.

DINÂMICA

A dinâmica é indicada de várias maneiras. Pode ser comunicada pelo tamanho dos movimentos de regência, formas maiores representando sons mais fortes. Alterações na dinâmica podem ser sinalizadas com a mão que não está sendo usada para indicar a marcação do compasso: um movimento (geralmente) para cima indica um crescendo; um movimento descendente (geralmente na palma da mão) indica um diminuendo. Alterar o tamanho dos movimentos de regência, frequentemente resulta em mudanças no caráter da música, dependendo das circunstâncias.

A dinâmica pode ser ajustada usando vários gestos: mostrar a palma da mão para os músicos ou afastar-se deles pode demonstrar uma diminuição no volume. Para ajustar o equilíbrio geral dos vários instrumentos ou vozes, esses sinais podem ser combinados ou direcionados para uma seção ou músico em particular.

ENTRADAS

A indicação de entradas, quando um músico ou seção deve começar a tocar (muitas vezes depois de um longo período de pausa), é chamado de entrada. Um gesto sugestivo deve prever com precisão o momento exato do próximo ictus, de modo que todos os músicos ou cantores afetados pela sugestão possam começar a tocar simultaneamente.

A entrada é mais importante para casos em que um músico ou seção não está tocando há muito tempo. Também é útil no caso de um ponto de pedal, com músicos de cordas, quando uma seção estiver tocando o ponto do pedal por um longo período; uma sugestão é importante para indicar quando devem mudar para uma nova nota. A entrada é obtida “engajando” os músicos antes do início de sua performance (olhando para eles) e executando um gesto claro de preparação, geralmente direcionado para os músicos específicos.

OUTROS ELEMENTOS MUSICAIS

A articulação pode ser indicada pelo caráter do ictus, variando de curto e acentuado para staccato, a longo e fluido para legato. Muitos regentes mudam a tensão das mãos: músculos tensos e movimentos rígidos podem corresponder a marcato, enquanto mãos relaxadas e movimentos suaves podem corresponder a legato ou espressivo.

A frase pode ser indicada por arcos aéreos largos ou por um movimento suave da mão para frente ou para os lados. Uma nota mantida é frequentemente indicada por uma mão estendida com a palma para cima. O final de uma nota, chamado de corte, pode ser indicado por um movimento circular, o fechamento da palma da mão ou o aperto do dedo indicador e do polegar. Um corte é geralmente precedido por uma preparação e concluída com uma quietude completa.

Os maestros pretendem manter o contato visual com o conjunto o máximo possível, incentivando o contato visual e aumentando o diálogo entre os músicos/cantores e o maestro. Expressões faciais também podem ser importantes para demonstrar o caráter da música ou encorajar os músicos.

Em alguns casos, como onde houve pouco tempo de ensaio para preparar uma peça, um maestro pode indicar discretamente como os compassos serão marcados imediatamente antes do início do movimento, segurando os dedos na frente do peito (assim somente os músicos podem ver).