Como o RAP nacional fortalece e incentiva os jovens a encontrarem realização e voz perante a sociedade

A arte e a cultura são formas de expressões sociais que dão vozes a quem, geralmente, não encontra espaço na grande mídia, a exemplo da televisão e rádio. A partir dessas ferramentas, culturas se fortalecem, criando identidades no âmbito da sociedade.

Um exemplo nesse sentido que podemos destacar é o RAP nacional. Trata-se de um gênero musical que possibilita que as vozes dos jovens sejam escutadas. Para saber como o RAP nacional ajuda nesse sentido, continue a leitura!

RAP nacional: gênese e contexto histórico

O RAP nacional é um gênero musical que faz parte do movimento Hip-Hop e, no Brasil, ele está associado a culturas de comunidades periféricas. Tanto isso é verdade que a maioria dos grandes nomes do RAP são oriundos de comunidades periféricas, sendo um exemplo nesse sentido o Emicida.

Nesse contexto, cabe dizer que o RAP nacional surgiu, no Brasil, em meados da década de 1980. A origem do RAP nacional foi associada, vale destacar, à criminalidade, mas ao longo do tempo ele foi identificado como um estilo musical que é capaz de revelar os sentimentos e formas de pensar de um grupo social, precisamente dos jovens que moram em periferias, regiões consideradas esquecidas pelas autoridades públicas.

Exemplo de letra que fortalece identidades

No geral, a maioria das letras das músicas do RAP nacional denunciam as condições de vida dos jovens que residem em periferias ou apontam elementos que revelam a desigualdade social e econômica que sofrem.

Um exemplo nesse sentido que podemos destacar é a música Sorriso Favela, de Emicida, precisamente o trecho que evidenciamos a seguir: “Vendo homens, barracos e morros sem socorro… Num lugar, sem esperança, nada…Sem luz que possa inspirar… Resta buscar o melhor pra construir seu lar”. É um trecho que revela, como se pode observar, que muitos barracos e morros sobrevivem sem o socorro de quem deveria garantir toda assistência possível, em áreas como saúde, educação, lazer e esporte, por exemplo.

Como o RAP nacional fortalece a voz dos jovens?

Como se pode ver, o RAP nacional é, ao mesmo tempo, um gênero musical que incentiva jovens a falarem aquilo que desejam em relação ao seu mundo, ao mundo em que vivem. Além disso, se coloca como um espaço capaz de projetar vozes e de fortalecer identidades.

A partir do RAP nacional, os jovens podem falar sobre seus problemas e os problemas de sua comunidade, revelando para todos aspectos relacionados aos seus direitos e o não reconhecimento deles por parte das autoridades públicas.

É, portanto, um excelente instrumento de arte, capaz de garantir que as vozes dos jovens sejam escutadas, ouvidas por todos aqueles que podem colaborar para que suas demandas sejam atendidas. Por meio do RAP nacional, os jovens podem se sentir inspirados a falarem mais sobre seus problemas e os problemas que enfrentam em suas comunidades.

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Quais ações devem ser tomadas para a combater a desigualdade no Brasil?

O Brasil é um país extremamente desigual. Apesar de possuir o 8º maior PIB do mundo, junto com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,699, considerado alto. Ainda assim, a desigualdade social brasileira salta aos olhos quando lembramos que existem pessoas que morrem de fome e sem acesso a serviços básicos de sobrevivência em nosso país. Quais ações devem ser tomadas para se combater a desigualdade social do Brasil? Neste texto, falaremos mais sobre isto. Confira!

A desigualdade e suas consequências

O Brasil é considerado o 9º país mais desigual do mundo. Ao passo que temos alguns bilionários em nosso país, é alto o número de pessoas que precisa sobreviver com menos de dois reais por dia – a chamada miséria abaixo da linha da pobreza. O que levou a este cenário?

São diversos os fatores. Alguns deles vêm do tempo colonial. Outros estão baseados em relações de exploração, corrupção e ineficiência do poder público, que falha em distribuir renda e aprisiona pessoas na pobreza.

Como consequência da desigualdade social, além da pobreza, também há muita violência e criminalidade no Brasil. Falta educação, portanto, a falta de instrução e cultura das pessoas também diminui sua felicidade e a capacidade de mudar de vida.

Atacando a desigualdade em várias frentes

O problema da desigualdade não é uma exclusividade do Brasil, muitos países lutam para tentar diminuir esta mazela, de diferentes maneiras. De forma geral, uma política bem sucedida pode diminuir a desigualdade social e agir principalmente em duas frentes: distribuir a renda e preparar a população para prover a sua própria riqueza.

Para diminuir a desigualdade social, normalmente os governos tomam ações que entregam poder de compra às pessoas mais pobres. Seja através de políticas indiretas, como oferecer facilidades para financiar casas, ou diretamente, oferecendo uma bolsa mensal a famílias carentes.

