Como era a música popular no Brasil do século XIX?

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Quando se fala em música popular brasileira logo alguns nomes comuns são lembrados como Elis, Caetano e Milton Nascimento. No entanto, a trajetória da música popular no Brasil passou por muitas fases e por diversos artistas que deixaram uma marca muito positiva e histórica no país.

Além da miscigenação de povos, o Brasil possui uma vasta mistura musical. O samba, o sertanejo, o forró, a bossa nova entre outros ritmos regionais que resistem em cada canto do país até hoje.

Contexto do século XIX

O século XIX compreende o período entre 1801 e 1900. Foi uma época marcada por grandes acontecimentos e mudanças políticas, sociais, artísticas e econômicas no Brasil sendo um reflexo do que estava acontecendo no mundo todo.

Logo no início do século, em 1808, a família real portuguesa chega ao país. A Proclamação da República do Brasil ocorreu poucos anos depois em 1822 iniciando o Período Imperial do país. Reações políticas contrárias ao Imperador despontaram em várias regiões, como movimentos separatistas e revoltas.

Mundialmente, filósofos e pensadores foram responsáveis por desenvolver teorias e reflexões que alterariam os padrões de sociedade. Enquanto o desenvolvimento das artes seguia seu fluxo mais criativo e inovador sem entraves, surgindo movimentos importantes como o Realismo, Naturalismo, Romantismo, Impressionismo, Simbolismo e Parnasianismo.

A música popular no Brasil do século XIX

A música sempre fez parte da rotina dos povos nativos brasileiros. Mas, foi com a chegada de pessoas de diversas origens e culturas que a música brasileira se tornou muito rica.

O colonizador português introduziu os instrumentos como tambor, pandeiro, violão, viola e cavaquinho. Instrumentos que são elementos de identidade musical, principalmente no samba. No século XVII, foram introduzidos instrumentos mais sofisticados como o piano, entretanto ainda eram restritos apenas às famílias mais nobres.

As danças e ritmos do som africano com atabaques, cuíca e tambor foram decisivos para as manifestações da música popular brasileira.

Outras influências também foram recebidas dos franceses. As tradicionais quadrilhas comuns às comemorações de São João no Brasil são uma alegoria da dança em pares realizada pela corte francesa.

Considerando tudo isso, destacaram-se dois principais estilos na música popular do Brasil no século XIX, conforme veremos a seguir:

Gênero Lundu

O lundu é proveniente da manifestação do povo africano. Segundo Uliana D. Campos Ferlim, mestre em História Social e Cultura, é difícil conceituar o lundu, mas ele faz referência às danças e batuque dos negros que se transformou em ‘lundu-canção’ no fim do século XVIII. Constituiu-se como uma canção urbana muito relevante para o século XIX. Conseguiu chegar ao gosto da elite brasileira devido sua associação aos temas humorísticos que a própria classe nobre realizou dentro desse estilo.

Gênero Modinha

A modinha tem como seu tema principal o romantismo e o amor. Sua composição denuncia sua origem erudita europeia de acordo com Uliana D. Campos Ferlim, mestre em História Social e Cultura, fontes literárias e históricas apontam Domingos Caldas Barbosa, um mulato brasileiro, como o responsável por levar esse estilo à corte imperial. No século XIX a modinha ganhou os salões imperiais, mas foi nas ruas que fez sua fama e popularidade, caindo no gosto da população.

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Desafios para a habitação urbana segura e acessível no Brasil

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Há uma série de gargalos que precisam ser eliminados no Brasil. Um deles se refere à habitação urbana: quais são os desafios para garantir moradias seguras e acessíveis, principalmente para pessoas em estado de vulnerabilidade social?

Segundo relatório do Programa das Nações Unidas (ONU) para Assentamentos Humanos, são cerca de 33 milhões de pessoas que não possuem casas no Brasil. Perceba: o número diz respeito apenas aos desabrigados.

Assim, o dado não contempla aqueles que têm um ‘teto’, mas que podem estar exposto a vários fatores: estrutura comprometida, locais de risco (como os corriqueiros casos de deslizamento), falta de infraestrutura elétrica e principalmente hidrossanitária, entre outros.

Outro indicador ilustra bem esse cenário: são cerca de 11 milhões de brasileiros que compõem a população favelada segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, através da análise do Ipea. Isso representa aumento de 42% em um universo de 15 anos.

Utilização de terrenos ociosos no cenário urbano

Para que tudo isso seja superado, um dos desafios para a habitação urbana segura e acessível no Brasil é a utilização de terrenos que se encontram ociosos nas cidades. Isso não significa desapropriar imóveis dos proprietários privados, mas fomentar ações da parceria do setor público e privado.

Contudo, o plano também não pode ser de ‘jogar’ as pessoas vulneráveis, principalmente as mais pobres, para áreas periféricas. Isso impede que elas possam participar da atividade econômica dos centros urbanos e, consequentemente, ficam ainda mais marginalizadas.

