Saiba quais as dificuldades encontradas pelos jovens no mercado de trabalho

Para os jovens hoje, o futuro em relação às suas vidas profissionais é algo incerto. Uma parte está na fase de procurar um emprego em sua área, pois possui a sua graduação terminada recentemente. Já outros, ainda que empregados, encontram problemas para buscar maior especialização. São parte das dificuldades encontradas pelos jovens no mercado de trabalho atual.

Graças a saturação de muitas áreas de trabalho, as exigências são cada vez maiores, seja em relação à experiência em determinado contexto ou seu nível de especialização nele. Para conseguir o emprego, ou ainda manter o que já possui, os jovens precisam manter a atualização sobre essas exigências para sempre se encaixarem no padrão.

Saiba mais sobre esses aspectos e como influenciam nas dificuldades que os jovens encontram no mercado de trabalho.

Problemas de experiência

Alguns profissionais buscam a graduação e outras formas de capacitação, a fim de garantir posições e salários melhores. O grande problema é quando esses jovens saem de suas faculdades, com diplomas nas mãos, e não encontram oportunidades de trabalho. Um dos motivos que mais preocupa essas pessoas é em relação à falta de experiência, que impede de sequer tentar certas vagas de emprego.

Em muitos anúncios as empresas estabelecem como requisito experiência na área, algumas vezes até estipulam o tempo de experiência exigido. Como um jovem recém formado terá experiência se não consegue o primeiro emprego e não tem a oportunidade de trabalhar em seu campo de atuação? Isso prejudica e faz com que a distância desses profissionais e as empresas fique ainda maior.

Há também uma distância entre as instituições de ensino e os empresários. Uma possível parceria poderia proporcionar facilidade no ingresso desses estudantes em seu primeiro emprego e assim construir a sua carreira.

Dificuldades de buscar especialização

Outra grande dificuldade gira em torno da falta de capacitação, um problema contrário ao anterior. Os profissionais já atuantes no mercado encontram dificuldades para melhorar a sua especialização. Há cargos cada vez mais específicos e estudar é a melhor opção para aumentar o nível de expertise.

Nesse contexto, surgem problemas como a falta de tempo, visto que já trabalham, ou ainda falta de recursos financeiros para crescer profissionalmente. A exigência das empresas contrasta com a sua falta de alternativas para incentivar seu funcionário a evoluir enquanto profissional.

Assim, essa busca por conhecimento fica apenas por conta do funcionário, que por não ver alternativas, pode inclusive correr o risco de perder a sua posição atual. Uma simples graduação nos tempos atuais não tem sido o suficiente para garantir a estabilidade financeira que tantos desejam.

As consequência de todo esse quadro é a grande proporção de jovens fora do mercado de trabalho. São muitos desempregados que possuem qualificação, porém sem experiência. Já outros, não conseguem emprego ou melhorar de cargo pois não encontram condições, financeiras ou não, de melhorar os seus estudos. Infelizmente, na realidade atual, cabe aos jovens manter a capacitação e persistirem na busca por um emprego. O mercado de trabalho é cada vez mais exigente para esses jovens.

Impacto sociocultural: Entenda o que significa esse conceito

A cultura e o social podem caminhar em dois trajetos diferentes em conceitualização, mas os impactos gerados no seio da sociedade perseguem uma única força; eles estão intimamente ligados. Isso porque as relações sociais muitas vezes acontecem através de manifestações culturais. As atividades culturais fazem parte do que constitui uma sociedade. Para conhecer o conceito de impactos sociocultural tem que observar o quanto ele muda a vida do cidadão.

A perda e o resgate da identidade

A sociedade é heterogênea, composta por pessoas de diferentes etnias, línguas, comportamentos e tradições populares. Contudo, quando elas estão inseridas em comunidade, elas passam a comungar de uma mesma realidade sociocultural, que também pode ser conhecida como identidade. Aos poucos as pessoas foram perdendo o seu apreço e reconhecimento pela cultura e também pelo social, passaram a estar à margem da sociedade.

O resgate destes valores de identidade, de reconhecimentos de suas tradições e amplitude de compreensão do mundo acontece quando projetos socioculturais são elaborados e aprofundados. Eles encontram verdadeiro impacto e relevância quando desenvolvidos em comunidades que não são assistidas, que não são reconhecidas. Através dos programas socioculturais, todo grupo de jovens, idosos, adultos, dentre outros, volta a ser membro presente e relevante de uma sociedade.

