Vida e obra de Lobo de Mesquita

Mulato, filho do português José Lobo de Mesquita com sua escrava Joaquina Emerenciana, José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita teve uma enorme importância para a música colonial mineira no século XVIII.

A afirmação de Geraldo Dutra de Moraes é única informação a respeito da data de nascimento de Lobo de Mesquita. Segundo ele, o artista teria nascido em 12 de outubro de 1746 em Serro, Minas Gerais. No entanto, a data e local nunca foram confirmados por meio de documentos oficiais, apesar de terem sido disseminados como informações verdadeiras em diversos livros, discos e meios de comunicação.

Compositor, organista, maestro e professor especialista em Música Sacra, Lobo de Mesquita ganhou a vida tocando, compondo e regendo orquestras em eventos oficiais durante o período imperial em Minas Gerais. Seu nome aparece em um livro de pagamento da Câmara do Serro como um dos músicos que trabalharam nas festas reais e no livro de despesas da Irmandade do Santíssimo Sacramento.

Principais Composições

Críticos responsáveis pela recuperação das obras e história de Lobo de Mesquita calculam que ele tenha cerca de 500 composições. No entanto, apenas 90 dessas obras sobreviveram ao tempo. Entre as composições de autoria confirmada, estão as obras referidas a seguir.

Em 1778, Lobo de Mesquita compôs o Ofício e Missa da quarta-feira de cinzas para SATB. Estima-se que as Matinas de Quinta-feira Santa e a Antífona Mariana Regina Coeli Laetare tenham sido compostas em 1779. Cerca de três anos depois, em 1782, compôs o Ofício, Paixão e Missa do Domingo de Ramos.

Em 1783, Lobo de Mesquita compôs Tratos, Missa e Vésperas de Sábado Santo, além de Tercio. E em 1787, compôs a Antífona Mariana Salve Regina. A Ladainha de Nossa Senhora pode ter sido composta em 1798. O Ofício e Missa de Defuntos também é datado de1798. O responsório Cum Transisset para as Matinas de Domingo da Ressurreição tem data estimada de 1803.

Alguns Trabalhos

A maioria de seus trabalhos está relacionado com ordens religiosas de Minas Gerais. Em 26 de dezembro de 1774, ele atuou como regente na cerimônia do Corpo de Deus, realizada no Serro. Em 1776, tocou nas festas do Senado e no ano seguinte, assinou contrato para compor músicas para o velório do rei José I de Portugal e para a cerimônia matrimonial do príncipe Dom José. Ainda em 1776, Lobo de Mesquita recebeu pagamento da Irmandade do Santíssimo Sacramento por tocar aos domingos e na Semana Santa.

Entre 1783 e 1784, ajudou a construir o Órgão da Irmandade do Santíssimo Sacramento de Diamantina, onde tocou órgão até 1798. Também foi organista da Ordem Terceira do Carmo de Diamantina entre 1787 a 1795, aproximadamente.

Apesar de seu forte vínculo com a Música Sacra, Lobo Mesquita também atuou como juiz, escrivão e tesoureiro para diversas organizações religiosas de Minas Gerais. Em 1801, foi contratado pela Ordem Terceira do Carmo do Rio de Janeiro, onde prestou serviços até seu falecimento.

Estilo e Contexto Histórico

Considerado por muitos musicólogos como o compositor que melhor sintetizou as características do Barroco mineiro em suas obras, Lobo de Mesquita oscilou suas composições em dois estilos. Enquanto suas obras escritas para coro eram marcadas pelo estilo Barroco, as obras escritas para vozes e instrumentos carregam um traço mais moderno, marcadas por uma melodia Classicista e com forte influência da música italiana.

Para Pires (1994), as obras de Lobo de mesquita são exemplos de uma não-ruptura entre o Barroco e o Classicismo no campo da música religiosa.


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Vida e obra de João de Deus Castro Lobo

6 compositores brasileiros que você precisa conhecer

Não há dúvidas de que a música brasileira está entre as melhores do mundo. Passando por inúmeros ritmos, desde o popular até o erudito, podemos encontrar grandes nomes que marcaram história e que merecem ser reverenciados por sua contribuição à nossa música. Sendo assim, hoje você vai conhecer 6 compositores brasileiros que todo apaixonado por música deve ouvir. Confira!

1. Pixinguinha (1897-1973)

Um compositor que merece lugar de destaque na música brasileira é Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido mundialmente como Pixinguinha. Nascido no Rio de Janeiro, o também instrumentista, maestro e arranjador é considerado um dos principais representantes do choro, bem como um dos maiores músicos brasileiros.

Além de “Carinhoso”, composição listada entre as mais importantes da nossa música, Pixinguinha nos deixou muitas outras pérolas, como “Rosa”, “Ingênuo”, “Naquele Tempo” e “Um a Zero”.

2. Luiz Gonzaga (1912-1989)

Falar de música brasileira sem citar o sanfoneiro Luiz Gonzaga é praticamente impossível. Conhecido como o “Rei do Baião”, o pernambucano também contribuiu imensamente para a popularização de outros ritmos nordestinos, como o xote e o xaxado.

Em sua carreira, Gonzaga fez diversas parcerias, das quais nasceram muitas canções inesquecíveis. Foi com o advogado Humberto Teixeira, por exemplo, que compôs “Asa Branca”, verdadeiro hino do nordeste brasileiro. Além desta, merecem ser citadas “Assum Preto”, “Luar do Sertão”, “Olha pro Céu” e “Xote das Meninas”.

3. Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Para se ter uma ideia da riqueza musical produzida no Brasil, basta citar o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, hoje considerado um dos precursores da música clássica nacional e um dos maiores compositores da nossa história.

A beleza das composições do músico carioca se deve a uma peculiaridade interessante: a mistura de sons eruditos com ritmos típicos brasileiros. Foi dessa brilhante junção que nasceram as peças magníficas e originais, hoje executadas em grandes teatros internacionais.

Vale a pena citar, dentre as grandes obras de Villa-Lobos, a série de suítes “Bachianas Brasileiras”, das quais se destaca “O Trenzinho do Caipira”.

4. Cartola (1908-1980)

Nascido no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Angenor de Oliveira, o Cartola, é considerado por muitos, o maior sambista brasileiro. O título é mais do que merecido, já que o músico compôs belos sambas que se tornaram verdadeiros clássicos, dentre os quais podemos citar “As Rosas não Falam”, “O Mundo é um Moinho”, “Minha”, “Alvorada” e “Corra e Olhe o Céu”.

Cartola, que foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, teve seus sambas interpretados por grandes cantores nacionais, como Elizeth Cardoso, Carmem Miranda, Araci de Almeida e Francisco Alves.

5. Noel Rosa (1910-1937)

Apesar de ter vivido apenas vinte e sete anos, Noel Rosa, conhecido como Poeta da Vila, compôs mais de trezentas músicas. Além disso, teve um papel fundamental na popularização do samba produzido nos morros e favelas, levando-o também para as rádios.
“Com que Roupa?” é uma das canções mais famosas do compositor, mas outras merecem igual destaque por sua beleza, como “Último Desejo”, “Fita Amarela”, “Feitiço da Vila” e “Conversa de Botequim”.

6. Chico Buarque (1944)

Para fechar essa lista com chave de ouro, nada mais justo do que citar o carioca Chico Buarque de Holanda, autor de algumas das mais belas canções brasileiras de todos os tempos. Algumas delas são: “Beatriz”, “Eu Te Amo”, “Vai Passar”, “Cálice” e “Roda Viva”.
Além das músicas que compôs sozinho, Chico Buarque fez inúmeras parcerias com outros grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Edu Lobo, Francis Hime, Vinícius de Moraes e Milton Nascimento.


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Os pilares da música brasileira

Fatos que comprovam que a cultura é importante para a nossa vida

A cultura diz respeito à identidade de um povo, faz com que um indivíduo se sinta parte de um grupo. Por isso, há vários ramos de estudo que tem a cultura como o seu objeto de análise. A nossa forma de falar, de se vestir, nosso comportamento, entre inúmeros outros aspectos, estão relacionados aos costumes culturais que adquirimos desde que nascemos.

A cultura é importante para a nossa vida, pois faz parte dela. Se você viaja para outro país, por exemplo, por mais parecidos que sejam os moradores do local visitado, os costumes jamais serão iguais, pois são grupos diferentes que ao longo do tempo criaram a sua forma particular de ver o mundo e de se comportar.

Saiba mais sobre a importância da cultura e veja quatro fatos que comprovam isso!

A nossa cultura nos faz “sentir em casa”

A cultura é algo particular de um povo, suas características, que fazem com que o indivíduo saiba exatamente quem é e onde pertence. É como se esses costumes já fossem parte da construção do indivíduo. Por isso, quando estamos em contato com a cultura de onde fomos criados e vivemos, nos sentimos em casa.

Prova disso é a sensação de não pertencimento em viagens internacionais, por exemplo, pois nenhum outro país será igual ao nosso, terá a mesma comida, o mesmo comportamento, enfim, ainda que sejam muito parecidos. Seremos sempre turistas, a não ser que vivamos por anos nesse novo local.

A cultura amplia nossos horizontes

Outra perspectiva da cultura é a sua capacidade de ampliar os nossos horizontes. A exemplo de alguém que antes analfabeto, descobre um mundo de possibilidades ao ter contato com a leitura e a escrita. A linguagem dá poder para que esse indivíduo tenha acesso à cultura letrada e todo o conhecimento que ela traz.

As diferenças culturais nos amadurecem

A cultura também serve de ferramenta para o crescimento pessoal e busca da maturidade. Isso pode ser visto quando entramos em contato com pessoas de diferentes costumes, os quais acrescentam não apenas conhecimento para a nossa vida como também despertam a necessidade de ter respeito às diferenças existentes entre as pessoas no mundo.

O acesso à cultura pode mudar a nossa vida

Alguns elementos da cultura, como a cultura erudita, conhecida por pertencer antigamente às classes da elite, infelizmente estiveram distantes por muito tempo da maioria da população. Hoje, principalmente por conta da internet, as barreiras estão cada vez mais fáceis de serem quebradas.

O acesso a elementos como a literatura, a música, a dança, entre outros, trazem consigo ampliação dos horizontes das pessoas e até mesmo mudança de vida.

Agora você pode compreender melhor porque a cultura é tão importante para a nossa vida e como está ligada ao que somos enquanto indivíduos. As nossas ideologias, o nosso comportamento e até mesmo o que comemos está relacionado à cultura do nosso povo e nos faz iguais e, ainda assim, tão diferentes, por conta riqueza cultural existente no mundo.
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A importância de ampliar o repertório cultural de crianças e adolescentes