Heitos Villa-Lobos: a brilhante carreira do maestro e compositor

Poucos fazem ideia da importância e da dimensão do trabalho deste músico autodidata e brilhante, mundialmente reconhecido por suas obras únicas e com uma pegada bastante brasileira.

Entenda sobre a história do maior compositor brasileiro de todos os tempos e conheça suas principais composições.

Biografia

Heitor Villa-Lobos, nascido em 5 de março de 1887, no bairro de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, nasceu em berço agraciado pela cultura: era filho de Raul Villa-Lobos, responsável pela direção da Biblioteca do Senado, além de musicista nos momentos vagos.

Villa-Lobos sempre possuiu um gosto musical bastante eclético, passeando tanto pelos ritmos populares, como clássicos. Compôs sua primeira música aos seis anos de idade, após ter aprendido sozinho a tocar violão, ainda muito cedo.

Seu pai, percebendo a influência musical em sua vida, fez com que aprendesse, também, a tocar violoncelo e clarinete, abrindo seus horizontes musicais.

Quando atingiu os 12 anos de idade, sua família começou a enfrentar graves dificuldades financeiras. Além disso, não mais podia contar com a presença de seu pai. Uma tia de Villa-Lobos o convidou a morar em sua casa, quando chegou aos 16 anos, a qual ensinou-o a tocar piano.

Durante esta época, era notório frequentador do Cavaquinho de Ouro, frequentado por compositores de chorinho, que à época não eram bem-vistos pelas castas mais abastadas.

Principais trabalhos

O “Trenzinho do Caipira”, sem sombra de dúvidas, é a obra mais célebre de Heitor Villa-Lobos. A música foi criada em 1931 e sua inspiração foi a sequência de viagens realizadas pelo maestro e compositor ao redor de São Paulo.

Um dos objetivos da obra é simular o movimento das locomotivas, através dos instrumentos musicais, sendo parte fundamental da série “Bachianas Brasileiras no 2”.

As bachianas brasileiras misturam estruturas musicais muito comuns nas obras de Bach com procedimentos melódicos típicos da musicalidade brasileira. Bach, inclusive, é uma das influências mais centrais na obra de Villa-Lobos e serve como base para grande parte de seus trabalhos.

Villa-Lobos compôs de tudo um pouco:

– Bachianas;
– Obras sacras;
– Óperas;
– Sinfonias;
– Concertos diversos;
– Etc.

As primeiras obras de sua carreira são: “Suíte Floral para Piano” (1914), “Danças Africanas” (1914), “Uirapuru” (1917) e “Canto do Cisne Negro para Piano e Violoncelo” (1917).

Por incrível que pareça, seu trabalho nem sempre era bem recebido: por criar diversas inovações musicais dentro da música clássica, sofreu pesadas críticas de vários músicos mais tradicionalistas e presos a padrões passados.

Heitor Villa-Lobos faleceu em 1959 e deixou para o mundo uma herança de mais de 700 composições.

Outras atribuições

O maestro foi o primeiro a preencher a cadeira de presidente da Academia Brasileira de Música, além de ter recebido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova York, por conta de sua obra.

Ainda hoje, é um dos compositores brasileiros mais prestigiados no cenário musical internacional, levando há décadas um pouco da cultura brasileira para o cenário musical global.

Assim como Villa-Lobos, também estamos comprometidos a garantir que a cultura chegue a quem precisa. Conheça nosso trabalho agora:

Chico Buarque: a história e carreira do músico brasileiro

Chico Buarque é o que muitos chamam hoje de artista multimídia. Cantor, compositor, escritor, dramaturgo, além de bastante ativo na política. Esse carioca nascido em 1944 é um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Recentemente, Chico teve grande destaque na sua carreira como escritor, ao ser reconhecido com o Prêmio Camões 2019, um dos maiores da literatura de língua portuguesa.

Vamos conhecer um pouco mais sobre a história e carreira de Chico Buarque e ver como sua obra influenciou e continua influenciando várias gerações de brasileiros.

Primeiros passos

Filho de Sérgio Buarque de Hollanda, um importante historiador e sociólogo, e de Maria Amélia Cesário Alvim, uma pianista amadora, Chico é o quarto dos sete filhos do casal. A música sempre esteve presente na vida do menino, já que a casa era ponto de encontro de vários artistas, entre eles Vinícius de Moraes.

Na adolescência, compôs suas primeiras canções, que eram marchinhas de carnaval e pequenas óperas. Aos 15 anos, fez sua primeira composição, “Canção dos Olhos”, em 1959. No ano de 1964, gravou sua primeira música, “Marcha para o Sol”.

Nessa época, em 1963, Chico Buarque entrou para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), mas largou dois anos mais tarde para se dedicar à carreira artística.

Sucesso e ditadura

Chico começou a ganhar destaque no cenário nacional ao participar dos festivais de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record na época. A canção “A Banda”, interpretada por Nara Leão, ganhou o primeiro lugar no festival de 1966, empatada com a música “Disparada”.

