Curiosidades sobre música erudita que você precisa conhecer

A música erudita nem sempre é fácil de entender. Nascida na Europa, no século VII, ela não só sobreviveu à passagem dos anos, como também se popularizou e se reinventou, século após século.

Se você é um apreciador das melodias tocadas por grandes orquestras e capazes de nos proporcionar os mais diversos sentimentos, fique com a gente até o final desse artigo, pois hoje contaremos algumas curiosidades sobre o assunto.

Que tal começarmos com o básico?

Muitas pessoas ainda confundem música erudita e música clássica (não, elas não são a mesma coisa, embora estejam interligadas). Então, para acabar com essa confusão de vez, vamos explicar a diferença de forma bastante resumida.

No geral, o termo correto é “música erudita”. Música clássica é, na verdade, um período da História da Música, que vai de 1750 a 1820.

10 fatos interessantes que você precisa conhecer

Do seu surgimento, até os dias de hoje, a música erudita caminhou um longo período. Logo, a lista de curiosidades que a envolvem é enorme. Aí vão algumas delas:

1. O músico tardio

Richard Wagner, ou apenas Wagner para seus maiores apreciadores, foi um compositor alemão responsável por obras como Tristão e Isolda e Cavalgada das Valquírias. Quando apreciamos seu trabalho único, fica até difícil de acreditar que ele mostrou pouquíssima aptidão para a música até seus 13 anos.

Entre seus irmãos, aliás, ele foi o único a não ter aulas de piano. Tudo mudou quando, ainda adolescente, Richard escreveu uma peça de teatro que ele insistia que deveria ser musicada. A única alternativa? Correr atrás do tempo perdido e aprender o instrumento por conta.

2. O maior dos compositores

Com mais de 40 óperas de sua autoria e muitas obras instrumentais e orquestrais, acredita-se que Handel tenha composto mais notas musicais do que qualquer outro compositor na história.

3. Fabricar um violino não é tarefa fácil!

Ao ouvirmos um belo violino, nem sequer imaginamos o trabalho que é fabricá-lo. Isso porque, um único violino é feito de incríveis 70 (ou mais) peças individuais de madeira.

4. Trabalho em equipe

A sinfonia No. 1 do inglês Havergal Brian, conhecida como “Gothic”, precisa de mais de 800 músicos para ser apresentada, incluindo 82 instrumentistas de cordas.

5. O período gótico

Durante os séculos IX e XIV, a música erudita viveu o que chamamos de período Gótico. As músicas dessa época eram principalmente litúrgicas, caracterizadas por cantos gregorianos (nome dado em homenagem ao Papa Gregório I).

Foi durante esse período que o método de “notação” musical nasceu, sendo utilizado até os dias de hoje.

6. O método de catalogação de Mozart

O musicólogo austríaco Ludwig Von Kochel foi quem desenvolveu o sistema de numeração e catalogação das obras de Mozart. Para isso, ele incluiu a letra “K” (de Kochel) como uma espécie de código nas composições. Assim, você encontrará nomes como “Sintonia No. 4 em Ré Maior, K.19”.

7. Beethoven e Mozart compartilharam o mesmo professor

Após se mudar para Viena, aos 20 anos, Beethoven começou a ter aulas com Haydn, conhecido até os dias de hoje como “o pai da sinfonia”. Haydn também ensinou Mozart, que era um dos ídolos do jovem compositor alemão.

Em agradecimento pelos anos de aprendizado, Beethoven dedicou suas Sonatas para Piano Op. 2, ao professor.

8. A obra mais executada do mundo

Até o início do século, O Bolero de Ravel liderava o ranking mundial de música mais rentável por conta de direitos autorais. Para se ter ideia da sua fama, em uma pesquisa realizada pelo SACEM recentemente, na França, 73% das pessoas entrevistadas disseram conhecer a canção.

