Descubra qual gênero musical brasileiro é mais ouvido em países estrangeiros

O Brasil é um país com uma cultura muito rica, que possui vários estilos musicais próprios. Porém, podemos dizer que existem seis deles que se destacam nos dias de hoje: sertanejo, samba, bossa nova, funk, rap e MPB.

Mas você sabe qual o estilo que é mais escutado fora das nossas fronteiras? Então nós te contamos.

Funk é o líder

De acordo com um levantamento, que foi feito através do serviço de streaming de música mais popular do mundo, o Spotify, levando em conta as músicas mais ouvidas ao redor do mundo, em cerca de 51 países, o funk é o nosso líder.

Em 2019, ele foi o mais popular, tanto no Brasil, quanto fora dele. Fez sucesso em especial no Estados Unidos, Portugal e na Argentina, que foram os que mais curtiram esse tipo de som.

Os nomes mais ouvidos são bem conhecidos no meio da música, com a Anitta puxando a fila, sendo seguida por outros artistas como MC G15, MC Fioti, MC Kekel e Kevinho.

O que contribuiu para esse sucesso?

Um elemento que deu grande visibilidade aos funkeiros brasileiros, foi as várias parcerias com cantores internacionais.

Essa fórmula está sendo amplamente replicada pelas grandes produtoras, como o KondZilla e a The Gang, que buscam cantores como Diplo, Maluma, J Balvin, Madonna e muitos outros, tanto para cantar em inglês, quanto em espanhol.

Com essas influências, o som do funk brasileiro se mistura com o do pop latino, mas, mesmo assim, não perde sua essência.

Esse sucesso não é de hoje

Mas não se engane, o Funk brasileiro já mostrava sinais que iria “explodir” pelo mundo.

Dados do próprio Spotify já mostravam que o gênero, entre os anos de 2016 e 2018, viu seu conteúdo ser consumido com um aumento de cerca de 3.421% a mais.

A originalidade e linguagem própria seriam os dois fatores mais preponderantes desse fenômeno. Incorporando, inclusive, elementos de outras áreas, como o eletrônico, pop, capoeira, etc.

Com um perfil tão agregador, é natural que o funk ficasse tão popular como está hoje.

História do funk no Brasil

Existem indícios de que o funk nacional já havia surgido na década de 1970, quando começaram a surgir os bailes, na Zona Sul do Rio de Janeiro, que foram inspirados em artistas americanos, como o rei do soul, James Brown.

Já o surgimento do funk, da maneira que conhecemos atualmente, se deu no ano de 1989, no mês de setembro, quando a Poligram lançou o LP “Funk Brasil”, do DJ Marlboro.

Outros gêneros que também fazem sucesso lá fora

Mas não é só de funk que somos conhecidos no exterior. O DJ brasileiro Alok, por se tratar se um estilo de música mais puxado para o eletrônico, costuma quebrar barreiras mais facilmente.

O sertanejo também tem algum alcance fora do Brasil, mas atinge principalmente Portugal e o Paraguai, sendo bem mais ouvido dentro do que fora do nosso país.

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Vida e obra de Villa-Lobos

Você sabe identificar violão de viola? Entenda a diferença entre os dois

Violão e viola são instrumentos parecidos, mas têm características bem próprias e distintas entre si.

O som que cada um faz é diferente, a quantidade de cordas, estilos de música que são tocados em cada um, enfim, tudo isso se diferencia conforme você conhece mais deles.

Para lhe mostrar suas diferenças e semelhanças, vamos te contar tudo o que se sabe sobre cada um destes dois instrumentos.

Violão

É um dos mais conhecidos e populares instrumentos do mundo, sendo utilizado tanto em músicas populares, quanto em eruditas.

É composto por três partes principais:

– Corpo: é a “caixa de ressonância”, caracterizada pela abertura em seu centro;

– Braço: é fixado ao corpo, onde se situam as casas, que ajudam o músico a fazer diferentes tipos de sons e acordes;

– Cabeça: elemento fixado na ponta do braço, sendo normalmente o local de tarraxas (ou cravelhas), que serve para enrolar a corda e afinar o instrumento.