Nos anos seguintes, fez sucesso com “Roda Viva”, cantada pelo próprio Chico junto com o grupo MPB4, e com “Sabiá”, canção vencedora do 3º Festival Internacional da Canção, em parceria com Tom Jobim.

Com o advento da ditadura militar no Brasil, em 1964, Chico Buarque foi um dos maiores críticos ao regime. Ele teve várias de suas músicas censuradas, a primeira delas foi “Tamandaré” e chegou a ser levado para o DOPS.

Entre 1969 e 1970, passou um período auto exilado em Roma, para se afastar das represálias mais violentas. Para driblar a censura, chegou até a adotar o pseudônimo Julinho da Adelaide durante um tempo, mas usou todo o seu brilhantismo e inteligência em suas composições.

Duas de suas obras mais notáveis, “Cálice” e “Apesar de Você”, contém críticas veladas à ditadura militar e também chegaram a ser censuradas.

Artista completo

Chico se interessou por literatura desde jovem e publicou suas primeiras crônicas no jornal do Colégio Santa Cruz. Em 1967, trabalhou como ator no filme “Garota de Ipanema” e publicou sua primeira peça de teatro no ano seguinte, “Roda Viva”.

Outras das suas obras teatrais mais conhecidas são Calabar, Gota d’Água e Ópera do Malandro. Chico também publicou vários livros, entre os mais famosos estão:

– “Estorvo”, primeiro romance;
– “Benjamim”;
– “Budapeste”;
– “Leite Derramado”;
– “O Irmão Alemão”;
– “Essa Gente”.

Como escritor, ganhou três prêmios Jabuti e o Prêmio Camões, único músico a ter essa conquista na história da premiação.

Arte cinética: entenda o que é e como ela funciona

Não é de agora em que estudos dizem o quanto a arte e cultura podem oferecer diversos benefícios para o corpo e para a mente. Tratando-se de Artes Cinéticas, não é diferente.

Capaz de dar movimento a objetos e imagens estáticas, o cinetismo produz efeitos positivos e duradouros para quem a pratica. Quer saber mais? Então, leia o post até o final e saiba tudo sobre o mundo das Artes Cinéticas e seus benefícios.

O que é Arte Cinética?

Também conhecida como “cinetismo”, é a representação de um movimento artístico moderno de Artes Plásticas, que aconteceu em Paris, na década de 50. Como menciona o próprio nome, a Arte Cinética traz uma arte dinâmica e vibrante, tendo a sua característica principal o movimento através da pintura e da escultura.

Como funciona

A Arte Cinética é acoplada a diversas características e processos que, juntas, promovem uma ideia de movimento. Para entendermos como ela funciona, precisamos entender as suas características. Veja, abaixo, quais são:

– Obtém processos matemáticos, geométricos e conhecimento em Engenharia para que possa acontecer;
– Valoriza a interação do espectador com a arte formada;
– Para gerar movimento, elementos como sombra, efeitos de luz e cores precisam estar em harmonia para que o efeito cinético possa acontecer;
– Materiais como metal, madeira e plástico são utilizados para a criação da obra;
– Formatos repetitivos e simples são os objetivos centrais da Arte Cinética;
– Para dar o efeito de mobilidade, são usados recursos como água, motores mecânicos e vento no processo de criação;

Assim, podemos entender que o real objetivo da Arte Cinética é romper a tradição estática de pinturas e esculturas, fazendo com que estas artes não apenas expressem ou representem um determinado movimento, mas que estejam em movimento.

Benefícios da Arte Cinética

A Arte Cinética, bem como todos os tipos de arte presentes na humanidade, produz diversos benefícios para quem a pratica constantemente. Veja, abaixo:

1. Fortalece conexões

A arte trabalha com a troca de:

– Energia;
– Sentimentos;
– Expressões;
– Sensações.

Assim, por meio dessa troca, é possível compreender o valor de si mesmo e do próximo, bem como o que podemos considerar de mais importante na vida.

2. Diminuição do estresse e ansiedade

Já que a Arte Cinética possibilita a expressão interna, por meio da criatividade, é cientificamente comprovado que esse processo diminui, consideravelmente, os níveis de estresse e de ansiedade.

Em contrapartida, a criatividade é estimulada de forma constante, ativando um senso de questionamento e raciocínio lógico mais apurado.

3. Melhora a memória e aumenta a concentração

Sem dúvidas, o contato com a arte estimula uma maior concentração e auxilia na memória. As diferentes manifestações artísticas exigem a concentração para a criação, além de uma memória considerável para buscar imagens mentais já vistas para auxiliar na inspiração e, consequentemente, no processo criativo.

Conforme vimos, a Arte Cinética traz o movimento a esculturas e pinturas estáticas. Além de ser visualmente agradável, ela também atua positivamente no aspecto psicológico e emocional de quem a pratica.