As diferenças nos estilos musicais do período barroco e clássico

Você sabe diferenciar estilos musicais? A música erudita, mais conhecida como música clássica, povoa nossas mentes e memórias com aqueles grandes e intricados arranjos instrumentais e melodias profundas.

Contudo, dentro da música erudita há diferentes períodos que podem causar confusão para os ouvidos despreparados, mas que na verdade, apresentam distinções cheias de características próprias.

Então, vamos ver dois desses estilos e aprender como diferenciá-los.

Primeiro, vale a pena comentar que é complicado declarar quando um estilo começa e outro termina, mas o que podemos afirmar é que, durante um período, todas as obras musicais passam a partilhar características comuns.

Esses movimentos são carregados de tendências, apresentando um contexto histórico e filosófico da época em que estão inseridos.

Período Barroco

Então, começando pelo Período Barroco, para caráter pedagógico, podemos dizer que tem início no início do século XVII e vai até o ano de 1750, com a morte de Johann Sebastian Bach.

Ele possui três características principais que darão o formato ao estilo. A primeira é o uso do contraponto. Mas o que isso quer dizer? De maneira simplificada, o contraponto é quando se há duas ou mais melodias tocadas de maneira simultânea, se sobrepondo e intercalando entre si.

Outra característica é a ornamentação, que se vale de arpejos, trinados, mordentes e aposturas, todas técnicas para tocar as notas de maneira diferenciada. Muitas vezes, essa ornamentação surgia de maneira improvisada, de modo que não há indicação na partitura.

Isso quer dizer que um músico contemporâneo tem liberdade para acrescentar uma ornamentação durante uma apresentação barroca.

Por fim, é interessante apontar que o piano desse período não possuía o pedal “sustain”, que é aquele pedal dos pianos modernos que ajudam a prolongar o som de uma nota. Sendo assim, na música barroca, o staccato, que é uma articulação que encurta a duração das notas, é uma característica importante.

Período Clássico

Já o Período Clássico, é o gênero que sucede o Barroco, assim, podemos situá-lo entre a metade do século XVIII e início do século XIX.

As composições passam a ser mais estruturadas nesse período, respeitando uma ordem padrão de início, meio e fim, transmitindo um maior equilíbrio entre as ideias.

Ao contrário do Barroco, o Clássico não gosta muito de improvisações. Sendo assim, qualquer tipo de ornamentação só poderá ser tocada se estiver descrita na partitura. Da mesma forma o contraponto é descartado, ou seja, nada mais de múltiplas melodias conversando entre si. Na música Clássica, o som é mais claro e “limpo”.

E aqui há um uso discreto do pedal sustain, que começa a surgir nos pianos. Em contrapartida começa-se a valorizar os crescendos e diminuendos, que são elementos da dinâmica musical, nesse caso, o contraste entre notas mais fortes e notas mais fracas, respectivamente.

Comparando esses estilos musicais podemos ver que eles se contrariam em muitos aspectos.

Assim, treine sua percepção ouvindo os grandes compositores de cada um deles e, logo você conseguirá determinar facilmente a qual período pertence uma obra só ao notar os staccatos, as dinâmicas musicais, o uso ou não de improvisação e até mesmo pelo som do piano.

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Claudio Monteverdi: conheça mais da história desse grande compositor

Claudio Monteverdi: conheça mais da história desse grande compositor

Entre os anos de 1400 e 1600, a Europa vivenciou um verdadeiro “alvoroço” no campo das artes. Qual o motivo? Esses dois séculos formam o período que conhecemos como Renascimento.

Foi durante essa época que quadros como a Mona Lisa e A última Ceia, de Da Vinci, foram pintados e que o teto da Capela Sistina ganhou novos e marcantes traços, pelas mãos de Michelangelo.

Também foi em meio a esses anos brilhantes que nasceu Claudio Monteverdi, considerado um dos maiores compositores da música clássica ocidental.

