Vida e obra de Francisco Manuel da Silva

Nascido no Rio de Janeiro, em 21 de fevereiro de 1795, Francisco Manuel da Silva, nome conhecido por ser autor do Hino Nacional, possui uma vasta obra que vai além da melodia patriota que originou o nosso hino, atuando também como maestro, compositor e professor.

O seu contato inicial com a música e atuação no Rio de Janeiro

O maior nome da música colonial brasileira foi o seu professor, o Padre. José Maurício Nunes Garcia, com quem aprendeu música ainda menino, quando tinha apenas dez anos, inicialmente tocando violoncelo. Em 1809, participou como cantor soprano na Capela Real. Atuou como timbaleiro e, mais tarde, como segundo violoncelo na Orquestra dessa mesma Instituição citada.

Além disso, regeu o Teatro Lírico Fluminense. Todas essas atuações deram grande destaque para o músico no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que ele participou com relevância nessa fase da música brasileira, compreendida entre o falecimento de Padre José Maurício e a ascendência de Carlos Gomes – nomes também de muita importância no cenário da música nacional.

Também tinha grande empenho durante as manifestações civis a favor da independência. Esse movimento de afirmação do nacionalismo foi o responsável pela inspiração de escrever uma melodia patriota, que acabou se transformando no nosso Hino Nacional. Hoje essa composição é considerada uma das melhores no cenário mundial.

Atuações significativas para música no Rio de Janeiro

Francisco foi o fundador da Academia de Música e Ópera Nacional e da Sociedade de Beneficência Musical – de onde foi eleito como presidente e atuou até o seu fechamento, ocorrido em 1890. Também foi o responsável pela fundação do Conservatório de Música, lugar que depois de transformações, mais tarde tornou-se a Escola de Música da UFRJ.

Em 1834, foi o regente titular da orquestra Sociedade Fluminense. Apesar de todos os seus feitos, foi durante a sua maturidade – período após 1840 –que produziu mais obras, como hinos, missas, motetes, ludus, modinhas, entre outras produções. Participou também ativamente da restauração da Capela Imperial.

O seu falecimento e obras deixadas

O falecimento de Francisco Manuel da Silva foi na cidade do Rio de Janeiro, local onde viveu a maior parte de sua vida e carreira, no dia 18 de dezembro de 1865, aos 70 anos de idade.

As suas obras estão guardadas na cidade e podem ser encontradas também em forma de arquivos, que estão espalhados nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Como professor, produziu materiais de estudo para músicos, tais como o Compêndio de música prática, por exemplo.

Depois de quarenta anos de sua morte, Joaquim Osório Duque Estrada escreveu a letra para o Hino Nacional, feito a partir de sua obra durante as manifestações de Independência. Ocupa, como papel de Patrono, a sétima cadeira da Academia Brasileira de Música.

O seu legado está presente no Hino Nacional Brasileiro e também nas organizações que foi fundador, as quais hoje são importantes na música, como a Escola de Música da UFRJ e uma imensidão de obras e atuações em grupos importantes no Período Colonial.

O corpo do maestro, compositor e professor está sepultado no Rio de Janeiro, no cemitério São Francisco de Paula.


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Hino Nacional Brasileiro: curiosidades sobre o assunto

Vida e obra de Manoel Dias de Oliveira

Manoel Dias de Oliveira é um compositor brasileiro que viveu no período colonial. Ele nasceu no ano de 1738, em Minas Gerais e veio a falecer em 1813, com 75 anos. O músico viveu em Tiradentes, cidade no interior de Minas, durante o maior tempo de sua vida.

Uma de suas obras mais relevantes é a Muzica a Mel Dias a dois coros, que foi composta para a Irmandade de Nosso Senhor dos Passos e recebeu 32 oitavas de ouro. O artista também possui registros e serviços prestados em outras cidades, entre elas, São João D’el Rey, Congonhas, Barbacena e Arraial da Laje, atual Resende Costa.

Algo interessante de sua vida é que Manoel foi militar durante muitos anos e chegou a ser Capitão, cargo que exerceu até sua morte. Vale também ressaltar que ele era bem remunerado pelas suas composições. A peça Miserere é uma das que mais possui cópias do período colonial. Parte de sua obra pode ser encontrada nos principais arquivos mineiros.

Manoel Dias de Oliveira e a Inconfidência Mineira

Outro fator muito interessante sobre a sua bibliografia, é que até hoje existe uma dúvida muito grande sobre a sua real participação na Inconfidência Mineira, movimento que visava a Independência do Brasil. O questionamento é se ele efetivamente foi um personagem desse movimento ou se ele apenas era próximo de algumas figuras que foram marcantes nesse contexto. Um fato inegável é que Manoel esteve muito próximo e foi uma pessoa com bastante importância e influência durante o período colonial.

