Conheça os principais gêneros musicais do Brasil

O Brasil é uma verdadeira potência musical, com uma diversidade de gêneros que refletem
a mistura de culturas indígenas, africanas e europeias. Desde o batuque das rodas de
samba até os sintetizadores do tecnobrega, a música brasileira se desenvolveu em ritmos
únicos, expressando as diferentes identidades regionais e os contextos sociais do país. Ao
longo do tempo, estilos tradicionais ganharam releituras contemporâneas, conquistando
palcos internacionais e influenciando artistas do mundo todo. Neste texto, vamos explorar
alguns dos gêneros mais marcantes do cenário musical brasileiro, indo
além do óbvio para revelar histórias, características e curiosidades que tornam essa
produção cultural tão singular.

Samba: Raiz e Resistência

Mais do que um gênero musical, o samba é símbolo da identidade
brasileira. Nascido nas comunidades afro-brasileiras do Rio de Janeiro no início do século
XX, o samba foi moldado por ex-escravizados que adaptaram cantos e ritmos africanos às
novas realidades urbanas. O que começou como uma expressão marginalizada ganhou
força com nomes como Cartola, Noel Rosa e Dona Ivone Lara, e tornou-se elemento central
do Carnaval carioca. Seus subgêneros, como o samba de roda (Bahia), o partido alto e o
pagode, mostram a vitalidade do estilo, que ainda hoje ecoa em rodas populares e grandes
palcos. O samba também tem papel social: foi ferramenta de resistência cultural e de construção de identidade para comunidades negras durante décadas.

MPB: Movimento de Identidade Nacional

A Música Popular Brasileira (MPB) surgiu nos anos 1960 como uma
síntese de diversos estilos nacionais com influências do jazz, da bossa nova e da música
internacional. Mais do que um gênero, a MPB é uma categoria cultural que abrange artistas
como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina e Chico Buarque. Seus temas envolvem
política, crítica social, poesia e o cotidiano brasileiro. A MPB foi fundamental durante o
período da ditadura militar, sendo um dos meios de resistência mais sofisticados. Hoje, embora com menos destaque na mídia de massa, continua
sendo um campo fértil para a experimentação e a preservação de identidades culturais.

Funk e rap: A voz das periferias

O funk carioca e o rap brasileiro surgiram como
expressões urbanas das periferias, refletindo a realidade social de
milhões de brasileiros. O funk, com origem nas festas dos morros cariocas nos anos 1980,
evoluiu de influências do miami bass para criar um estilo próprio, com
batidas marcantes e letras que abordam tanto a sensualidade quanto a crítica social. Já o
rap ganhou força nas ruas de São Paulo, com grupos como Racionais MC’s, que deram voz
à luta contra o racismo, a violência policial e a desigualdade. Atualmente,
artistas como Emicida, Djonga e MC Carol trazem novas camadas à narrativa musical
periférica, usando as palavras como arma de transformação.

A música brasileira é tão vasta quanto o próprio território nacional. Cada
gênero revela um pedaço da alma do povo brasileiro. Mais do que estilos musicais, esses
ritmos representam culturas, histórias de resistência, celebrações regionais e
transformações sociais. Ao conhecer e valorizar nossos gêneros musicais, mergulhamos
em camadas profundas da identidade nacional. A diversidade sonora do Brasil não apenas
emociona e entretém, mas também conecta gerações, inspira artistas no mundo todo e
mantém viva a riqueza cultural de um país onde a música nunca para.
Quer descobrir ainda mais sobre a riqueza da música brasileira e suas influências? Acesse
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exclusivos, curiosidades e histórias que vão transformar a forma como você ouve música.


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Quantos e quais são os gêneros musicais mais comuns na cultura brasileira

A música brasileira é um patrimônio cultural de valor inestimável. A nossa música ajuda a nos definir como brasileiros e também conta parte de nossa história. Em um país tão grande e plural como o nosso, é natural que haja diversos ritmos musicais de sucesso. Neste texto, vamos falar de quantos são os gêneros musicais e quais os mais comuns em nossa cultura.

Quer saber mais sobre a nossa música? Acompanhe nosso post até o fim!

Quantos gêneros musicais existem no Brasil?

Esta é uma pergunta muito difícil de responder, pois existem muitos gêneros musicais em todo o país. Alguns, mais conhecidos, acabam fazendo sucesso no Brasil inteiro. Mas muitos tipos de música são bastante restritos à região onde nasceram, e por isso, fica difícil mapear a todos.

Entre mais e menos conhecido, estimamos existir cerca de 25 a 30 gêneros autenticamente brasileiros ou híbridos de gêneros estrangeiros, mas que ganharam uma roupagem nacional.

Certamente, os gêneros nacionais mais consumidos hoje são: Axé, Bossa Nova, Baião, Chorinho, Frevo, Forró, Funk, Lambada, Gospel, Pagode, MPB, Samba, Xote e Sertanejo Universitário.

Vamos falar um pouco mais sobre alguns destes gêneros que são ouvidos de norte a sul do Brasil.

Funk Carioca

O Funk Carioca é um gênero relativamente recente, com quase 30 anos de história. Nasceu do Funk americano e foi gerado no Rio de Janeiro, com uma pegada mais rápida e letras românticas, tornando-se uma mega indústria musical em si mesmo hoje em dia, com batidas e letras muito próprias. Sucesso na favela e fora dela, nas cinco regiões do Brasil e até mesmo no exterior.