Visto como um verdadeiro prodígio, Monteverdi produziu sua primeira música aos 15 anos e, aos 20, publicou seu primeiro livro composto de madrigais, principal gênero de canções seculares do século XVI.

Você quer conhecer um pouco mais sobre a história desse importante compositor? Então, é só continuar com gente!

A vida de Claudio Monteverdi

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi nasceu em Cremona, na Itália, em 1567. Quando ainda era um garoto, Monteverdi foi contratado como violinista do duque de Mântua e teve a oportunidade de receber aulas de Ingegneri, o maestro “di capella” do duque.

Suas composições ousadas o tornaram um dos músicos mais influentes da atualidade e também um dos mais polêmicos da sua época, já que continham dissonâncias intencionais, o que causava furor entre seus companheiros de profissão.

Monteverdi foi casado com a cantora Claudia Cattaneo, que veio a falecer em 1607, mesmo ano em que o compositor produziu sua primeira ópera, chamada L’Arianna, especialmente para o casamento de Francesco Gonzaga, Marques de Mântua.

No ano seguinte, Claudio compôs L’Orfeo, que fez ainda mais sucesso e que o levou a ser convidado para ser maestro “di capella” da Basílica de São Marcos, em Veneza, alguns anos mais tarde.

Foi na cidade das gôndolas, aliás, que Monteverdi se dedicou à música sacra, deixando de lado suas antigas composições. No entanto, quando Claudio estava chegando aos 70 anos, Veneza estabeleceu uma série de óperas públicas e a sua carreira foi revivida.

Ele compôs suas duas últimas obras-primas, Il ritorno d’Ulisse in patria em 1641 e L’incoronazione di Poppea em 1642. Significativamente, essas obras contêm cenas trágicas, românticas e cômicas, e apresentam um retrato mais realista dos personagens.

Claudio Monteverdi faleceu em Veneza, em 29 de novembro de 1643.

5 fatos sobre Monteverdi

1. Ele recebeu diversas críticas

Claudio Monteverdi era constantemente criticado por outros compositores. Um de seus principais opositores era o teórico da música conservadora Giovanni Artusi.

Artusi condenava constantemente a linguagem harmônica de Monteverdi que, como resposta, adicionou ao prefácio de uma de suas publicações uma breve explicação, onde dizia que o que Artusi criticava era, na verdade, apenas uma “nova maneira de pensar”.

2. Monteverdi é considerado o “pai da ópera”

Antes de apresentar suas composições publicamente pela primeira vez, Monteverdi e seus colegas artistas se reuniram em casas da aristocracia para discutirem como adicionar drama aos musicais. Esse foi o primeiro passo para o surgimento do que conhecemos hoje como ópera.

3. Muitos de seus trabalhos foram perdidos

Especialistas acreditam que ao menos doze óperas de autoria de Claudio Monteverdi tenham sido perdidas com o passar dos anos. As únicas peças de sua obra que sobreviveram aos séculos, permitindo que sejam interpretadas completamente, são Il Ritorno d’Ulisse in patria e L’Incoronazione di poppea.

4. Monteverdi se tornou padre

Após a morte de sua esposa, Claudio Monteverdi não conseguiu se recuperar da perda, mesmo tendo a música como distração. Assim, em 1932, entrou para o sacerdócio, período em que compôs uma série de canções para a Igreja Católica Romana.

5. Ele “reviveu” a Basílica de São Marcos

Após ser nomeado como maestro e diretor da Basílica de São Marcos, em Veneza, Monteverdi realizou uma transformação completa no local, que até então estava esquecido, graças à má gestão de seu antecessor.

Em pouco tempo, Claudio reorganizou as operações, contratou novos músicos e cantores experientes, reabasteceu a biblioteca e permitiu a união entre a música do velho mundo e as novas composições. Seu cargo, ao todo, durou 30 anos.

