Bandas de Rock e Orquestras

Bandas de Rock e Orquestras: uma parceria de sucesso

A turma do rock’n roll nas escolas e universidades geralmente usa roupas irreverentes e expressa atitudes rebeldes, certo? Já os fãs da música clássica, apesar de menos comuns nos centros de ensino brasileiros, são mais associados a um perfil correto e “certinho”, quase conservador – ou “careta”, como dizem por aí.

Mas criar e repetir essas imagens, além de reforçar crenças em estereótipos, ainda está completamente errado. Você sabia que, não raras vezes, cantores e bandas de sucesso internacional fazem parceria com orquestras sinfônicas renomadas para produzir músicas, álbuns e até mesmo promover apresentações ao vivo em shows e turnês?
Diversos grupos de música já tocaram com o acompanhamento de Orquestras, ao passo que várias Orquestras já executaram populares canções do mundo do rock. Se quiser saber mais sobre essa interação sempre bem sucedida, embarque conosco nesse texto.

Pop e Rock na presença de instrumentistas

A mistura desses dois gêneros musicais é recente, pois enquanto a música erudita existe há alguns séculos, o rock’n roll surgiu apenas na segunda metade do século passado. E uma das primeiras iniciativas que uniram ambas as influências veio na década de 1960, justamente com os queridinhos de Liverpool, os Beatles. Os jovens músicos chegaram ao topo das paradas com “All You Need Is Love” e “Yesterday” ao acompanhamento de uma orquestra e, depois, com o disco de vinil Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967).

Em 1985, foi a vez dos também ingleses do Jethro Tull gravarem um álbum completo (“A Classic Case”), com a Orquestra de Londres. Além dessa iniciativa, a banda realizou ao longo das décadas inúmeros projetos com instrumentistas clássicos.
Já na década de 1990, Eric Clapton promoveu diversos shows com a National Philharmonic Orchestra de Londres, sob a regência do maestro Michael Kamen. O projeto resultou na trilha sonora do filme “Edge of Darkness”, que também deu nome ao CD do músico.

Rock’n Roll e música clássica

Não dá para dizer quem experimentou mais o recurso da música clássica nas produção modernas, se foram os cantores do rock mais popular ou os rockeiros “da pesada” do heavy metal. Afinal, quem gosta das produção do século XX sabe que ícones como Kiss, Metallica, Deep Purple e Scorpions eram fãs do acompanhamento de violinos, violas e outros instrumentos eruditos.
Ainda em 1969, o Deep Purple fez história ao lançar o “Concerto para Grupo e Orquestra”, pois foi a primeira produção a apresentar-se com uma orquestra completa. A escolhida foi a Royal Philharmonic Orchestra, e o local o também britânico Royal Albert Hall.

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Incentivo à Cultura

Como a Lei Rouanet incentiva a cultura no Brasil

A Lei Federal de Incentivo à Cultura, também conhecida como Lei Rouanet, foi criada pelo governo brasileiro na década de 1990 para estimular a produção artística nacional, patrocinando e investindo verba no teatro, na música, na dança, no cinema, na literatura, no circo, nas artes plásticas, no audiovisual e no patrimônio cultural.

Qualquer grupo dedicado às artes pode submeter o seu projeto e tentar obter o apoio deste programa federal. Se quiser descobrir um pouco mais sobre como isso é realizado, confira o texto a seguir.

Incentivo – O que é Lei Rouanet e como ela funciona?

A Lei Rouanet (nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991) foi criada ainda durante o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello como forma de instituir uma política pública nacional para a cultura. Ela trata de forma ampla sobre as diretrizes políticas, mas atualmente é mais conhecida por causa do incentivo fiscal corporativo e do investimento em projetos artísticos.

A ideia funciona assim: empresas e cidadãos podem destinar parte do seu importo de renda (IR) para ações culturais por meio de doação ou patrocínio. No primeiro caso, o nome da pessoa ou empresa não pode ser citada, enquanto no segundo o patrocinador tem direito à publicidade. Mas o que o governo tem a ver com isso? Ele abre mão do recolhimento de parte do imposto para investir na cultura.

Em média, são mais de três mil projetos apoiados todos os anos. Só em 2016, foram captados mais de R$1 bilhão para projetos de cultura, no total R$16 bilhões foram investidos nas últimas décadas em iniciativas artísticas.

Desde a sua criação, a Lei Rouanet já recebeu diversas críticas e viu-se cercada de polêmicas, como quando a Operação Boca Livre da Política Federal investigou o desvio de quase 200 milhões de reais no programa, ou quando foi divulgado o investimento de cifras milionárias em artistas famosos e consolidados, que não precisariam do apoio federal para criar e divulgar suas obras. Em resposta, o Ministério da Cultura (MinC) anunciou mudanças na legislação em 2017.

Quem pode ser beneficiado? Como é o processo?

