ORQUESTRA – COMO FUNCIONA?

Afinal, como funciona uma orquestra?

Uma orquestra pode chegar a ter 120 músicos. Da mesma forma, é razoável que 80 pessoas formem este agrupamento instrumental. De toda forma, cada um dos integrantes deste corpo é de extrema importância para o resultado final do concerto. Incluindo-se aí o maestro. Independentemente do seu tamanho e classificação, devemos entender que ela é organizada de modo a equilibrar timbre, articulação e intensidade, dentre outros aspectos musicais. Neste artigo entenda como funciona uma orquestra.

Você sabia, por exemplo, que um concerto pode variar entre 90 minutos e 5 horas? Tudo vai depender da obra a ser executada. É de acordo com o arranjo e indicações registradas em partitura que os músicos poderão tocar. Não menos relevante é o papel do regente. São as orientações dele que levam o grupo a seguir à risca o ritmo, andamento e dinâmica registrados pelo compositor. As obras eruditas são divididas em movimentos. Entre cada um deve ser feita uma pausa. A orientação do maestro, por sua vez, será exercida através de gestos e expressões faciais.

Como funciona uma orquestra – os instrumentos

Na orquestra existem quatro grupos de instrumentos divididos em virtude de características comuns. Seja por suas propriedades sonoras, pelos materiais com que são confeccionados, por seus formatos ou modos de tocar. Estas são as famílias de instrumentos, que se dividem em cordas, madeiras, metais e percussão. Para que haja melhor aproveitamento acústico aqueles instrumentos cuja potência sonora é maior ficam ao fundo. É o caso dos metais e da percussão.

Um papel importante na orquestra é o do Spalla. O termo, que significa ombro em italiano, designa o primeiro violinista. Ele se posiciona a esquerda do regente. É o último instrumentista a entrar em palco e auxilia o maestro repassando orientações. Seu papel de auxiliar chega a tal ponto que pode substituir o regente em ensaios. Naturalmente, é ele o responsável por solos quando eles surgem nas composições.

Cordas e madeiras

As cordas formam a base da orquestra e incluem violinos, violas, violoncelos, contrabaixos e harpas. Localizam-se na parte dianteira do palco. Os violinos, localizados à esquerda do regente, são divididos em primeiros e segundos. Tocam, respectivamente, as passagens mais agudas e graves da música. De frente para os maestros estão as violas e à direita os violoncelos. Logo atrás destes encontram-se os contrabaixos. Como as cordas possuem menor potência sonora, elas formam o grupo mais numeroso em uma orquestra.

A família seguinte é a das madeiras. É composta por instrumentos de sopro em que existem lâminas de cana que vibram com o ar. As flautas hoje são feitas de metal, mas por muito tempo foram construídas em madeira. Razão pela qual ainda são incluídas neste segmento. Além deste instrumento estão inclusos flautim, oboé, clarinete, fagote, contrafagote e corne inglês. Este grupo faz uma ponte entre as cordas e o naipe que se segue, o dos metais.

Metais e percussão

São instrumentos de sopro e que possuem uma intensidade de som intermediária. Ocupam o centro do palco. São feitos de latão, bronze, ou outras ligas metálicas. É onde estão incluídos os trompetes, trombones, tubas e trompas. Por fim, há os instrumentos percussivos. Eles estão ao fundo do palco e têm como característica produzir toques suaves ou intensos. Sua função é, sobretudo, rítmica. São exemplos tímpano, pratos, triângulo, bumbo, pandeiro e caixa clara.

Para encerrar esta exposição de como funciona uma orquestra há ainda uma última informação a passar. Todas as famílias seguem o que está escrito na partitura. Quanto à notação para o maestro, esta deverá conter todos os instrumentos.

 

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ARTE – MEIO DE INCLUSÃO

É possível utilizar a arte como meio de inclusão?

Nós estamos em contato com a arte constantemente e de maneira tão natural que nem nos damos conta. A música que ouvimos, o quadro pendurado na recepção dos lugares que frequentamos, o graffiti no muro que passamos diariamente.

Nada mais justo do que utilizar a arte em prol da inclusão, seja ela social ou da pessoa com deficiência, por exemplo.

Ela confere senso crítico, de criatividade, potencializa a sensibilidade bem como melhora a capacidade intelectual de crianças e adultos. Expressar as emoções é outro benefício de usar a arte em prol da inclusão.

Além disso, o aprendizado por meio da música, teatro, dança, entre outras interações culturais, comprovadamente estimula interações sociais e de cooperação com os parceiros. Explorar a autonomia por meio de atividades melhora a interação em escolas, por exemplo, com aprendizado coletivo, construção de vínculos de afeto e de melhoria da vida em sociedade.

A expressão das ideias e dos sentimentos também pode ocorrer ao estimular o aprendizado de arte. Além disso, é responsável pela construção social do indivíduo e de sua identidade, agregando novos valores e prioridades nos alunos.

Arte como meio de inclusão

A pessoa passa a enxergar o mundo fora da caixa por meio da arte, que acolhe diversidades, não fomenta preconceitos, é meio de expansão de ideias e de reflexos positivos em outras áreas da vida de cada indivíduo.

Usar a arte para ensinar um tema difícil, por exemplo, pode tornar o processo mais fácil e lúdico, sem perder o benefício do conhecimento.

Afinal, arte e educação estão ligadas intimamente, por inúmeros motivos. A pessoa entra em uma realidade que desconhecia, aprende com ela, expressa por meio de diferentes linguagens e consegue passar a mensagem adiante.

