Qual a importância da educação musical na escola?

No nosso dia a dia somos submetidos aos mais variados estímulos sensoriais, principalmente os visuais e auditivos, porém, não costumamos percebê-los de modo adequado e que nos proporcione a melhor experiência de vida. No que diz respeito aos estímulos auditivos, mais precisamente à música, há um vasto horizonte que pode, e deve, ser desenvolvido nas escolas.

Nesse contexto, nós da Sociedade Artística Brasileira (www.sabra.org.br) preparamos este artigo onde abordaremos a importância e os principais benefícios da educação musical na escola. Vale ressaltar que nossa filosofia é proporcionar a construção do futuro das crianças, adolescentes e jovens utilizando a música, de modo que pequenos gestos possam transformar vidas!

Melhoria do processo cognitivo

Você já deve ter ouvido falar que a música é capaz de despertar habilidades e melhorar o raciocínio lógico das pessoas. Esse efeito é percebido em todas as faixas de idade, no entanto, ocorre em maior intensidade em crianças, pois seu processo cognitivo está em estágio de maior elasticidade e potencialização.

Há uma forte ligação e estreitamento entre o desenvolvimento musical e o intelectual/cognitivo e, de acordo Aurilene Guerra, mestre em neuropsicologia e professora de Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ao desenvolver e realizar a escuta ativa, o aluno será capaz de ter maior habilidade de concentração, bem como estabelecer melhores resultados cognitivos.

A escuta ativa é uma técnica muito desenvolvida nos exercícios de percepção nas aulas de educação musical e, a partir do treino contínuo, o aluno reúne habilidades que estimulam as atividades cerebrais de maneira mais efetiva. Além disso, aprender a tocar um instrumento desenvolve as habilidades motoras e a coordenação dos movimentos.

Ampliação dos horizontes culturais

A educação musical na escola, principalmente nos primeiros anos letivos é um fator determinante para possibilitar a abertura dos horizontes culturais das crianças e adolescentes, de forma que a música é um elo entre as mais diversas manifestações culturais.

Perceba que a educação musical é como um elemento agregador entre as artes em geral, um elemento que desperta nos alunos o sentimento de sentir e perceber cada manifestação cultural que os cerca de forma plena e abrangente.

Aprendizado de integração

A música tem grande capacidade de integração e, por este motivo, a educação musical é uma disciplina fundamental para a grade curricular de toda escola. Tal integração ocorre em vários níveis e instâncias. Vejamos a seguir:

•Integração entre alunos — a educação musical desenvolve nos alunos o sentimento de grupo, de ajuda mútua, no qual cada um representa parte de um todo;

•Integração entre escola e alunos — a escola torna-se o alicerce de apoio entre a educação musical e os alunos, situação em que os professores desse programa exercem um papel importante de orientação e estímulo;

•Integração entre alunos e sociedade — a integração entre alunos e sociedade provenientes da educação musical desperta a consciência de cidadania e o entendimento de que a música é fundamental para ajudar a transformar vidas.

O aprendizado de integração é contínuo, de modo que a educação musical torna esse processo consistente.

Desenvolvimento da criatividade e sensibilidade

É inegável que a educação musical, a descoberta de sons e melodias, o apreciar dos mais diversos instrumentos e técnicas, permitem um ambiente ideal para que os alunos desenvolvam a criatividade e sensibilidade.

Nesse contexto, o cérebro é submetido aos mais diversos estímulos e desenvolve o processo de neuroplasticidade, ou seja, o sistema neuronal ativa áreas não exploradas anteriormente, de modo que o seu resultado sensorial estimula os mais diversos estágios de sensibilidade emocional e produção criativa.

A história da educação musical brasileira

A história da educação musical brasileira esbarra no próprio descobrimento do país. Pois, quando aportaram em nossas praias, os portugueses trouxeram consigo os jesuítas. Esses, por sua vez, utilizaram das práticas musicais europeias a fim de converter os índios.