O tipo de violão mais comum é o de seis cordas, podendo variar entre aço e náilon, com o fio mais grosso, portanto mais grave, ficando no alto e o mais fino, portanto mais agudo, nas partes mais baixas do instrumento.

Sua origem se dá, provavelmente, na Espanha do século XVI, sendo uma variante da guitarra latina.

O violão começou a ter o tamanho e formato que conhecemos hoje apenas 300 anos depois, no século XIX, quando o luthier (construtor de violões) espanhol, Antônio de Torres, fabricou seu primeiro exemplar.

Ele chegou no Brasil por meio de Portugal e seus colonizadores.

Viola

Como dito anteriormente, a viola tem características similares às do violão, tendo em comum a sua estrutura: corpo, braço e cabeça.

Seu tamanho também é menor, sendo essa a principal diferença visível entre ambos, por isso possui um timbre mais agudo.

Possui cinco pares de cordas, totalizando dez, que são usualmente feitas de aço, demandam o uso de palhetas, dedeiras ou de unhas grandes, para poder executar os dedilhados.

Ela possui vários nomes, como viola caipira, viola sertaneja, viola de arame, viola de dez cordas e vários outros nomes.

É uma descendente de Portugal, que são originárias de instrumentos vindo da região da Arábia. Tem em comum com o violão, o fato de também ser parente direta da guitarra latina.

Sua origem, da maneira que conhecemos hoje, é no sertão do Brasil, quando os primeiros mestiços usaram as madeiras de árvores que cresceram em nosso território.

Ela é considerada um dos ícones da nossa música.

Resumindo

As semelhanças entre os dois instrumentos se dão em sua estrutura, com ambos possuindo uma cabeça, um braço e um corpo. Além disso, a origem deles também possui um ponto em comum: a guitarra latina.

Fora isso, seu tamanho, características sonoras, tipos e quantidade de cordas são diferentes.

Entendeu as diferenças entre viola e violão?


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Ukulele: entenda porque esse instrumento tem virado febre entre os brasileiros

Ukulele: entenda porque esse instrumento tem virado febre entre os brasileiros

Com nome exótico e um som muito peculiar, o Ukulele é um instrumento de origem havaiana que está cada vez mais popular entre os músicos brasileiros. Frequentemente associado a ritmos praianos, como o reggae, é um instrumento pequeno e fácil de ser tocado.

A seguir, vamos contar mais sobre a história desse instrumento, porque ele está se popularizando tanto e quais as suas vantagens e desvantagens em relação a outros instrumentos de corda. Continue lendo esse artigo para conhecer um pouco mais sobre o Ukulele!

Origem do Ukulele

Como já mencionamos, o Ukulele é um instrumento fabricado em madeira que surgiu no Havaí, no século XIX. Com quatro cordas, ele tem como antepassados a braguinha, o machete e o rajão, instrumentos levados pelos cultivadores madeirenses de cana de açúcar que chegaram na ilha por volta desse período.

Na língua havaiana, o nome Ukulele pode ser traduzido como ‘pulga saltitante’, em razão dos movimentos feitos pela mão de quem o toca. O nome se popularizou através de um rei havaiano chamado Kalakaua, que gostava muito do som do instrumento e sempre pedia a um assistente seu, cujo apelido era Ukulele, que tocasse para ele. A partir da Segunda Guerra Mundial, o instrumento se popularizou também nos Estados Unidos, que acabou adotando a sonoridade em muitas das suas músicas tradicionais.

Características do Ukulele

O Ukulele é um instrumento de corda, usualmente fabricado em madeira, embora existam casos onde ele é feito em plástico ou outros materiais. Outra característica importante é que uma das cordas é afinada uma oitava acima das outras, uma prática conhecida como afinação reentrante. É essa afinação que dá ao Ukulele o seu som característico.

