BEBÊS E MÚSICA

Ciência: bebês que ouvem música clássica ficam mesmo mais inteligentes?

Bebês e crianças que escutam música clássica são beneficiados de diversas maneiras, como já falamos em outro texto aqui do blog. Mas hoje vamos falar do “efeito Mozart” em algo bem específico: o de que ouvir composições eruditas durante a gravidez deixa os filhos mais inteligentes.

A ideia é tão popular que várias empresas comercializam kits e materiais de obras clássicas voltados para pais e filhos. Ao mesmo tempo, muitos casais, pais e mães compram esses produtos porque entendem que o investimento em DVDs e CDs instrumentais é bom para o desenvolvimento cognitivo do feto.

Mas como esse mito surgiu? E o que a ciência diz sobre isso? Se você ficou curioso, calma que vamos responder todas as perguntas daqui a pouco.

Como o mito do “efeito Mozart” surgiu?

Tudo começou em meados da década de 90, quando a psicóloga Frances Rauscher publicou um estudo na famosa revista de divulgação científica Nature. Na pesquisa, ela submeteu estudantes universitários a diferentes estímulos musicais.

Alguns alunos ficaram em silêncio por 10 minutos, outros foram expostos a músicas de relaxamento, e um terceiro grupo de estudantes ouviu a sonata em Ré maior, que é uma obra do compositor austríaco Amadeus Mozart.

Em seguida, todos os estudantes foram submetidos a diversos testes. O resultado final revelou que quem havia escutado Mozart atingiu melhores resultados nas avaliações. Desde então, o “efeito Mozart”, como foi chamado, ganhou popularidade nos meios de comunicação e na sociedade.

Consequentemente, as mães passaram a ouvir música clássica não apenas após o nascimento dos filhos, mas desde o início da gravidez. Para impulsionar os resultados, algumas empresas vendem inclusive fones de ouvido para serem colocados na barriga das grávidas, no intuito de desenvolver a inteligência de seus bebês.

A ideia não conquistou somente os pais. Há relatos de que um governador dos Estados Unidos ordenou que todas as mães do seu estado recebessem CDs com música clássica.

O que a ciência fala sobre isso? É mito ou fato?

O tema é polêmico e já resultou em depoimentos provocativos nos meios de comunicação. Mas a Dra. Rauscher e outros cientistas da equipe que realizou o teste afirmam que a pesquisa nunca afirmou que a música clássica deixa os bebês mais inteligentes.

Em termos objetivos, dizem que o estudo pretendia avaliar somente o impacto da música clássica na realização de tarefas espaciais e temporais. Além disso, ele não foi realizado com bebês e crianças, e sim com estudantes universitários, e somente 36 alunos participaram do teste.

Outra evidência que enfraquece o “efeito Mozart” é a de que nenhum outro centro de pesquisa conseguiu replicar o teste com os mesmos resultados. Isso sugere que o melhor desempenho entre o grupo de alunos que ouviu Mozart pode ser reflexo do acaso, ou seja, de níveis superiores de inteligência já existentes anteriormente.

Desde 1993, muitas pesquisas já foram realizadas sobre o assunto. O que se apontou, de fato, é que a música clássica promove benefícios cognitivos, melhora a concentração, desenvolve a audição, auxilia no estudo linguístico e de matemática, entre outros. Mas o resultado também é obtido com outros compositores (não necessariamente Mozart) e é ainda mais relevante quando a pessoa está aprendendo a tocar um instrumento musical e não apenas ouvindo música.

E por fim, a ciência ainda não comprovou que há, realmente, aumento da inteligência. No entanto, ninguém deve parar de ouvir música clássica por isso, pois ainda assim há diversos outros benefícios para ouvintes e músicos.

Se você gostou deste post:

– siga as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no Twitter e no YouTube!