9. Beethoven e o coração

Segundo um artigo intitulado “The heartfelt music of Ludwig van Beethoven” (A música do coração de Beethoven) e publicado no início desse ano por profissionais da Universidade de Michigan e da Universidade de Washington, os ritmos incomuns das composições de Beethoven podem ter sido o resultado de sua condição cardíaca.

Os pesquisadores examinaram os padrões rítmicos de várias obras do compositor alemão, tentando encontrar pistas sobre o assunto e, como resultado, descobriram que os ritmos de certas seções de suas músicas refletem os ritmos irregulares de seu coração, causados pela arritmia.

10. Os bebês também precisam de música erudita (pelo menos na Geórgia)

No ano de 1998, o governador da Geórgia, Zell Miller, decidiu distribuir CDs de música erudita para todos os bebês nascidos no estado. Segundo ele, essa era uma atitude inquestionável, já que “ouvir música desde muito cedo, afeta o raciocínio espaço-temporal, responsável por fundamentar a matemática, a engenharia e o xadrez”.


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Os passos iniciais para quem deseja entrar no mundo da música

Ukulele: entenda porque esse instrumento tem virado febre entre os brasileiros

Com nome exótico e um som muito peculiar, o Ukulele é um instrumento de origem havaiana que está cada vez mais popular entre os músicos brasileiros. Frequentemente associado a ritmos praianos, como o reggae, é um instrumento pequeno e fácil de ser tocado.

A seguir, vamos contar mais sobre a história desse instrumento, porque ele está se popularizando tanto e quais as suas vantagens e desvantagens em relação a outros instrumentos de corda. Continue lendo esse artigo para conhecer um pouco mais sobre o Ukulele!

Origem do Ukulele

Como já mencionamos, o Ukulele é um instrumento fabricado em madeira que surgiu no Havaí, no século XIX. Com quatro cordas, ele tem como antepassados a braguinha, o machete e o rajão, instrumentos levados pelos cultivadores madeirenses de cana de açúcar que chegaram na ilha por volta desse período.

Na língua havaiana, o nome Ukulele pode ser traduzido como ‘pulga saltitante’, em razão dos movimentos feitos pela mão de quem o toca. O nome se popularizou através de um rei havaiano chamado Kalakaua, que gostava muito do som do instrumento e sempre pedia a um assistente seu, cujo apelido era Ukulele, que tocasse para ele. A partir da Segunda Guerra Mundial, o instrumento se popularizou também nos Estados Unidos, que acabou adotando a sonoridade em muitas das suas músicas tradicionais.

Características do Ukulele

O Ukulele é um instrumento de corda, usualmente fabricado em madeira, embora existam casos onde ele é feito em plástico ou outros materiais. Outra característica importante é que uma das cordas é afinada uma oitava acima das outras, uma prática conhecida como afinação reentrante. É essa afinação que dá ao Ukulele o seu som característico.

Comumente, eles se dividem em quatro tamanhos, que influenciam na quantidade de trastes no braço e, por consequência, no som do instrumento. O mais comum é o soprano, com escala de trinta e três centímetros. Os outros tamanhos são o concerto (com som mais alto e grave), ukulele tenor (ideal para arranjos dedilhados) e ukulele barítono (o maior de todos, com quarenta e oito centímetros, é praticamente um violão em pequena escala).

Por que esse instrumento está tão popular?

O instrumento se popularizou nos Estados Unidos na década de 40, mas acabou ficando mais de lado a partir da década de 70, marcada pelos instrumentos elétricos e sintetizadores. Porém, nos anos 2000 houve uma popularização massiva das músicas acústicas, o que trouxe o Ukulele de volta.

Artistas como Eddie Vedder e a banda Beirut usaram o instrumento nos seus álbuns, mas o verdadeiro responsável pela popularização em massa foi o músico havaiano Israel Kamakawiwo’ole. Seu mash-up de Over the Rainbow/What a Wonderful World esteve entre as mais tocadas da década, e o som inconfundível do Ukulele é a principal característica da canção.

A internet também ajudou a popularizar o instrumento, facilitando o aprendizado das formas de tocá-lo. Os músicos brasileiros também adotaram o instrumento, entre eles Marisa Monte, A Banda Mais Bonita da Cidade e Tiago Iorc.