Para tanto, as canções e hinos católicos eram traduzidos para o Tupi. Também era comum que fossem utilizados os Autos, monólogos acompanhados por música. Não podemos esquecer, no entanto, que com isso os catequizadores ignoravam a cultura já estabelecida entre os povos nativos.

O nosso período colonial manteve a educação musical atrelada à igreja católica. As exceções eram aulas particulares que tinham um objetivo mais profissionalizante. Terminado este período, o marco para o ensino da música no país foi o ano de 1854. Nesta época foi oficializada a presença da prática nas escolas públicas brasileiras. A lei promulgada então determinava que fossem lecionadas noções musicais e exercícios de canto.

Décadas de 1910 a 1930: Villa-Lobos e o Canto Orfeônico

No início do século XX, dois educadores de São Paulo reorganizaram o ensino já estabelecido na rede pública. Assim, João Gomes Júnior e Carlos Alberto Gomes Cardim começaram a promover o canto coral. Prática essa que foi impulsionada por outros fatores pertinentes ao período, como a popularização do Canto Orfeônico. A finalidade dessa atividade, originada na França do século XIX, era educar e disciplinar através do canto amador. Naqueles tempos diversos manuais didáticos de Canto Orfeônico foram publicados no Brasil.

Na década de 1930, retorna ao país uma das figuras mais importantes na história da educação musical brasileira: Heitor Villa-Lobos. Dez anos antes, o maestro e compositor havia passado uma temporada na França. Foi onde vislumbrou o potencial da música como instrumento educador e entrou em contato com as propostas de Zoltán Kodály. O educador húngaro propunha que além de utilizar o canto coral, devia-se priorizar material folclórico e popular da própria terra.

Dessa forma em 1932 o Canto Orfeônico tornou-se disciplina oficializada nas escolas públicas do Rio de Janeiro. E foi nesse mesmo ano que Villa-Lobos ficou à frente da direção da Superintendência da Educação Musical e Artística (Sema). A instituição tinha por objetivo justamente formar professores de Canto Orfeônico. Em função disso, o país presenciou um crescimento da prática nas décadas de 30 e 40.

Do século XX aos dias de hoje

Os métodos ativos de educação musical passaram a ser introduzidos em escolas especializadas a partir da década de 40. Essa forma específica de ensino da música vicejou especialmente no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador. Já em 1961, foi promulgada a primeira Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB. A partir daí o Canto Orfeônico foi substituído nominalmente pela educação musical. Ainda que não houvesse diferença entre as aulas e metodologias administradas.

No ano de 1971, uma nova LDB foi promulgada, relegando à música papel secundário na disciplina de educação artística. Sendo essa uma matéria de natureza polivalente, exigia-se do docente o domínio de música, teatro, artes plásticas e desenho. Evidentemente esse panorama de expressões artísticas acabava não cabendo no curto espaço de tempo das formações escolares. Além disso, e em detrimento do ensino musical, o foco principal terminava por recair nas artes plásticas.

Com o tempo, o ensino da música terminou praticamente esquecido no país, mesmo com o advento de uma nova LDB em 1996. Na prática, a educação musical ausentou-se das escolas brasileiras por pelo menos 40 anos. Em 2008, um projeto de lei tentou inserir novamente o ensino da música nas escolas.

Como os projetos sociais impactam na educação dos jovens?

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Orquestra Sinfônica – O que é?

A maioria das pessoas compreende que uma orquestra é constituída por um grupo de músicos executando obras em diferentes instrumentos. O conceito parece relativamente simples, mas você já se perguntou quantos devem compor esse conjunto tão característico? Ou mesmo quais instrumentos devem estar presentes para o perfeito equilíbrio artístico e acústico da peça? Dentre tantas dúvidas, destacamos ainda a mais importante: afinal, o que é uma orquestra sinfônica?