Uma curiosidade, é que Manoel foi o primeiro compositor brasileiro a ser elogiado por um jornal. O elogio foi publicado na Gazeta do Rio de Janeiro quando uma composição sua foi utilizada no funeral de D. Maria I. Outra obra do compositor de muito êxito foi Herói que Busca, que pode ter sido feita em forma de homenagear Tiradentes, o grande símbolo da Inconfidência Mineira. Tal possibilidade faz com que se aumentem os rumores e suposições sobre o seu papel nesse movimento tão significativo e representativo para a história do nosso país.

Vida pessoal

Sobre sua vida pessoal sabe-se que ele se casou aos 35 anos com Ana Hilária, uma mulher negra que tinha 15 anos na época do casamento. Ele teve dez filhos legítimos, nascidos na Vila de São José. Algo importante de se ressaltar, é que não existem muitos registros sobre a família de Manoel, portanto as informações são baseadas apenas nos dados encontrados, ou seja, ele pode ter tido outros filhos legítimos ou não.

Obras

Suas obras podem ser encontradas no Museu da Inconfidência de Ouro Preto, nos acervos musicais do Departamento de Música da ECA-USP, no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, no Museu da Música da Arquidiocese de Mariana, entre muitos outros lugares e acervos.

Para saber mais sobre esse e outros assuntos continue acompanhando o nosso site. Aqui você se manterá informado sobre vários temas referentes a nossa cultura e aos nossos artistas. Em caso de alguma dúvida ou sugestão, entre em contato com a gente. Continue com a gente, vocês não vão se arrepender!


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Emoção: como transmitir através da música?

Vida e obra de Eunice Katunda

Era o dia 14 de março de 1915 quando nasceu, no Rio de Janeiro, uma mulher que marcaria para sempre o cenário da música brasileira. Seu nome: Eunice do Monte Lima Katunda, filha do gaúcho Rubens do Monte Lima e da pintora cearense Maria Grauben Bomilcar.

Apesar de ter tido uma atuação intensa na história da música brasileira e figurar como referência em obras internacionais, Eunice Katunda não teve o merecido reconhecimento entre os brasileiros, algo que precisa ser resgatado.

Quem foi Eunice Katunda?

Professora, pianista, compositora, regente, Eunice Katunda, como era mais conhecida, não via a música como um fim em si mesma. Ela acreditava firmemente que a música era um veículo de promoção e plenitude da sociedade e da humanidade em geral.

Com 5 anos de idade, já havia iniciado seus estudos de piano com Mima Oswald, uma de suas professoras, ao lado de Branca Bilhar, Oscar Guanabarino, Marieta Lion e Carmargo Guarnieri. Bilhar e Guarnieri foram os que mais impactaram sua carreira.

O Salão Nobre do antigo Instituto de Música foi o lugar onde Katunda, aos 12 anos de idade, apresentou-se pela primeira vez. Aos 17, já resplandecia como solista da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro.

Mas ela própria considerou seu início de carreira a performance realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, ao tocar a 4ª Sinfonia de Beethoven.

Daquele momento em diante, Eunice passou a viajar, apresentando-se nacional e internacionalmente, sempre priorizando obras produzidas por autores brasileiros, com o fim divulgar a música nativa.

Em 1934, Eunice casou-se com o matemático Omar Catunda, mudando-se para São Paulo. O casal se separou em 1964, ocasião em que trocou o “C” de seu sobrenome pelo “K”.

Influências musicais

Em 1946, transferiu-se novamente para o Rio de Janeiro, onde conheceu seu grande mestre alemão, Hans-Joachim Koellreutter.

Em 1948, filiou-se ao PCdoB, dando à sua obra uma conotação mais socialista. Contudo, abandonou o partido oito anos mais tarde, em 1956, para tornar manifesta sua desaprovação quando houve a invasão da Hungria.

Após uma viagem à Bahia, procurou incorporar em sua música elementos nativistas e folclóricos, visando dar uma conotação mais brasileira à sua obra. Eunice Katunda morreu em 3 de agosto de 1990, na casa de seu filho, Igor Catunda, em São José dos Campos, São Paulo.

Principais obras de Katunda

Sob a supervisão de Koellreutter, Katunda compôs sua obra mais famosa, “O negrinho do pastoreio”, pela qual recebeu o Prêmio Música Viva para novos compositores. Aliás, Música Viva era também o nome da Rádio do Ministério da Educação, na qual Eunice tocava quase todas as semanas.

Dentre suas principais obras, destacamos:

  • Quatro cantos à morte.
  • Quinteto Schoenberg.
  • Dois estudos folclóricos.
  • Três peças para dois pianos e percussão.
  • Concerto negro.

Homenageando Eunice Katunda

Uma excelente forma de homenagear quem via a música como forma de transformação social é conhecer e divulgar a música de Katunda, além de se unir a empresas que desenvolvem ações visando apoiar crianças, jovens e adultos em sua inserção social, valendo-se da arte e da cultura.

Nossa instituição colabora com pessoas em situação de vulnerabilidade social, e a comunidade reconhece o trabalho que temos feito, como exemplo, a oferta anual de 74 vagas para jovens músicos e 20.000 ingressos para participação em concertos didáticos.

Conheça mais sobre nosso trabalho acessando nosso site!


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