Quer saber mais novidades e curiosidades do mundo da música? Dê uma olhada em nosso blog! Temos diversos textos incríveis sobre esse assunto para você aprender mais!


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Guia prático para tocar acordes de sexta no violão de forma simples

Saiba quais instrumentos são essenciais para a composição de uma orquestra

A composição de uma orquestra é bastante complexa. Para dar som às composições mais famosas do mundo, diversos músicos, instrumentos e regras são levados em consideração, a fim de que tudo saia perfeito. Às orquestras completas, dá-se o nome de orquestras sinfônicas ou orquestras filarmônicas, que geralmente são compostas por musicistas muito experientes e que estudam para essa finalidade.

Um dos principais destaques de uma orquestra, sem dúvida, é a quantidade de artistas no palco e de instrumentos musicais diversos, que muitas vezes nem conhecemos a função. Uma orquestra terá, tipicamente, mais de oitenta músicos, e em alguns casos mais de cem, embora em atuação esse número seja ajustado em função da obra reproduzida.

Por haver sempre a necessidade de músicos presentes para a apresentação, muitos são contratados para substituir os artistas fixos, em casos de problemas que possam ocorrer. Geralmente, estes músicos são freelancers, que também podem ser contratados para tocar instrumentos que não compõe o conjunto oficial, como por exemplo, um harpista ou um saxofonista.

Como funciona a organização dos músicos e dos instrumentos?

Uma orquestra sinfônica é composta por cinco classes de instrumentos, que são responsáveis por distribuir os grupos de músicos. São elas:

• Cordas: Incluem os instrumentos de cordas, como violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, harpas.
• Madeiras: Incluem os instrumentos compostos por madeira, como flautas, flautins, oboés, corne-inglês, clarinetes, clarinete baixo, fagotes, contrafagotes, entre outros.
• Metais: Instrumentos de metal, como trompetes, trombones, trompas, tubas.
• Instrumentos de Percussão: Tímpanos, triângulo, caixas, bombo, pratos, carrilhão sinfônico, pandeiratas, gongos etc.
• Instrumentos de Teclas: Piano, cravo e órgão.

Dentro dessa divisão, há uma hierarquia que determina os grupos de músicos que atuarão juntos, seus posicionamentos físicos no palco, a quem seguir, entre outros detalhes. Assim, cada grupo de instrumentos possui um solista ou principal, que será o protagonista e se apresentará nos momentos solo.

Nas cordas, há a subdivisão entre os violinos: primeiros violinos e segundos violinos. Nos metais, o trompetista é o líder, enquanto nas madeiras esse papel cabe ao primeiro flautista.

Os principais instrumentos

Sem os instrumentos corretos, a orquestra não consegue atingir a plenitude musical que necessita para reproduzir suas obras.

Violino

O violino, sem dúvidas é um dos principais e mais notados dentro de uma orquestra. Classificado como instrumento de cordas friccionadas é o mais agudo dos instrumentos da família das cordas, o que corresponde ao soprano na voz humana. O som produzido é transmitido ao corpo oco do violino, caixa de ressonância, pela alma, um cilindro de madeira que fica dentro do corpo do violino, abaixo do lado direito do cavalete.

Violoncelo

Composto por quatro cordas, esse é o segundo maior instrumento da família de instrumentos de arco. É tocado por um arco e devido ao seu tamanho, deve ser apoiado ao chão por meio de um espigão, que é uma haste de metal localizada em sua extremidade. O músico fica sentado com o instrumento em meio às pernas.

Saxofone

O saxofone pertence à família das madeiras. Tem um som singular, com propriedades tanto dos instrumentos de madeira, quanto dos de metal, sendo bastante completo e proporcionando um som diferenciado para a composição. Além disso, seu timbre é um dos que mais se assemelham ao da voz humana.

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Leia também: Quais instrumentos fazem parte de uma orquestra?


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Origem da Orquestra