Além disso, a inclusão não apenas o aprendizado de arte, mas o consumo. Ir a teatros, concertos, cinema, museus, galerias e arte enriquece o ser humano e o faz ver a vida de diferentes perspectivas.

Muitas pessoas não têm acesso a esses ambientes culturais, por viverem em locais periféricos e a arte estar centralizada, ou por não terem dinheiro para acompanhar. Por isso, a importância em promover eventos gratuitos, aulas acessíveis e em locais que mais pessoas possam frequentar.

A arte como mecanismo de resgate

É possível – e muito – usar a arte como meio de inclusão. A música, por exemplo, vai além do aprendizado de teorias musicais, ritmos, aprender um instrumento ou técnicas vocais. Ela ensina a harmonia (musical e do convívio), a expressar emoções, a conviver em grupo, a respeitar o tempo e a velocidade de aprendizado do outro e a comemorar os resultados.

A música pode ser a salvação para jovens em situação de violência, vulneráveis às drogas e criminalidade, apresentando uma realidade nova a ser expressada e para onde as energias devem ser direcionadas em prol de benefícios próprios e coletivos.

Valorize as instituições que se comprometem a ensinar e usar a arte como mecanismo social e de inclusão! Apoie as existentes em sua cidade para que cresçam e possam ajudar ainda mais pessoas.

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ORQUESTRA

Quando e como surgiu a Orquestra?

Os modelos de orquestra como conhecemos hoje são o resultado de quase cinco séculos de desenvolvimento na música ocidental. Neste intervalo de tempo não foi só o número de integrantes que aumentou, mas também a variedade de instrumentos. Se levarmos em conta a origem do termo esta história começa antes mesmo das primeiras organizações do gênero surgirem no século XVII. Assim, para falarmos sobre quando e como surgiu a orquestra devemos começar pela Grécia antiga.

É lá onde se registra pela primeira vez o termo Orkestra. No século V a.C ele servia para designar a área frontal dos anfiteatros. Era o espaço onde se encontravam o coro e as danças nas peças gregas, além, é claro, dos instrumentistas que acompanhavam o espetáculo. Devido a esta função a palavra tinha o significado de “lugar destinado à dança”. Naturalmente ainda estávamos longe da fusão acústica de diferentes famílias de instrumentos que encontramos nas orquestras atuais.

Período medieval e século XVII

No período medieval se acreditava que os diferentes naipes de instrumentos não deveriam se misturar. Portanto, havia sempre grupos homogêneos para executar as composições. Consequentemente ainda não poderíamos falar de orquestra. Considera-se que esta tenha surgido no século XVII, quando finalmente foram combinados diferentes timbres instrumentais.

Credita-se a ao italiano Claudio Monteverdi (1567-1643) sua paternidade. Um grupo composto por teclados e cordas servia de acompanhamento para as suas óperas. Ainda assim, estava longe do resultado contemporâneo. Os sopros foram adicionados aos violinos, violas e violoncelos em 1670. Foi na França que o compositor Jean-Baptiste Lully apresentou este arranjo. Os instrumentos acrescentados eram em sua maioria da família das madeiras.

Vivaldi foi um dos compositores que adotaram esta formação a partir de então. Ao mesmo tempo o papel do solista começava a se destacar na música barroca. Quanto ao tamanho da orquestra, um coral ou cantata de Bach empregaria 18 músicos na época. Já o alemão Georg Friedrich Handel decidiu valorizar e aumentar a participação dos sopros. Sua orquestra apresentava entre 40 e 50 músicos.

No classicismo as execuções tornam-se mais dinâmicas, com diferenças na expressividade obtidas através de variação da intensidade sonora. Joseph Haydn usou destas ideias, e adotou o corpo orquestral de Handel, desenvolvendo as primeiras obras orquestrais modernas.

Quando e como surgiu a orquestra: o período do romantismo

Embora este período tenha presenciado agrupamentos monumentais – até 252 instrumentos – foi apenas com Beethoven que a combinação de timbres evoluiu. O alemão compunha para cordas, madeiras, metais e percussão. No primeiro grupo, 12 violinos, divididos entre primeiros e segundos, além de quatro violas, três violoncelos e três contrabaixos. Nas madeiras havia duas flautas, dois oboés, dois clarinetes e dois fagotes. Nos metais encontravam-se duas trompas e dois trompetes. Dois tímpanos fechavam o naipe percussivo.

Chegando ao século XIX, grandes compositores como Schubert, Brahms e Schumann usavam formações parecidas. Ao que acrescentavam alguns instrumentos de sopro. No total, a orquestra apresentava entre 40 e 45 integrantes. Hector Berlioz e Richard Wagner empregam os maiores grupos do período romântico. Chegou-se respectivamente a 450 integrantes em um, e no outro, 110. No último caso, temos o formato que ainda pode ser encontrado em casas de ópera e orquestras sinfônicas.

Modernidade

Hoje as grandes orquestras sinfônicas chegam a apresentar de 120 a 130 instrumentos. No entanto, este formato varia enormemente em função de composição e orquestrador. Igor Stravinski é um exemplo de autor com o qual uma quantidade maior de integrantes foi utilizada. Já outros nomes, como Maurice Ravel ou Claude Debussy, optavam por grupos mais enxutos – algo em torno de 70 instrumentistas.

A única convenção hoje é a presença – simultânea ou não – de cordas, madeiras, metais e percussão no conjunto. O que é valido até mesmo para as orquestras de câmara. Através deste resumo você pôde conhecer quando e como surgiu a orquestra. Desde a expressão grega até a formação atual foi um longo percurso. Neste caminho não apenas o número de instrumentos aumentou, mas culminou-se em um grupo altamente coeso que une diferentes timbres.

 

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