Tanto pessoas físicas como jurídicas podem solicitar apoio da Lei Rouanet, como artistas, produtores culturais, técnicos, institutos, autarquias, fundações, ONGs, cooperativas, entre outras, desde que comprovem atuação no segmento da cultura. Mas enquanto indivíduos podem destinar até 6% do IR, as empresas são limitadas em até 4%.

Para atestar experiência na área, o proponente deve comprovar que realizou ou participou de projetos culturais nos últimos dois anos. A única exceção ocorre para quem está submetendo propostas pela 1ª vez, e neste caso há um limite de captação de R$200 mil.

Como existem muitas demandas em todo o país, há uma espécie de processo seletivo que analisa as propostas e define para quais as verbas podem ser destinadas. Quem quiser concorrer, precisa submeter o projeto ao MinC, que irá analisa-los por meio da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC). Caso seja aprovado, tem a “autorização” para captar recursos de pessoas físicas e jurídicas.

Ainda no âmbito da Lei Rouanet, existe o Fundo Nacional de Cultura (FNC), voltado mais para a execução de projetos, programas e ações na área cultural. O processo aqui é um pouco diferente: quem seleciona os projetos é a Secretaria de Incentivo e Fomento à Cultura (Sefic).

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Choro e Samba

Choro e Samba

O samba é, assim como o futebol e o carnaval, um dos símbolos nacionais mais fortes do Brasil. Mesmo que algumas pessoas torçam o nariz, quando um estrangeiro pensa no nosso país, o samba é uma das coisas que lhe vem à cabeça. Mas você sabia que o choro é ainda mais antigo e tão originalmente brasileiro quanto ele? E que ambos são representações características da música popular brasileira?

Se quiser aprender mais sobre estes dois gêneros de enorme valor para a cultura e a identidade nacional, acompanhe as próximas linhas.

Origens urbanas

O choro, também conhecido pelo diminutivo carinhoso ‘chorinho’, é considerado o primeiro estilo musical que surgiu nas cidades brasileiras em meados do século XIX. As suas raízes tem duas fontes completamente diferentes: o lundu, de influência africana baseado na percussão, e a modinha, tipicamente europeia.

O contexto abolicionista, a riqueza cultural que a vinda da família real trouxe ao Brasil Colônia, o crescimento das cidades conformaram o cenário perfeito para o nascimento do choro na cidade do Rio de Janeiro. Os primeiros grupos dedicados ao estilo remetem à 1870 e eram formados por funcionários públicos e membros da classe média baixa carioca, chamados de ‘chorões’.

Grandes músicos e compositores como Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e Pixinguinha consolidaram o gênero e eternizaram canções como “oh abre alas” e “tico tico no fubá”.

Já o samba resultou (e resulta) de misturas, mas a sua raiz africana é com certeza a marca predominante. Acredita-se que a origem deste gênero musical está ligada às celebrações e reuniões de ex-escravos que migraram da Bahia para o Rio de Janeiro logo após a abolição da escravidão, constituindo bairros conhecidos como “pequena África”.

Nestes locais, principalmente nas casas das ‘titias baianas’ – como eram conhecidas as descendentes de escravos, amigos e familiares reuniam-se para executar o “samba de roda”. Como na época (início do século XX) somente o choro era um estilo musical socialmente aceito, ele era tocado na frente das casas enquanto o samba surgia às escondidas nos quintais do fundo. Foi apenas em 1917 que o primeiro samba (“Pelo Telefone”) foi gravado em estúdios e popularizou-se.

Pixinguinha também foi um dos pais do samba, circulando pelo estilo atualmente chamado de samba-choro. Outros ícones clássicos do gênero são Noel Rosa, João da Baiana e Ismael Silva.

Características Musicais

Uma das marcas mais expressivas do chorinho é a improvisação. Além disso, o choro utiliza alguns elementos melódicos como cromatismo, apogiatura, notas dissonantes no tempo forte, padrões de notas repetidas e síncopes. Em termos rítmicos, citamos a métrica dupla e a síncope, entre outras. Já a harmonia é simples, com predominância de secundárias, acorde napolitano e inversão de acordes.

Os principais instrumentos para compor um chorinho são: flauta, violão, pandeiro, piano, clarinete, cavaquinho, bandolim, trombone e saxofone. Já no samba, apesar de as últimas décadas terem revelado composições com diversos instrumentos musicais heterodoxos, tradicionalmente os sambas contam com cavaquinho, violão, pandeiro, cuíca, prato, banjo, surdo, atabaque, chocalho, agogô e repique.

Tanto o samba quanto o choro são gêneros musicais bastante populares e incluem diversas vertentes e subdivisões. Afinal, desde o surgimento no Brasil imperial, ambas continuam sendo trabalhadas por artistas e músicos de todas as gerações, que transformam, inovam e reinventam os grandes clássicos.

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