A seguir vamos entender melhor esse conceito e diferenciar os principais tipos de orquestra existentes. Partindo do princípio, comecemos definindo a constituição dessa organização musical. Há quatro grupos de instrumentos que devem obrigatoriamente estar presentes. São eles as cordas, as madeiras, os metais e a percussão com ou sem altura definida. Em alguns casos inclui-se ainda um solista ao grupo. Pormenorizando cada esfera dessa organização temos:

Cordas

• Spalla e mais 31 violinos, os últimos divididos entre 1º e 2º;
• 12 violas e 12 violoncelos;
• 8 contrabaixos dos quais um ou dois possuem cinco cordas.

Madeiras

• Com palheta – Oboés, corne-inglês, clarinete, clarone, fagote e contrafagote;
• Com bocal – Flauta transversal e flautim.

Metais

• Trompas, trompetes, trombone e tuba;

Percussão

• Com altura definida: Tímpanos, marimba, xilofone e sinos;
• Sem altura definida: Tamboriles, pandeirola, pratos, dentre outros.

A esses instrumentos pode ser acrescentado um grupo de teclas, representado por piano e órgão, embora não seja obrigatório. É muito comum inclusive que o pianista faça o papel de solista. Curiosamente o piano na classificação do sistema Hornbostel-Sachs é tido como um instrumento de percussão. A razão é que a sua sonoridade depende de um sistema de cordas percussivas.

O número de integrantes de uma orquestra sinfônica pode variar entre 50 e 100 músicos. Não podemos deixar de mencionar ainda o papel do regente. É ele que irá conduzir a peça, sendo, portanto, o seu intérprete. O maestro marca o ritmo musical e as variações interpretativas com o auxílio de uma batuta.

Definição e história da orquestra sinfônica

Uma vez que entendemos a constituição do corpo de uma orquestra podemos partir para a sua classificação. Os principais tipos a ser mencionados aqui são a filarmônica e a sinfônica. A diferença entre as duas se dará no modelo administrativo adotado já que ambas possuem aproximadamente a mesma estrutura.

A orquestra sinfônica é mantida por instituições públicas, ao passo que as filarmônicas são mantidas por entidades privadas. Contudo, devemos ressaltar que essa é uma definição que tem mudado em tempos recentes. Com isso a diferença entre os dois tipos de orquestra vem se tornando cada vez mais nominal.

Grécia Antiga

Quanto à origem do termo, este remonta à Grécia antiga no século V a.C. Seu surgimento se dá mais especificamente nos espetáculos encenados nos anfiteatros helênicos. Os teatros possuíam um espaço posterior ao palco dedicado ao coro e às danças. Ali também se localizavam os instrumentistas. A palavra grega “orkestra” era usada para o local e designava originalmente um lugar destinado à dança.

Entre os séculos XVII e XIX a orquestra foi se aproximando daquilo que conhecemos hoje. Nesse período foi aumentando de 36 para 60 o número de instrumentistas integrantes do corpo. Mas foi apenas com o compositor romântico francês Hector Berlioz que encontramos organizada a orquestra nos moldes contemporâneos. Além das organizações sinfônicas e filarmônicas, podemos citar agrupamentos menores, como as orquestras de câmara. Nesse caso estarão presentes apenas os instrumentos de corda.

Assim encerramos nossas explicações. Agora você não terá mais dúvidas na hora de conceituar o que é uma orquestra sinfônica. Lembrando que dentre os maiores destaques no Brasil temos a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, e claro, a Orquestra Sinfônica Brasileira.

Como os recursos do FIA ajudaram na aquisição de violoncelos para a SABRA?

A Sociedade Artística Brasileira SABRA mantem, desde 2013,  a Orquestra Sinfônica de Betim constituída por jovens músicos. Trata-se de um grupo que proporciona a seus integrantes a transição entre o ambiente acadêmico e o profissional. No momento, vários ex-integrantes já atuam profissionalmente em Orquestras de todo o Brasil.

Como os recursos do FIA ajudaram na aquisição de violoncelos para a SABRA?

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