CUIDADOS VOCAIS

Cuidados vocais para coristas

No dia a dia, já é comum as pessoas perderem a voz, principalmente após festas que demandam conversas em tom alto, eventos que exigem muito tempo de explanação ou ainda após mudanças bruscas na temperatura externa. Agora vamos pensar nos coristas, que utilizam os músculos vocais e a estrutura respiratória muito mais do que o cidadão comum… Se não tomarem os devidos cuidados vocais, as chances de lesões ou mesmo de rouquidão é grande – e nenhum cantor ou cantora quer ficar sem voz, não é mesmo?

Por isso, separamos alguns cuidados para o dia a dia de integrantes de corais. No intuito de facilitar a leitura, dividimos as dicas em duas categorias: hábitos saudáveis que são altamente recomendados e outros que podem prejudicar a performance e devem serem evitados ao máximo!

O que fazer para cuidar da voz?

Uma das práticas mais importantes na vida de profissionais que trabalham com a voz é o aquecimento e desaquecimento vocal. Isso é tão sério que já dedicamos um artigo inteiro ao tema aqui no blog (ver “Coral: exercícios para aquecimento vocal”).

Em seguida, o tópico número 1 é a hidratação corporal – muitas vezes negligenciada, principalmente em regiões de clima frio. Para manter a saúde vocal é essencial beber muita água durante os ensaios, e é muita água mesmo, pois quando o líquido chega ao estômago, o corpo envia-o primeiro para os órgãos vitais e só depois para outras partes, como as cordas vocais. Se você reparar nos vídeos e shows de celebridades da música, não importa se cantam rock, ópera ou hip-hop, verá que todos tem uma garrafa cheia de H2O por perto.

Por falar em clima frio, baixas temperaturas diminuem a circulação nos vasos sanguíneos e deixam a musculatura contraída, o que pode ter efeitos indesejados na voz. Por este motivo, cantores devem cuidar para manter o corpo sempre aquecido, com atenção redobrada para a região do peito e do pescoço. O ar seco também atrapalha a respiração e o canto. Nesse caso, a solução para quem reside em locais com pouca umidade é utilizar umidificadores elétricos nas casas e escritórios.

Por fim, concordamos que o canto é uma das mais belas expressões humanas, mas nem por isso ela deixa de ser desgastante. Assim como os atletas que demandam força e energia dos músculos, o canto também exige bastante do aparelho fonador. Por isso, coristas amadores e profissionais devem descansar a voz entre os ensaios e as apresentações.

E o que evitar?

Agora que você já sabe o que adotar na sua rotina, vamos à lista de práticas a serem evitadas.

Em primeiro lugar, não fume. E se você tem esse hábito, abandone-o. Além das questões relacionadas ao câncer, a inalação ativa ou passiva da fumaça irrita a garganta e as cordas vocais, podendo afetar o canto e mesmo alterar as características vocais à longo prazo.

E antes dos treinos com o grupo de coral, a dieta deve priorizar alimentos leves e fugir das comidas gordurosas e condimentadas, que podem resultar em refluxo gástrico e atrapalhar o desempenho. Além disso, reduza ou corte os derivados do leite, pois estes aumentam a secreção do muco no aparelho fonador.

Como o grito é uma das coisas que mais agride a laringe, quanto menos o corista gritar, melhor. Por último, mas não menos importante: quando estiver doente escute a sabedoria do corpo e descanse, abandonando os treinos e os exercícios vocais durante alguns dias para poupar a voz e garantir uma recuperação rápida.

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Manutenção do violino

Como limpar e cuidar do seu violino (e outros instrumentos de corda)

O violino é um dos instrumentos mais populares e apreciados no mundo – dentro e fora da música clássica. Afinal, a beleza do som que emite é tão extraordinária que tem a capacidade de elevar a alma humana. Alguns artefatos, como os “Stradivarius”, são considerados até mesmo mitos e certos violinos, produzidos manualmente pelo italiano Antonio Stradivari, têm inclusive mais de 300 anos. Mas, para conservar os instrumentos de cordas friccionadas por tanto tempo, é preciso desenvolver uma rotina de cuidados, para a manutenção da peça e da qualidade sonora.

Mesmo que você não tenha a pretensão de conservar o seu por mais de um século, descubra aqui como limpar e cuidar do seu violino (e outros instrumentos de corda).

Rotina pós-ensaio

Após qualquer prática com o seu violino ou instrumento de cordas, é fundamental estabelecer uma rotina de limpeza antes de guardá-lo na case. Para isso, comece com um pano e dê preferência para tecidos de fibras naturais – como 100% algodão e flanelas, que são menos abrasivos.

Além disso, o suor das mãos libera uma substância chamada ácido úrico, que pode oxidar o verniz, caso você desenvolva o hábito de pegar no corpo do instrumento após os ensaios. Portanto: paninho de fibra natural!

Comece a limpeza passando o pano entre o tampo frontal e o espelho, e depois entre o espelho e as cordas (até a altura da pestana), e logo abaixo do cavalete (até o final da cavidade abaixo do estandarte). Friccione ainda o pano de uma ponta à outra do arco pelo menos três vezes.

Falando em arco, também é muito importante afrouxar a crina dele, que ficou tensionada durante toda a prática. Assim, evita-se que as cerdas acabem alongadas e deforme o arco.

Cuidados de longo prazo

Quem pratica há algum tempo provavelmente já se deparou com a experiência de sentir as cordas grudentas ou perceber que o instrumento está emitindo um som “sujo”. Esses são sinais claros de excesso de breu.