– Conheça o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– entre em contato com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– Compartilhe este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

NAIPE DAS MADEIRAS

Conheça os instrumentos do naipe de madeira

Assim como a família dos metais, o naipe de madeiras é formado basicamente por instrumentos de sopro, como flauta, flautim, oboés, corne inglês, clarinetes, fagotes e contrafagotes. Mas ao contrário do que o nome dá a entender, nem todos os instrumentos são feitos de madeira.

As flautas doces, por exemplo, são de metal, assim como o saxofone. E para quem estranha o saxofone estar nessa família, explicamos: apesar de feito de metal, suas características de funcionamento se assemelham às dos instrumentos do naipe de madeira. Já a flauta, até pouco tempo atrás, era de madeira, então mesmo quando surgiram as versões metálicas elas permaneceram nesta família.

Com isso, podemos concluir que os instrumentos não são definidos pela matéria prima e sim pelo funcionamento, principalmente pelas palhetas e pelo sistema de chaves.

Na orquestra, a família das madeiras fica no centro, em frente ao maestro e logo acima e atrás das cordas. Geralmente as flautas e oboés vem primeiro e os clarinetes e fagotes logo atrás, em frente aos metais. Esses instrumentos são responsáveis pela ligação entre as cordas e os metais e ajudam a manter a afinação da orquestra.

Vamos conhecer mais sobre os instrumentos desse naipe?

Flauta

A flauta é um dos instrumentos mais conhecidos no mundo. Ela é formada basicamente por um tubo cilíndrico que conta com um bocal em uma extremidade e a saída de ar na outra. Além disso, há diversos orifícios no seu corpo.

O princípio de funcionamento é bem simples: o músico assopra ar e a combinação de orifícios abertos e fechados é o que define as notas musicais e os sons.

A flauta transversal é tocada na posição horizontal e a flauta doce ou de bico é utilizada no sentido vertical. Apesar de ser um dos mais antigos instrumentos musicais, só começou a fazer parte das orquestras no século XVII.

Flautim

Também chamado de piccolo, o flautim se assemelha à flauta tanto no nome quanto na forma, apesar de ser menor e mais fino. Consequentemente, a sonoridade do flautim é mais aguda.

Oboé

O Oboé é um tubo cônico feito de madeira com elementos metálicos no seu corpo e conta com palhetas duplas. Assim como a flauta, registros apontam que já era usado na Antiguidade por civilizações orientais, mas somente no século XVII foi incorporado às orquestras.

Fagote e Contrafagote

Assim como o oboé, o fagote também é um tubo cônico de madeira com palhetas duplas, porém maiores. É o instrumento mais grave da família de madeira e o instrumentista pode escolher diferentes comprimentos de bocal, cada qual com um efeito diferente nas notas. Existem basicamente três tipos de fagote: o Requinta, o Em Dó e o Contrafagote, sendo este último maior e com som mais grave.

Clarinete

Os clarinetes são tubos cilíndrico, feitos geralmente de madeira ébano, e contam com cinco partes: boquilha para sopro, barrilete, campânula, palheta e corpo. Há semelhanças com o oboé, porém o clarinete tem formato cilíndrico e não cônico. Além de integrar as orquestras, o instrumento é bastante utilizado na música popular brasileira, como MPB, choros e sambas.

Corne inglês

Compartilha muitas características físicas e de funcionamento com o oboé. Por isso, há quem considere esse instrumento como um oboé tenor, ou seja, um oboé mais agudo.

Saxofone

Também chamado carinhosamente de “sax”, foi criado em 1846 pelo músico Adolphe Sax. Ao contrário do que ocorreu com a maior parte dos instrumentos musicais, que foram evoluindo e sendo transformados no decorrer do tempo, o saxofone foi inventado de forma independente. É composto por um tubo cônico, com 26 orifícios com aberturas controladas, as sapatilhas são de couro e a palheta de bambu. Faz parte das orquestras, mas foi no jazz que ganhou fama mundial.

Se você gostou deste post:

– siga as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no Twitter e no YouTube!