Comumente, eles se dividem em quatro tamanhos, que influenciam na quantidade de trastes no braço e, por consequência, no som do instrumento. O mais comum é o soprano, com escala de trinta e três centímetros. Os outros tamanhos são o concerto (com som mais alto e grave), ukulele tenor (ideal para arranjos dedilhados) e ukulele barítono (o maior de todos, com quarenta e oito centímetros, é praticamente um violão em pequena escala).

Por que esse instrumento está tão popular?

O instrumento se popularizou nos Estados Unidos na década de 40, mas acabou ficando mais de lado a partir da década de 70, marcada pelos instrumentos elétricos e sintetizadores. Porém, nos anos 2000 houve uma popularização massiva das músicas acústicas, o que trouxe o Ukulele de volta.

Artistas como Eddie Vedder e a banda Beirut usaram o instrumento nos seus álbuns, mas o verdadeiro responsável pela popularização em massa foi o músico havaiano Israel Kamakawiwo’ole. Seu mash-up de Over the Rainbow/What a Wonderful World esteve entre as mais tocadas da década, e o som inconfundível do Ukulele é a principal característica da canção.

A internet também ajudou a popularizar o instrumento, facilitando o aprendizado das formas de tocá-lo. Os músicos brasileiros também adotaram o instrumento, entre eles Marisa Monte, A Banda Mais Bonita da Cidade e Tiago Iorc.

Quer saber mais novidades e curiosidades do mundo da música? Dê uma olhada em nosso blog! Temos diversos textos incríveis sobre esse assunto para você aprender mais!


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Guia prático para tocar acordes de sexta no violão de forma simples

Funk romântico a ostentação: entenda como as mudanças no estilo musical aconteceram no decorrer dos anos

Os gêneros musicais passam por diversas mudanças ao longo do tempo. Com o funk também não é diferente, especialmente em um gênero musical que passou por tantas transformações ao longo das últimas duas décadas. Neste post, vamos entender um pouco mais sobre as fases do funk e suas principais motivações.

Quer entender mais sobre isso? Acompanhe conosco!

Funk romântico: a versão brasileira do Funk Soul

O Funk Carioca teve a sua origem em meados da década de 1990, mas ele certamente é bastante diferente do batidão que estamos acostumados a ouvir hoje.

Com referências musicais do Funk Soul americano, do qual emprestou até o nome, o gênero musical era composto de músicas com letras melodramáticas e românticas, que tinham ligação direta com a realidade das comunidades do Rio de Janeiro.

Apesar de mais parado, o Funk já era uma música dançante, feita para tocar nos bailes cariocas, que também acabaram fazendo sucesso em outras cidades. O Funk utilizava samples de batidas americanas somado a melodias cantadas em uma ou mais vozes.

Funk Batidão: música torna-se independente dos ritmos americanos

A partir dos anos 2000 até 2010, o Funk adquiriu uma identidade mais própria, distanciando de suas raízes americanas. Para além do nome, o gênero musical agora era totalmente brasileiro. A música perdeu melodia, mas ganhou ritmo e batida criados para que as pessoas dançassem intensamente nos bailes das comunidades.

Os temas também mudaram, em consonância com a sociedade, pode-se dizer. O que era uma música romântica e melodramática se tornou um som com temas mais liberais, falando sobre temas como sexo, romances breves, a rotina dos bailes funk na favela, a vida do carioca, a violência, entre outros.

Isso seguiu uma tendência de toda a música POP brasileira, que se tornou menos romântica e sugestiva para se tornar mais explícita, tanto sobre assuntos positivos, como negativos. O Sertanejo também passou por um processo muito semelhante, à medida que o Sertanejo Universitário se consolidou nas rádios e na indústria cultural do país.

Enfim, o funk saía das divisas do Rio de Janeiro para ganhar o Brasil inteiro. Com isso, o gênero criou as suas primeiras estrelas de projeção nacional.

Funk Ostentação: o sucesso de quem sempre esteve por baixo

Com o sucesso do Funk Brasil afora, este gênero musical despertou a atenção da imprensa, das gravadoras e do público em geral. Finalmente, o Funk começava a deixar os seus artistas ricos. Isso teve também um efeito direto sobre os temas que essas músicas tiveram entre 2010 e 2017, aproximadamente, o chamado Funk Ostentação.