Samba e Pagode

Parte importante da herança negra no Brasil, o Samba também teve seus maiores expoentes no Rio de Janeiro, nos morros e comunidades da Cidade Maravilhosa. Espalhou-se para as cinco regiões e hoje não há ninguém que não conheça pelo menos um sambinha.

Do samba se originou o pagode, uma vertente mais melódica e romântica do samba, que também faz muito sucesso em todo o país.

Gospel

A música Gospel brasileira passou por um recente processo de sofisticação que também tem a ver com o aumento do número de evangélicos no Brasil. Tornou-se uma indústria mais consolidada, que gera artistas e grupos de renome nacional. O gênero ganhou em qualidade e em produção nas últimas duas décadas, sendo ouvido por pessoas religiosas ou não.

MPB

A MPB compreende tem uma pegada própria, mas também compreende outros gêneros, como o samba, o pagode, o choro, o jazz e o soul com uma roupagem totalmente nacional. Há mais de 50 anos, passando por diferentes fases e movimentos, a MPB faz sucesso em todo o país, tocando em rádios, festas, bailes, filmes e novelas.

Forró

Vindo do Nordeste, o Forró também ganhou o Brasil com seu jeito dançante e sua batida contagiante. Recentemente, o Forró deu ao país grandes artistas que viraram sucesso nacional de Norte a Sul, fazendo parcerias com artistas de outros gêneros musicais.

Sertanejo Universitário

O Sertanejo Universitário é uma indústria cultural imensa e hegemônica. Embora ainda sejam fortes o Sertanejo Caipira e o Raiz, o Universitário conseguiu ganhar o país todo. Hoje, cantores e duplas fazem shows para milhares de pessoas independentemente de onde estejam no território nacional.

Se o gênero que você gosta não foi mencionado aqui, não tem problema. Afinal, como dissemos, o país é grande e nunca conseguiremos falar de todos. Esperamos que você tenha gostado de conhecer mais sobre a nossa música!


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Descubra qual gênero musical brasileiro é mais ouvido em países estrangeiros

Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Saiba como o funk soul influenciou produções musicais no cenário do Hip Hop Nacional

Estilo influenciado por diversos movimentos culturais, o Hip Hop tem em suas fontes, a Soul Music, o Funk, o Blues, e o Dub originário da Jamaica, que deu vida ao formato de “fala cantada” dos MCs, figura consolidada na cultura Hip-Hop.

James Brown, Aretha Franklin, Betty Davis, Kool and the Gang e Earth, Wind and Fire, são artistas consagrados no funk e soul music clássico, originário dos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 70.

A década de 1960 e sua efervescência sociopolítica imprimiu ao gênero a característica de abordar problemas e conflitos de seu povo em suas músicas. O retrato do cotidiano dos povos negros era tema central de suas harmonias embaladas pelas linhas de baixo e percussões.

Já na década de 1980, a mescla do estilo original ao novo ritmo eletrônico que havia tomado as paradas estadunidenses, trouxe à tona artistas como Public Enemy e Afrika Bambaata, unindo a música pop às bases gravadas dos clássicos do funk.

A Soul Music e o Funk foram difundidos no Brasil por artistas como Di Melo, Cassiano, Gerson King Combo, Evinha, Tim Maia e Jorge Bem Jor ainda nas décadas de 1960, 1970 e 1980.

Suas obras, em consonância aos clássicos norte-americanos, deram origem ao Rap e Hip Hop Nacional, consolidado na década de 1980 e 1990 pelos grupos Racionais MCs, Thaíde e DJ Hum, Facção Central e RZO.

AS ORIGENS DO HIP HOP NO BRASIL

Uma cultura que levou o som do povo preto aos ouvidos do país inteiro, e que pintou as paredes cinzas dos prédios com todas suas cores e personalidades, o Hip Hop invadiu o Brasil no final da década de 1980, originando-se na cidade de São Paulo.

A periferia teve processo ativo na construção do movimento. Com o surgimento dos bailes blacks, a cultura negra passou a se difundir através da música, e por estar presente nas ruas, falando do cotidiano dos subúrbios paulistas, ganhou expressou ao longo da década de 1990.

Artistas como Rapin Hood, Ndee Naldinho, Racionais Mcs, Facção Central e Dina Di deram abertura para as primeiras correntes do rap Nacional. O rap é a versão letrada do hip hop, cujos elementos se encontram nas artes visuais com o grafite, na batida das músicas sentidas pela dança e nas letras expressivas com relatos do cotidiano.

Na década de 2000, novas influências e vertentes foram surgindo, como as batalhas de Rap e MCs acontecendo nas ruas, seja em zonas centrais ou periferias, assim como novos olhares para temas antes pouco difundidos, como a discussão das relações de gênero.

O HIP HOP NO BRASIL

Além da cena paulista, o Hip Hop avançou no Brasil, ganhando expressividade em Brasília, Porto Alegre, e também no Nordeste, com uma cena firme na Bahia e no Ceará, produzindo artistas como Baco Exu do Blues e Don L.

A cultura se solidificou, também fora dos grandes centros do país. Artistas como Zudzilla saem da periferia de Pelotas para se destacar no país inteiro. Cenas expressivas se criaram, também em Rio Grande, São Borja, entre outras cidades do Sul do país.

Um número expressivo de mulheres também começou a dar frente às vozes da cultura. Flora Matos, Karol Conká, Nega Gizza, Negra Jaque, entre outras, são artistas que trazem o universo da mulher negra na cena nacional.


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