Para resolver, limpe as cordas com um pano de fibras naturais (não use o mesmo da limpeza pós-ensaio) embebido em uma pequena quantidade de álcool 70%. Mas atenção para não deixar o álcool encostar ou pingar na madeira, pois ele mancha o verniz.

O instrumentista também precisa trocar o jogo de cordas de tempos em tempos e a periodicidade vai depender da intensidade dos treinos. Profissionais e amadores com exercícios diários, por exemplo, costumam fazer isso a cada 3-4 meses. E aqui vai uma dica importante: jamais remova todas as cordas de uma vez. Ao contrário, a troca deve ser feita uma a uma, individualmente.

Além disso, confira com frequência o estado do cavalete e, se notar deformações, leve-o para a oficina.

Práticas que devem ser evitadas

Devido ao elevado valor de venda do violino, algumas pessoas têm o (péssimo) costume de tentar consertá-lo em casa, principalmente com fórmulas que um “amigo do amigo” indicou ou que leu em algum blog da internet. Isso é totalmente contraindicado. Os reparos devem ser feito por profissionais!

Colar rachaduras com cola comum, por exemplo, não resolve o problema e ainda danifica o instrumento. Outras práticas perigosas, que além de alterarem o som também diminuem a vida útil do violino, incluem o polimento com ceras inapropriadas, retoques com verniz e outros produtos de acabamento não específicos e desmontar ou lavar o instrumento para a higienização.

Além das tentativas amadoras de reparos, a exposição do instrumento ao calor e aos raios solares também é prejudicial. Ela provoca alterações na madeira, no verniz e nas cordas, podendo danificar ou mesmo estragar o violino.

Por fim, jamais transporte ou armazene o instrumento fora da case. Ela protege a peça da temperatura, da baixa umidade e de acidentes.

Com essas informações em mãos, o seu instrumento poderá acompanha-lo por muitos e muitos anos! Aproveite.

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LER PARTITURA

Aprenda a ler partituras mais rápido

A partitura é para a música o que as letras do alfabeto são para a escrita: uma forma de comunicação ou linguagem. É por meio das notas contidas na pauta que artistas conseguem ler composições e saber o que eles devem fazer e como executar a obra.

O melhor disso tudo é que a linguagem musical é universal, ou seja, não importa a língua nativa dos instrumentistas, todos serão capazes de entender o que está contido na partitura. Mas para tornar-se fluente nesse idioma, o caminho é muito semelhante ao dos demais: praticar, praticar, e persistir até que a linguagem torne-se natural.

Para ajudar os alunos e amantes da música a aperfeiçoarem suas habilidades, separamos algumas dicas para quem quer aprender a ler mais rápido. Tem interesse? Então continue lendo esse texto.

O que é a partitura e para que funciona?

A partitura é uma representação da linguagem musical que contem símbolos e notações próprias deste universo. Pode ser traduzida como o registro sonoro sobre uma folha de papel, que orienta o músico quanto ao ritmo, à melodia e à harmonia das interpretações.

Ela é formada por pautas ou pentagramas, como são chamados os desenhos de cinco linhas horizontais e quatro espaços. As pautas, por sua vez, contêm notações que incluem as notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si), as claves (de sol, de fá, de dó), as colcheias, as fusas, a semibreve, a mínima, a semínima, entre outras figuras.

Reconhecer o significado de cada símbolo musical é fundamental para qualquer estudante ou profissional de música, e o primeiro passo para isso é a alfabetização. Mas assim como nas aulas de língua portuguesa, depois que se aprende a ler, imediatamente surge um novo objetivo: conseguir ler mais rápido.

Por isso, o segundo passo é aperfeiçoar as habilidades de leitura para tocar melhor o seu instrumento e melhorar a performance. Afinal, quanto mais rápido o músico lê a partitura, melhor e mais rápido (ou corretamente) ele consegue executá-la.

Então, como posso ler as partituras de forma mais rápida?

Há poucos atalhos para chegar à perfeição. Por maior que seja a expectativa, melhorar a capacidade individual de ler partituras exige tempo, prática, dedicação e trabalho árduo. É como um novo idioma, por mais que o aluno matricule-se na modalidade intensiva do curso, não é possível tirar o diploma em seis meses.

Mesmo instrumentistas famosos e renomados sentem dificuldade quando entram em contato pela primeira vez com uma partitura, e é somente com os ensaios que evoluem. Por isso, comece estabelecendo pequenas metas semanais ou mensais.

Inicie estudando todos os símbolos que podem existir em uma partitura. Em seguida, aprenda a tocar cada nota musical no seu instrumento no tempo e ritmo correto. Depois, separe algumas partituras com composições simples e analise-as, utilize a voz para executá-las e só depois pegue o seu instrumento para interpretá-la.

O ideal é conseguir tocar uma música nova em menos de 1 hora. Se demorar mais do que isso, busque outras opções ainda mais simples. A dica de ouro aqui é escolher músicas que você conhece e gosta, pois facilitam o aprendizado. Mas lembre-se que é como na escola, alguns livros só são indicados para quem está no ensino médio, e não para crianças. Por isso, tenha paciência. Nas primeiras tentativas, toque vagarosamente, e acelere o ritmo conforme adquirir confiança.

Outra técnica interessante é tocar partituras sem lê-las com antecedência. Parece contraditório com as dicas anteriores, mas na verdade é um exercício complementar. Aqui o objetivo é treinar a capacidade de ação e reação do cérebro e estimular a leitura automática, sem passar pela racionalidade analítica.

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