Nas letras, os MCs relataram uma rotina de luxos e regalias, com carros e motos importadas, mansões, festas com as melhores bebidas, a presença de pessoas famosas, jogadores de futebol e outras pessoas. Quem sempre esteve “por baixo” agora esnoba quem antes duvidava de sua capacidade.

Os videoclipes passaram a contar com grande qualidade de produção e edição, fazendo do Youtube um dos principais meios de difusão dessa música. Além, é claro, das plataformas de streaming que se tornaram extremamente populares.

Fase atual: melódico, feminino, sofisticado, internacional

O Funk hoje é um ritmo musical hegemônico. Nossos principais artistas do ramo já gravaram músicas com grandes estrelas pop internacionais e este mercado já movimenta milhões de reais para os envolvidos.

A música também ganhou qualidade. Melhores cantores e cantoras são os MCs de maior sucesso, enquanto uma grande equipe de produção trabalha intensamente para deixar a música com uma qualidade superior tecnicamente. O Funk saiu da favela para ganhar o mundo.


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Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Estilo influenciado por diversos movimentos culturais, o Hip Hop tem em suas fontes, a Soul Music, o Funk, o Blues, e o Dub originário da Jamaica, que deu vida ao formato de “fala cantada” dos MCs, figura consolidada na cultura Hip-Hop.

James Brown, Aretha Franklin, Betty Davis, Kool and the Gang e Earth, Wind and Fire, são artistas consagrados no funk e soul music clássico, originário dos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 70.

A década de 1960 e sua efervescência sociopolítica imprimiu ao gênero a característica de abordar problemas e conflitos de seu povo em suas músicas. O retrato do cotidiano dos povos negros era tema central de suas harmonias embaladas pelas linhas de baixo e percussões.

Já na década de 1980, a mescla do estilo original ao novo ritmo eletrônico que havia tomado as paradas estadunidenses, trouxe à tona artistas como Public Enemy e Afrika Bambaata, unindo a música pop às bases gravadas dos clássicos do funk.

A Soul Music e o Funk foram difundidos no Brasil por artistas como Di Melo, Cassiano, Gerson King Combo, Evinha, Tim Maia e Jorge Bem Jor ainda nas décadas de 1960, 1970 e 1980.

Suas obras, em consonância aos clássicos norte-americanos, deram origem ao Rap e Hip Hop Nacional, consolidado na década de 1980 e 1990 pelos grupos Racionais MCs, Thaíde e DJ Hum, Facção Central e RZO.

AS ORIGENS DO HIP HOP NO BRASIL

Uma cultura que levou o som do povo preto aos ouvidos do país inteiro, e que pintou as paredes cinzas dos prédios com todas suas cores e personalidades, o Hip Hop invadiu o Brasil no final da década de 1980, originando-se na cidade de São Paulo.

A periferia teve processo ativo na construção do movimento. Com o surgimento dos bailes blacks, a cultura negra passou a se difundir através da música, e por estar presente nas ruas, falando do cotidiano dos subúrbios paulistas, ganhou expressou ao longo da década de 1990.

Artistas como Rapin Hood, Ndee Naldinho, Racionais Mcs, Facção Central e Dina Di deram abertura para as primeiras correntes do rap Nacional. O rap é a versão letrada do hip hop, cujos elementos se encontram nas artes visuais com o grafite, na batida das músicas sentidas pela dança e nas letras expressivas com relatos do cotidiano.

Na década de 2000, novas influências e vertentes foram surgindo, como as batalhas de Rap e MCs acontecendo nas ruas, seja em zonas centrais ou periferias, assim como novos olhares para temas antes pouco difundidos, como a discussão das relações de gênero.

O HIP HOP NO BRASIL

Além da cena paulista, o Hip Hop avançou no Brasil, ganhando expressividade em Brasília, Porto Alegre, e também no Nordeste, com uma cena firme na Bahia e no Ceará, produzindo artistas como Baco Exu do Blues e Don L.