– Conheça o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– entre em contato com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– Compartilhe este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

NAIPE DOS METAIS.

Conheça os instrumentos da família dos metais

Nas orquestras, os instrumentos musicais são divididos em famílias ou naipes, como já explicamos em outro texto (https://www.sabra.org.br/site/quais-instrumentos-fazem-parte-de-uma-orquestra). Uma dessas famílias é a dos metais, que é formada basicamente por instrumentos de sopro, como a corneta, a surdina, a trompa, o eufônio, o clarim, a vuvuzela, o berrante, o melofone, a bucina, entre outros. Mas os representantes mais conhecidos são o trompete, a trompa, a tuba e o trombone.

Estes instrumentos são constituídos principalmente por duas matérias-primas: latão e bronze. No entanto, com a evolução das técnicas construtivas e da engenharia de materiais, atualmente também são utilizadas outras composições de ligas metálicas.

Em termos de formato, todos os instrumentos dos metais tem um bocal em uma das extremidades, onde a boca do músico fica apoiada para assoprar o ar e vibrar os lábios. Já na outra extremidade fica a campânula, por onde o ar sai junto ao som. Além dessas duas características, o formato e o tamanho dos instrumentos varia bastante, o que acaba definindo as diferentes sonoridades de cada um.

Vamos conhecer um pouco mais sobre os instrumentos mais populares dessa família?

Trompete

O trompete é o instrumento mais agudo do naipe dos metais. Acredita-se que ele foi criado tanto para que pastores chamassem e reunissem seus rebanhos quanto para espantar os maus espíritos em rituais mágicos e religiosos.

Nessa época, o trompete ainda era feito com materiais como cerâmica, ossos e madeira. Foi somente com os romanos que passou a ser construído a partir de metais e adquiriu também uma nova finalidade, integrando a rotina das tropas militares.

Alguns tipos de trompetes existem há centenas (ou milhares) de anos, como o trompete tibetano e a bucina romana. Já outros são mais recentes, como o trompete em Si Bemol (o mais popular atualmente), o trompete de varas, o piccolo e o de chaves.

Os músicos especializados no trompete são chamados de trompetistas. Apesar de integrarem as orquestras sinfônicas, foi no jazz que grandes nomes como Louis Armstrong, Miles Davis, Arturo Sandoval e Thad Jones foram eternizados.

Trompa

Também muito antiga, inicialmente a trompa era feita de chifres e depois de cerâmica e madeira. Apenas quando o ser humano dominou o uso dos metais é que o instrumento foi cunhado com essa matéria-prima e evoluiu para diversas adaptações.

Ela é o segundo instrumento mais agudo na família dos metais, seguindo o trompete. A principal característica da trompa é a sua enorme extensão, enrolada sobre si mesma diversas vezes entre as duas extremidades. Por essa forma particular, a trompa permite que o músico extraia muitas variedades de timbres.

Trombone

O trombone é um tipo de aerofone criado em meados do século XV, quando as orquestras estavam surgindo na Europa. A sonoridade deste instrumento é mais aguda que o da tuba e mais grave que a do trompete.

Existem 2 modelos principais de acordo com a forma do instrumento, quais sejam, o trombone de pisto e o trombone de vara. O músico que domina-o é chamado de trombonista, e para liberar o som, ele assopra no bocal enquanto movimenta a vara para frente e para trás com um dos braços, parando em diferentes distâncias.

Tuba

A tuba é o mais recente instrumento dessa lista. Ela surgiu em meados do século XIX e desde que foi criada já ganhou um lugar ao Sol nas orquestras sinfônicas. Existem diversos tamanhos de tuba, como o tenor ou eufônico, o baixo e o contrabaixo. É um instrumento importante na música clássica, mas também ganhou fama em espaços populares, como em bandas de igreja, de música circense e entre os militares.

Se você gostou deste post:

– siga as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no Twitter e no YouTube!

– Conheça o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– entre em contato com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– Compartilhe este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!