Vida e obra de Eunice Katunda

Era o dia 14 de março de 1915 quando nasceu, no Rio de Janeiro, uma mulher que marcaria para sempre o cenário da música brasileira. Seu nome: Eunice do Monte Lima Katunda, filha do gaúcho Rubens do Monte Lima e da pintora cearense Maria Grauben Bomilcar.

Apesar de ter tido uma atuação intensa na história da música brasileira e figurar como referência em obras internacionais, Eunice Katunda não teve o merecido reconhecimento entre os brasileiros, algo que precisa ser resgatado.

Quem foi Eunice Katunda?

Professora, pianista, compositora, regente, Eunice Katunda, como era mais conhecida, não via a música como um fim em si mesma. Ela acreditava firmemente que a música era um veículo de promoção e plenitude da sociedade e da humanidade em geral.

Com 5 anos de idade, já havia iniciado seus estudos de piano com Mima Oswald, uma de suas professoras, ao lado de Branca Bilhar, Oscar Guanabarino, Marieta Lion e Carmargo Guarnieri. Bilhar e Guarnieri foram os que mais impactaram sua carreira.

O Salão Nobre do antigo Instituto de Música foi o lugar onde Katunda, aos 12 anos de idade, apresentou-se pela primeira vez. Aos 17, já resplandecia como solista da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro.

Mas ela própria considerou seu início de carreira a performance realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, ao tocar a 4ª Sinfonia de Beethoven.

Daquele momento em diante, Eunice passou a viajar, apresentando-se nacional e internacionalmente, sempre priorizando obras produzidas por autores brasileiros, com o fim divulgar a música nativa.

Em 1934, Eunice casou-se com o matemático Omar Catunda, mudando-se para São Paulo. O casal se separou em 1964, ocasião em que trocou o “C” de seu sobrenome pelo “K”.

Influências musicais

Em 1946, transferiu-se novamente para o Rio de Janeiro, onde conheceu seu grande mestre alemão, Hans-Joachim Koellreutter.

Em 1948, filiou-se ao PCdoB, dando à sua obra uma conotação mais socialista. Contudo, abandonou o partido oito anos mais tarde, em 1956, para tornar manifesta sua desaprovação quando houve a invasão da Hungria.

Após uma viagem à Bahia, procurou incorporar em sua música elementos nativistas e folclóricos, visando dar uma conotação mais brasileira à sua obra. Eunice Katunda morreu em 3 de agosto de 1990, na casa de seu filho, Igor Catunda, em São José dos Campos, São Paulo.

Principais obras de Katunda

Sob a supervisão de Koellreutter, Katunda compôs sua obra mais famosa, “O negrinho do pastoreio”, pela qual recebeu o Prêmio Música Viva para novos compositores. Aliás, Música Viva era também o nome da Rádio do Ministério da Educação, na qual Eunice tocava quase todas as semanas.

Dentre suas principais obras, destacamos:

  • Quatro cantos à morte.
  • Quinteto Schoenberg.
  • Dois estudos folclóricos.
  • Três peças para dois pianos e percussão.
  • Concerto negro.

Homenageando Eunice Katunda

Uma excelente forma de homenagear quem via a música como forma de transformação social é conhecer e divulgar a música de Katunda, além de se unir a empresas que desenvolvem ações visando apoiar crianças, jovens e adultos em sua inserção social, valendo-se da arte e da cultura.

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