Este tipo de política dá uma injeção instantânea de consumo, emprego e de renda na economia do país, ajudando a população pobre a produzir, trabalhar mais e viver melhor. Porém, ela tem altos custos em verbas e gera um tipo de retorno a curto prazo, mas com alcance limitado para os anos que virão.

A maneira mais eficiente de se combater a desigualdade social é investir diretamente no povo através de saúde, educação e cultura. Com saúde, as pessoas têm mais energia e capacidade para trabalhar, estudar, produzir e pensar. Com educação, as pessoas estão mais preparadas para se integrar ao mercado de trabalho, ter alta produtividade, gerir bem o próprio dinheiro e fazer investimentos.

Com cultura, as pessoas adquirem mais instrução, mais sensibilidade, mais noção de sociedade, justiça e paz, além de também se tornarem produtores e consumidores culturais, melhorando a vida da nação como um todo. Como estas políticas costumam levar anos para mostrar resultados positivos, nem todo governo realiza investimentos nestas áreas como deveria.

Valorize e apoie as iniciativas públicas e privadas de incentivo à educação e à cultura em sua região. Assim, você estará fazendo bem a todas as pessoas atendidas e ao país todo!


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Cultura brasileira e a linha tênue entre a diversidade e a desigualdade

Cultura brasileira e a linha tênue entre a diversidade e a desigualdade

A história da cultura brasileira é de notória miscigenação. Quando os portugueses chegaram ao que hoje corresponde ao Brasil, índios habitavam o território, sendo eles os verdadeiros pioneiros da região, que ao contrário do imposto pela história, não foi descoberto e sim encontrado. Com o tempo, escravos trazidos da África também chegaram à região, sendo o Brasil fortemente marcado por um regime escravocrata que durou, aproximadamente, 400 anos.

No decorrer do tempo, outras nacionalidades foram se estabelecendo no país, como os italianos, por exemplo, que no século XIX chegaram de forma expressiva no território brasileiro. O que configura o Brasil como um país diversificado, miscigenado e rico culturalmente. Todavia, é fundamental ter o discernimento de que a diversidade social ocasionou forte polarização e uma desigualdade social que perdura na história da região.

A desigualdade social brasileira foi semeada desde a chegada dos portugueses, que impuseram sua cultura e religião aos povos nativos da América. Sempre agindo como superiores, disseminaram um elitismo cultural e de viés fortemente racista, que carrega marcas até à contemporaneidade.

Marcas da escravidão

O regime escravocrata no Brasil foi avassalador, dizimou muitos negros e foi marcado por extrema violência. Ou seja, africanos vieram ao Brasil para exercer mão de obra, forçada, especialmente na mineração e na agricultura. O que configura os primórdios do território brasileiro como fruto da miscigenação entre índios, escravos oriundos da África e portugueses, basicamente.

Um dos elementos crônicos oriundos das reminiscências da chegada dos portugueses ao continente hoje denominado Brasil é o racismo estrutural. O racismo estrutural caracteriza-se por ser velado, indireto, sendo perceptível por meio de estatísticas, como os dados socioeconômicos, por exemplo, que asseguram uma disparidade entre a renda de brancos e negros, a escolaridade entre ambas as etnias, até mesmo o número de assassinatos entre estas, além de outras especificidades negativas.

Genocídio indígena

A história dos indígenas é igualmente brutal. Foram tratados primeiramente como selvagens, pelos europeus, em seguida, taxados de preguiçosos. Quando resolveram resistir, em defesa do território que era deles, foram acusados de impedir o progresso, dizimados, restando, hoje, poucas tribos, em comparação ao que existia em tempos remotos.

Até hoje o índio luta por um lugar ao sol, seja tentando seguir uma carreira formal, ingressando na universidade, ou lutando para manter sua terra e pela integridade de suas tribos.

Diversidade e desigualdade são conceitos complementares no Brasil

Ou seja, existe diversidade cultural no Brasil, mas ela está intrinsecamente ligada ao conceito de desigualdade social. Negros e indígenas estão à margem da sociedade, ainda, mesmo com políticas hoje voltadas para sua integração social. É preciso admitir que nos últimos anos, mudanças significativas ocorreram, como cotas, por exemplo.

Contudo, o cenário contemporâneo é assustador, com discursos que constantemente vulgarizam o impacto de políticas públicas visando equidade. É preciso dimensionar a desigualdade social, compreender que ela é crônica. Vive-se em um país com perspectivas eurocêntricas, um país que mesmo com ações visando ingressar etnias marginalizadas na Universidade e no mercado de trabalho, é constantemente ameaçada e no governo atual sofre riscos reais de retaliação e perdas de direito.

Enquanto os negros, os indígenas e as demais etnias continuarem marginalizadas e claramente viverem em condições de infraestrutura inferiores, a diversidade cultural prosseguirá vivendo em paralelo à desigualdade social. Ações afirmativas são imprescindíveis neste cenário caótico, em que negros e outras minorias lutam até para chegar vivo em suas residências. Não há mais tempo para intolerância.


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A desigualdade do acesso à cultura no Brasil