Claudio Monteverdi acreditava que a música estava em harmonia com o ritmo da vida, sendo uma renovação do equilíbrio divino, sincronizando mente e emoções. No final das contas, a música, com toda a sua grandiosidade, aproximava o homem e o universo.

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Luciano Pavarotti: a história do lírico que se tornou uma estrela

Descubra quais são os melhores filmes dos últimos tempos

Listas para eleger os melhores filmes existem aos montes. Sempre são cercadas de polêmicas e nunca agrada a todos, afinal, o que é bom para um não necessariamente é bom para outro.

Mesmo assim, algumas produções ganharam destaque, sendo reconhecidas pelo público e crítica especializada. Para escolher os melhores filmes dos últimos tempos, vamos considerar os últimos 10 anos. Nesse intervalo, o cinema se reinventou, passou a ter um olhar diferente, tanto na produção, como nos temas abordados pelos diretores.

Como é uma lista reduzida, muita coisa boa ficou de fora, mas selecionamos alguns que são verdadeiras obras de arte. A seguir, descubra quais são os melhores filmes dos últimos tempos.

“A Origem”

Muitos adotam um critério bem simples para definir se um filme é bom ou não. Você assiste várias e várias vezes e ainda continua impressionado com a complexidade da história, a narrativa e os detalhes do filme. Esse é o caso de “A Origem”, de 2010, do premiado diretor Christopher Nolan, indicado a 8 Oscar e vencedor de 4 estatuetas.

Leonardo DiCaprio é um ladrão capaz de roubar os segredos que estão mais arraigados no subconsciente das pessoas. Para rever os seus filhos, ele e sua equipe aceitam o desafio de plantar uma ideia na mente de um grande empresário e viajam por meio dos sonhos mais profundos para conseguir tal feito.

“Interestelar”

Outro filme de Nolan, “Interestelar”, de 2014, é um drama que mistura ficção científica com uma forte ligação de amor entre pai e filha, capaz de atravessar as dimensões do universo. Repleto de imagens espetaculares, o filme mostra a missão de um grupo de astronautas para encontrar um planeta que possa abrigar a população da Terra, que corre risco de ser extinta.

“Nasce uma Estrela”

Bradley Cooper e Lady Gaga estrelam o longa de 2018 dirigido pelo próprio Cooper. Ele vive Jackson Maine, um cantor de country famoso que conhece Ally, uma jovem cantora durante uma apresentação em um bar. Ao reconhecer seu grande talento, decide ajudá-la em sua carreira e se apaixonam.

O caminho dos dois se inverte, Ally começa a fazer sucesso, enquanto Jackson enfrenta dificuldades, por conta dos seus vícios em drogas e álcool. A música “Shallow”, escrita por Gaga para o filme, recebeu o Oscar de Melhor Canção Original e conquistou outros 31 prêmios, um verdadeiro recorde no mundo da música.

“Parasita”

Esse é um dos filmes de maior sucesso dos últimos tempos, que agradou a crítica e o público. Trata-se de “Parasita”, produção do diretor sul-coreano Bong Joon-ho. O longa foi o grande vencedor do Oscar 2020 com quatro estatuetas, de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção e Melhor Filme.

Esse filme foi apenas o segundo da história a vencer o Festival de Cannes e os quatro principais prêmios da Academia. Antes, somente “Marty”, de 1955, havia conseguido essa façanha. Ele também é o primeiro filme não-inglês a receber a maior premiação do Oscar.

“Parasita” escancara a desigualdade social de duas famílias da Coreia do Sul com toques de humor, suspense e até terror. Quando um jovem pobre vai dar aulas de inglês para a filha de um casal rico, ele inventa um modo fazer com que seus novos patrões arrumem emprego para o restante da sua família sem que eles saibam.

A partir daí uma série de eventos acontecem desencadeando uma descoberta macabra e surpreendente.


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Os maiores ícones musicais dos anos 80