A cultura se solidificou, também fora dos grandes centros do país. Artistas como Zudzilla saem da periferia de Pelotas para se destacar no país inteiro. Cenas expressivas se criaram, também em Rio Grande, São Borja, entre outras cidades do Sul do país.

Um número expressivo de mulheres também começou a dar frente às vozes da cultura. Flora Matos, Karol Conká, Nega Gizza, Negra Jaque, entre outras, são artistas que trazem o universo da mulher negra na cena nacional.


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Break dance: saiba como a dança de rua muda os paradigmas dos jovens da periferia

Break dance: saiba como a dança de rua muda os paradigmas dos jovens da periferia

O break dance ou breaking é uma manifestação cultural originalmente periférica que começou na década de 70, em Nova York, dentro da cultura do hip-hop. O conjunto, que engloba rap, breaking, grafite e DJs, era uma forma de substituir a violência das armas pelo duelo artístico e se tornou uma febre nos Estados Unidos.

No Brasil, o movimento chega a todas as classes sociais, mas é fato que tem um forte poder transformador nas periferias, sendo uma ferramenta para protestar e reivindicar direitos.

Neste artigo vamos falar de como esse estilo atingiu e transformou os jovens de periferias brasileiras, funcionando como uma forma de protestar contra toda a injustiça e desigualdade social expressa nesses espaços.

Continue lendo para saber mais.

O Break dance no Brasil

A cultura hip-hop chegou entre as décadas de 80 e 90, começando por São Paulo, considerada o berço do hip-hop no país, mas sem uma data ou evento que marcasse sua chegada, e se espalhando por todo o território nacional.

Hoje, é uma forma de criar relação e aproximação com jovens de periferia, pois envolve conhecer intimamente a linguagem e a cultura das ruas, demonstrando saber os códigos e a realidade desses jovens.

Em Aglomerado da Serra, por exemplo, o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte, o break dance faz parte de atividades culturais que lutam por espaço e igualdade social.

Para Marcio Barreto, que dá aulas de hip-hop no ECE-BH, essa expressão cultural está ligada à formação da identidade do adolescente e ao protagonismo juvenil.

Mas isso tem acontecido por todo o país: em Samambaia, no Distrito Federal, o estilo é oferecido pelo Programa Esporte e Lazer da Cidade (Pelc), do Ministério do Esporte, em parceria com o Instituto Cultural e Social Brasil Vivo.

Essas iniciativas atraem jovens e funcionam como uma forma de deixá-los longe dos perigos das ruas.

A tradição oral na cultura hip-hop

Não há muitos documentos teóricos sobre as regras do hip-hop, de modo que a transmissão dessa cultura depende bastante da tradição oral. Apesar das variações, o consenso é que engloba quatro elementos: DJ, grafite, MCs e dançarinos de break ou B.Boys.

Essa característica é justamente o que torna esse estilo tão atraente para os jovens de periferia, pois o break dance trata da realidade de suas vidas, como a dificuldade de acesso à educação e à saúde, além da violência das ruas, entre outros temas.

O B.Boy usa o corpo para se expressar, para protestar através do movimento. O breaking acaba sendo uma forma de lutar contra a desigualdade social e para se refugiar das dificuldades da periferia, incentivando jovens a se comunicarem e a se unirem por meio da dança.

O estilo mistura influências latinas, como salsa, e outras formas de movimentação, como yoga, ginastica olímpica, boxe, sapateado e capoeira.

A importância está dando ao break dance boas chances de se tornar esporte olímpico.

Uma ferramenta de mobilização social

Por ser essencialmente negro e periférico, o break dance ainda recebe o estereótipo de “dança de bandido”, o que não poderia estar mais distante da realidade. A possibilidade de torná-lo esporte olímpico é uma vitória para essa manifestação cultural que movimenta jovens em todo o Brasil.

O estilo é a forma do negro, do pobre, do periférico, transformar seu corpo em força, expressão e resistência, dando voz à toda a indignação e protestando contra a injustiça. Uma denúncia que não se pode silenciar.


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Como o RAP nacional fortalece e incentiva os jovens a encontrarem realização e voz perante a sociedade