O impacto sociocultural cria laços e amplia conhecimento

O impacto sociocultural advém de ações que promovem atividades de conhecimento de música, literatura, dança, artes plásticas, arte de rua, etc. Entretanto, ao mesmo tempo, também cria laços com a comunidade, amplia os conhecimentos, desenvolve culturalmente a região e prepara para o mercado de trabalho. Tudo isso é gerado quando o interesse volta-se para o indivíduo e os grupos que fazem parte da sociedade.

Para que um projeto tenha impactos socioculturais relevantes dentro daquele grupo, é preciso haver sérios interesses e a projeção de um planejamento especializado e engajado. Neste momento precisam ser avaliadas as necessidades do grupo, o espaço físico disponível para o desenvolvimento, as limitações diretas e indiretas, a faixa de idade e despertar o interesse de participação.

A transformação de crianças e adolescentes a partir de projetos socioculturais

Em uma comunidade em que não tenha atividades de lazer e cultura para as crianças e adolescentes antes e depois da escola, um projeto de música traz impactos socioculturais imensos. Primeiro porque desperta o desejo pelo que é novo, também porque nesta faixa de idade a música faz parte do cotidiano da juventude despertando o interesse. Além disso, ainda cria oportunidades de descobrir e desenvolver talentos para, por fim, inseri-los na sociedade e no mercado de trabalho. A função, ao final, é integradora porque trabalha completamente com a vida daquele jovem, em todos os seus aspectos.

Este é o conceito de impacto sociocultural em sua visão prática, o quanto ele pode ser transformador para um indivíduo, um grupo e toda comunidade. A questão vai mais além do que um conjunto de atividades, mas o reconhecimento das necessidades específicas de uma sociedade que está à margem. E toda esta transformação acontece quando atividades dinâmicas, participativas e criativas são criadas, desenvolvidas e estimuladas.

Saiba quais são os direitos básicos de toda e qualquer criança

A conquista de direitos básicos para as crianças no Brasil, infelizmente, é recente. Antes de 1990, esses direitos eram reservados aos pais, responsáveis legais e ao próprio Estado.

Estatuto da Criança e do Adolescente

Essa história começou a mudar em de 13 de julho de 1990, data em que foi criado esse estatuto ou código, como é chamado por alguns. O ECA vai tratar especificamente a questões sociais e legais que devem ser oferecidas a crianças e adolescentes de todo Brasil, concedendo dessa forma proteção e cidadania já abordadas na formulação da Constituição, promulgada em 1988.

A própria Constituição possui um artigo, o ART. 227, que se relaciona com a família, à sociedade e ao Estado a tarefa de realizar um sistema responsável pela efetivação dos direitos das crianças brasileiras.

Depois do nascimento do ECA é que ficou reconhecido para o Estado brasileiro, que para ser considerado “criança”, a pessoa deve ter até 12 anos incompletos e “adolescente” de 12 a 18 anos, mas em alguns casos excepcionais o ECA pode ser empregado para aqueles entre 18 e 21 anos.

Os direitos e deveres estipulados pelo estatuto são vários, que vão desde a prioridade à direitos referentes à vida, saúde, à alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, e uma convivência familiar e com a comunidade digna. Passou a ser dever do Estado também dar a garantia às crianças e adolescentes de formação no ensino fundamental e médio de forma gratuita e prioridade no atendimento médico quando necessário.

Quais eram os direitos das crianças antes disso, afinal?

Antes de ser criado o estatuto, alguns ordenamentos jurídicos eram direcionados a proteção dos menores de idade. Estes ordenamentos, no entanto, eram voltados a jovens abandonados ou infratores, não sendo de fato uma proteção de direitos humanos voltados especificamente para todas as crianças e os adolescentes.
Voltando alguns anos na história brasileira, lá em 12 de outubro de 1927, foi criado, por assim dizer, o primeiro dispositivo que fazia uma referência aos jovens, o chamado Código de Menores.

Esse código surgiu como uma demanda do primeiro Juizado de Menores do Brasil, que foi criado em 1923, pelo jurista José Cândido de Albuquerque Mello Mattos, que também era um juiz de menores do Brasil.

Esse código, na época, teve um papel relevante pois regulamentou o trabalho infantil, prática comum naquele período, e também estabeleceu regras e punições para jovens que cometessem infrações.

Em 1942, ano em que o Brasil apresentava uma administração autoritária e mesmo período em que o país havia rompido as relações diplomáticas com a Alemanha, o Japão e a Itália, foi criado o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), percursor Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (Funabem), que nasceria anos depois, apenas em 1964.

Novamente, esse serviço era voltado para jovens infratores e mores abandonados, que eram levados para reformatórios ou instituições de ensino para terem uma formação técnica.

É dever de todos nós fazer da nossa sociedade um local seguro e acolhedor para as nossas crianças e adolescentes, estes que são o futuro do nosso país.