Todas as tentativas de criar conjuntos habitacionais longe das áreas centrais dos municípios geram falta de oportunidades, amplitude da violência e, consequentemente, falta de desejo de várias famílias, mesmo que sem moradias, em residir em determinado local.

Políticas públicas e, principalmente, utilização dos terrenos ociosos para este fim é um dos grandes desafios.

Fornecimento de serviços essenciais

Outra lacuna bem gritante: a falta de serviços essenciais em uma considerável parte das moradias brasileiras. Os números dizem por si só:

– 16% não possuem água tratada (35 milhões de pessoas);
– 47% não contam com rede de esgoto (100 milhões de brasileiros);
– 9% não têm acesso nenhuma a coleta de lixo (20 milhões);
– 5% não dispõem de energia elétrica (11 milhões).

Ou seja: enquanto não houver o básico, fica difícil garantir qualquer tipo de assistência habitacional às mais variadas pessoas. A falta de coleta de esgoto é algo gritante e mostra que muitos brasileiros estão propensos a doenças, além da falta de dignidade humana.

Isso sem contar questões mais pontuais, como acesso à internet e aparelhos celulares, indispensáveis no mundo moderno – que apesar de não fazerem parte de uma estratégia de habitação, contribuem para que as pessoas tenham melhor qualidade de vida.

Programas habitacionais que funcionem

Para fechar: há uma série de programas habitacionais a nível federal, estadual e municipal. Contudo, a população mais vulnerável fica sempre com os piores lotes de habitação, em regiões com pouca segurança e sem os serviços essenciais que citamos acima.

É necessário criar ações promocionais que garantam a moradia de pessoas que não conseguem comprovar documentos por fatos como incapacidade ou informalidade. Sem uma estratégia do gênero, morar no país continua sendo difícil em questão de segurança e acessibilidade.

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Gaita, acordeon e sanfona: qual a diferença?

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Quem gosta de estudar música e conhece todos os nomes de instrumento, certamente já se deparou com a seguinte dúvida: gaita, acordeon e sanfona são a mesma coisa? Afinal, à primeira vista eles parecem muito semelhantes.

E não é só à primeira vista. O fato é que, sim, eles representam o mesmo instrumento musical. A questão é, mesmo, referente à nomenclatura e à cultura de cada local.

Inclusive, pensando nos nomes brasileiros, também há a possibilidade do uso de acordeão. Mas então, já que se trata do mesmo instrumento, por que a diferença?

Diferença entre gaita, acordeon e sanfona

Oficialmente, pensando na teoria da música e no histórico de criação do instrumento, o correto seria dizer acordeon. Quando uma pessoa é introduzida ao estudo do tema, será este o nome “oficial” do objeto.

Porém, como se sabe, a música se espalha por todo o território mundial e, em um país tão diverso como o Brasil, com regiões muito diferentes e pessoas de criações totalmente diferentes, era natural que surgissem variações, como ocorre em palavras de outras categorias, como nomes de comidas.

Por exemplo, no Nordeste brasileiro, tão rico em termos culturais, sanfona foi o nome assumido para este instrumento. O forró, ritmo musical tão valorizado na região, tem forte influência deste objeto.

Assim, sendo amplamente utilizado e com o nome sanfona, era inevitável que esta denominação se espalhasse por outras regiões do país. No Centro-Oeste, por exemplo, também é comum ouvirmos as pessoas usando sanfona.

É interessante perceber que a origem da palavra sanfona, no grego symphonía, diz respeito a outro instrumento musical, de cordas, semelhante ao violino. Este, então, deveria ser o que chamamos de sanfona, mas a questão cultural se impõe e o nome dado pelo povo e passado ao longo das gerações se torna forte e aceito de forma correta.

Instrumento no Nordeste

Outra questão histórica interessante: apesar da força do instrumento na música ligada ao Nordeste, os primeiros exemplares que chegaram ao Brasil, acredita-se que tenham desembarcado no Sul, mais precisamente no estado do Rio Grande do Sul, ainda no século XIX. Isso por conta das imigrações, tanto de italianos, quanto de alemães, que trouxeram o objeto.

E, nesta região, o forte é o nome gaita, em contraposição ao acordeon e à sanfona. Neste caso, o que os estudiosos acreditam é que isso acontece por conta de semelhanças, no mecanismo do instrumento, com a chamada gaita de boca.

Logo, foi inevitável que o nome gaita se expandisse e, também, se tornasse uma variação para o mesmo instrumento.

Portanto, o que se pode dizer é: a diferença entre acordeon, gaita e sanfona não está no instrumento, em seu funcionamento ou uso. Na verdade, a cultura vasta que a música traz, além de um país de tanta diversidade quanto o Brasil, fez com que a história criasse nomes diferentes para o mesmo instrumento.

Sendo assim, sempre que alguém for falar sobre música e aparecer esta discussão, a resposta simples é: pode chamar de sanfona, acordeon ou gaita. O importante é respeitar a cultura de cada um e a forma como o tema foi aprendido.

A música ajuda no desenvolvimento do cérebro?


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